Tipos de Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem
Geralmente percebido por professores e familiares ainda na primeira infância, o Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) acontece quando a criança apresenta dificuldades significativas para compreender, organizar ou expressar a linguagem oral.
O que você vai encontrar neste artigo:

Desse modo, essas dificuldades vão além do que seria esperado para a idade e podem impactar o modo como a criança se comunica e interage no dia a dia. Sendo assim, neste artigo, vamos conhecer os principais tipos de alterações que envolvem o TDL e entender como eles afetam o desenvolvimento comunicativo das crianças.
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O que é o Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem?
O TDL pode estar associado a múltiplos fatores — genéticos, neurobiológicos, ambientais ou relacionados à maturação da linguagem — e se manifesta por meio de:
- Troca ou distorção de sons na fala (fala pouco clara);
- Dificuldade para elaborar frases e organizar ideias;
- Dificuldade para narrar histórias ou relatar acontecimentos;
- Vocabulário reduzido;
- Dificuldades na memória verbal, entre outros sinais.
Portanto, esses desafios podem afetar áreas importantes, como leitura e escrita, impactando o processo de alfabetização e interferindo na participação escolar e social da criança.
Quais são os tipos de alterações dentro do TDL?
De forma geral, as manifestações mais conhecidas do Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem incluem por exemplo:
- Disfemia;
- Transtorno Fonológico (antiga Dislalia);
- Apraxia da Fala;
- Afasia.
Agora, para facilitar sua compreensão, vamos detalhar como cada alteração afeta a comunicação da criança. Além disso, entenda como cada uma dessas manifestações aparece na prática.
Disfemia
A Disfemia envolve dificuldades na fluência da fala. Ou seja, criança apresenta alterações no ritmo e na continuidade da fala, como:
- Repetição de sons e sílabas;
- Prolongamentos;
- Pausas inesperadas;
- Bloqueios ao iniciar palavras.
Logo, esses sinais podem variar de intensidade e, em muitos casos, são influenciados por fatores emocionais. É comum que algumas crianças apresentem episódios de disfemia até os cinco anos, desaparecendo conforme amadurecem linguística e emocionalmente.
Transtorno Fonológico (antiga Dislalia)
A alteração dos sons da fala, antes conhecida como Dislalia, ocorre quando a criança apresenta dificuldade para produzir corretamente determinados fonemas. Mas, hoje, a fonoaudiologia utiliza o termo Transtorno Fonológico para descrever esse quadro.
Nesse transtorno, podem aparecer por exemplo:
- Trocas de sons (“cacholo” por “cachorro”);
- Omissões (“suva” no lugar de “chuva”);
- Distorções;
- Inserções de sons.
Essas dificuldades prejudicam a clareza da fala e podem afetar tanto a comunicação quanto o desenvolvimento escolar da criança, sobretudo nas etapas iniciais da alfabetização.

Apraxia da Fala
A Apraxia da fala é uma condição neurobiológica caracterizada pela dificuldade em planejar e executar os movimentos necessários para produzir fala. Ou seja, mesmo quando a força muscular está adequada e a criança sabe o som que deseja emitir, ela pode não conseguir realizar o movimento com precisão.
Portanto, as consequências comuns incluem:
- Dificuldade para coordenar lábios, língua e mandíbula;
- Produção inconsistente de sons;
- Fala pouco inteligível;
- Esforço visível para tentar se comunicar.
Sendo assim, a Apraxia da fala pode, em alguns casos, limitar significativamente a produção verbal da criança.
Afasia
A Afasia envolve comprometimentos na capacidade de compreender ou produzir linguagem, podendo afetar por exemplo:
- Fala;
- Escrita;
- Compreensão verbal;
- Organização linguística.
A Afasia pode surgir de forma súbita (como após um traumatismo craniano) ou de forma progressiva, dependendo da causa. Logo, em crianças, também pode aparecer após eventos neurológicos específicos.
Conclusão
Compreender o Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL) e suas diferentes manifestações — como a Disfemia, o Transtorno Fonológico, a Apraxia da Fala e a Afasia — é essencial para que professores, familiares e profissionais consigam identificar sinais precocemente e apoiar o desenvolvimento comunicativo das crianças.
Dessa forma, quando a linguagem não se organiza como esperado, a criança encontra barreiras para se expressar, participar de interações sociais, avançar na alfabetização e construir autonomia no ambiente escolar. Por isso, observar, documentar, adaptar práticas pedagógicas e buscar acompanhamento especializado são passos fundamentais.
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