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A inclusão do aluno com TEA e a formação dos professores

Quando se tem uma criança com autismo em sala de aula, os educadores precisam estar preparados para saber lidar com as particularidades do pequeno. Isso significa que o profissional deve encontrar formas que viabilizem a experiência pedagógica e social do aluno.

Dessa forma, a formação dos professores pode proporcionar uma experiência bem produtiva para ambos os lados. Afinal, se um lado aproveita para aprender brincando; outro pode impulsionar o trabalho com todas as práticas disponíveis.

Nesse sentido, a inclusão do aluno com TEA e a formação dos professores têm uma relação bem próxima, a partir do momento em que o aproveitamento escolar das crianças com autismo depende diretamente do domínio dos educadores. Além disso, nada melhor que impulsionar o desempenho pedagógico dos pequenos com estratégias pontuais.

Que características são desafiadoras na inclusão do aluno com TEA?

Alguns elementos, que são sinais característicos do transtorno, podem se apresentar como itens desafiadores no momento de se realizar a inclusão do aluno com TEA. Isso pode acontecer tanto pelas dificuldades na parte da comunicação, da linguagem, da socialização ou pelas demais adversidades que tendem a se apresentar.

O conhecimento em relação a essas características e o constante aperfeiçoamento e capacitação do professor – alinhado à prática pedagógica – serão elementos determinantes para o sucesso nessa jornada. Com isso, veja abaixo as características mais marcantes em sala de aula:

– Não manter contato visual;

– Não atender quando chamado pelo nome;

– Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;

– Alinhar objetos;

– Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;

– Não usar brinquedos de forma convencional;

– Fazer movimentos repetitivos sem função aparente (autorregulação);

– Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;

– Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);

– Não compartilhar interesses;

– Girar aparelhos sem uma função aparente;

– Apresentar interesse restrito por um único objeto (hiperfoco);

– Não imitar;

– Não brincar de ‘faz-de-conta’;

– Hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.

Qual o objetivo da educação inclusiva?                                                                         

Antes de mais nada, é importante salientar que devemos sempre pensar que o objetivo da educação inclusiva não é anular as diferenças, mas sim entendê-las e torná-las presentes. Além disso, é possível fazê-las benéficas para o processo educativo de todos os alunos, sendo que este caminhar tem vários momentos interligados – e que são a base do trabalho pedagógico. Veja abaixo:

Avaliação: este é um dos momentos em que os professores encontram mais dificuldades e acabam por se utilizarem de métodos de difícil sistematização. Assim sendo, é importante pensar na possibilidade de se desenvolver modelos de avaliação educacional – e que permitem encontrar indicadores para influenciar a aprendizagem.

Planejamento: quando planejamos, temos a tendência de pensar mais em termos de conteúdos e menos em termos de estratégias. Contudo, para o atendimento inclusivo, a diferenciação desta se torna essencial, assim como um olhar individualizado; e uma busca por metodologias que se mostrem eficazes para o atendimento com o TEA.

Intervenção: em relação às intervenções, estas devem ser perspicazes, inovadoras e criativas – levando em consideração as características individuais de cada educando sem deixar de lado a questão afetiva.

Quais são os elementos fundamentais para a formação do professor na educação inclusiva?

Devemos salientar que a formação do professor não é algo completo em si mesmo (formação inicial), mas exige um completo aprendizado. Portanto, existem 3 dimensões de formação que devem ser respeitadas para capacitar os professores no apoio à educação inclusiva, são elas: os saberes, as competências e as atitudes.

Saberes (conjunto de conhecimentos teóricos e metodológicos que fundamentam as intervenções);

Competências (habilidades práticas – saber fazer);

Atitudes (atitudes frente ao processo de inclusão do aluno com tea – revisão de crenças, preconceitos e valores).

Dessa forma, o professor deve estar sempre em constante formação. Essa preparação deve refletir na sua atuação, considerando suas vivências e experiências balizando o seu papel profissional.

Nesse caso, o professor deixa de ser um transmissor de informação para ser um facilitador do processo de aquisição do conhecimento (processo que envolve relação com o contexto e a reflexão).

O que não pode faltar ao professor de educação inclusiva (TEA)?

– Flexibilidade e abertura a mudanças;

– Sensibilidade às necessidades educacionais especiais apresentadas pelos alunos;

– Atenção às condições escolares que são barreiras à participação e aprendizagem do aluno;

– Disposição plena para buscar novos conhecimentos e formas de aprender e ensinar.

Como se aperfeiçoar nessa abordagem?

O estudo é sempre um caminho necessário para quem deseja se aprofundar em um determinado tema. Com isso, a procura por um direcionamento deve ser feita levando-se em conta o compromisso com as evidências científicas.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Psicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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Referência

PIANA, Andréa Gama. A inclusão do aluno com TEA e a formação de professores. Grupo Rhema Educação, 2022.

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