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O que é o Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem?

O Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem (TDL) está presente nas salas de aula com mais frequência do que se imagina. Muitas vezes, ele se manifesta de forma sutil, confundindo professores, dificultando a comunicação entre aluno e educador e impactando diretamente o processo de aprendizagem.

Você já viveu a situação de dar uma instrução simples e perceber que a criança parece não compreender, mesmo estando atenta? Ou de notar que ela tem dificuldade para contar o que fez no fim de semana ou relatar uma situação cotidiana? Essas experiências, tão comuns no dia a dia escolar, podem estar ligadas a um quadro de TDL, e é sobre isso que vamos falar neste artigo.

O que é o Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem (TDL)?

O TDL é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade da criança de compreender e/ou produzir linguagem oral. Ele não é causado por deficiência auditiva, surdez, autismo ou fatores emocionais, é uma condição própria e persistente.

Até 2016, era conhecido como Distúrbio Específico de Linguagem (DEL). Mas a comunidade científica atualizou essa nomenclatura e os critérios diagnósticos. Agora, o termo mais preciso é Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem (TDL), que abrange uma variedade mais ampla de quadros e dificuldades linguísticas.

Sendo assim, estudos mostram que o TDL pode afetar até 7% das crianças. Em uma turma com 30 alunos, pelo menos dois podem ter o transtorno, e muitos nem chegam a ser diagnosticados.

TDL tem cura?

Essa é uma dúvida comum, e importante. A resposta direta é: TDL não tem cura no sentido tradicional, mas pode ser significativamente melhorado com intervenções corretas. Logo, com diagnóstico precoce, acompanhamento fonoaudiológico e apoio pedagógico, a criança pode desenvolver suas habilidades de comunicação e aprender com mais facilidade.

Por isso, o ponto-chave é: quanto antes começar o acompanhamento, melhores os resultados. E isso depende muito do olhar atento do professor.

Como saber se é TDL ou apenas atraso de fala?

Nem toda criança que fala pouco tem TDL. Portanto, muitas vezes, trata-se de um atraso natural, que se resolve com o tempo e estímulo. No entanto, o TDL se diferencia pela persistência das dificuldades e pelo impacto que causa em áreas como compreensão verbal, expressão e até habilidades sociais.

Enquanto o atraso de fala tende a desaparecer conforme a criança amadurece, o TDL precisa de intervenção específica. Desse modo, é justamente aí que o professor entra: observando e encaminhando corretamente.

Quais são os sinais do Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem (TDL)?

Os sinais podem variar, mas entre os mais comuns estão:

  • Vocabulário limitado para a idade;
  • Dificuldade em formar frases completas;
  • Troca de palavras por gestos;
  • Uso de linguagem imatura (como por exemplo: “quero isso” ao invés de “quero aquele brinquedo vermelho”);
  • Dificuldade para compreender instruções simples;
  • Esquecimento do que foi dito há poucos minutos;
  • Frustração ou comportamentos desafiadores por não conseguir se comunicar.

Esses sinais podem passar despercebidos, especialmente em crianças mais quietas. Por isso, o olhar atento do professor e a escuta ativa são fundamentais.

Tipos de Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem

Nem todo TDL é igual. Existem formas diferentes de manifestação:

  • TDL isolado: afeta apenas a linguagem, sem outros transtornos associados;
  • TDL com comorbidades: aparece junto com outras condições, como dislexia ou TDAH.

Por exemplo, crianças com TDL e dislexia podem apresentar dificuldades severas de leitura e decodificação. Já quando o TDL se apresenta junto ao TDAH, surgem desafios ainda maiores, como manter a atenção e seguir instruções, o que impacta diretamente a aprendizagem.

Reconhecer esses tipos ajuda a personalizar as estratégias pedagógicas e promover uma inclusão mais eficaz.

O que fazer quando há suspeita de TDL na sala de aula?

Você não precisa ter todas as respostas, mas precisa saber como agir. Se suspeitar de TDL, o primeiro passo é encaminhar para avaliação fonoaudiológica. Sempre que possível, envolva uma equipe multidisciplinar (fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo).

Enquanto isso, adote práticas pedagógicas adaptadas:

  • Use recursos visuais como por exemplo os quadros de apoio;
  • Divida tarefas em etapas simples;
  • Crie um ambiente organizado e com menos estímulos;
  • Dê mais tempo para a criança responder;
  • Repita instruções com clareza e paciência;
  • Valorize os pequenos avanços da criança.

Essas práticas ajudam não só a criança com TDL, mas também toda a turma, afinal, ensino acessível é ensino eficaz.

Conclusão: O conhecimento transforma a prática

O Transtorno de Desenvolvimento da Linguagem (TDL) ainda é pouco conhecido por muitos professores, mas está presente nas salas de aula com muito mais frequência do que se imagina. Identificar os sinais, diferenciar de um simples atraso de fala e agir com estratégias claras é o caminho para garantir o desenvolvimento de cada criança.

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