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Qual o verdadeiro papel do mediador escolar?

Hoje vamos falar um pouco sobre uma função que tem tido grandes resultados na Educação Inclusiva, principalmente no Autismo: O Mediador Escolar!

Muitos pais e professores se perguntam:
– Qual o verdadeiro papel do mediador?
– O que o mediador escolar pode fazer para ajudar no trabalho em sala de aula?

É um assunto um pouco polêmico e importante para discutirmos, pois, o Mediador é um educador que pode ser contratado pela escola ou pela família para acompanhar e orientar os trabalhos escolares das crianças com alguma deficiência.

Mas afinal, qual é seu papel e a sua importância?

MEDIADOR ESCOLAR, O SEU PAPEL E IMPORTÂNCIA NO AUTISMO!

Sabemos que um dos passos mais importantes do processo de Inclusão escolar é o Processo de Mediação Escolar que deve ser construído de forma realista e com para que haja aplicabilidade prática e evolução da criança no âmbito escolar.

A parceria entre mediador e escola favorece o estabelecimento de metas realistas no que se refere ao desenvolvimento, como também possibilita avaliar a criança de acordo com suas próprias conquistas.

Entretanto sabemos que a inclusão vai muito além de estar em uma sala de aula, é preciso que o aluno faça parte da turma, interaja com os professores e as demais crianças, compreenda as questões pedagógicas e se desenvolva de acordo com as suas particularidades e o seu ritmo de aprendizado.

A criança ou o jovem diagnosticado com transtorno do espectro autista possui direito a um mediador escolar, um profissional capacitado para auxiliar o sujeito na comunicação verbal e não-verbal, competências e habilidades, aspectos pedagógicos, ludicidade e na interação social com os seus pares.

QUAL O PAPEL DO MEDIADOR ESCOLAR?

  • Atuar no ambiente escolar, dentro da sala e demais dependências da escola, e também nos passeios extras (fora da escola) que ocorrerem dentro do horário da mediação.
  • Ser assíduo e pontual, respeitando os horários, as regras e normas da instituição escolar onde faz a mediação.
  • Ser discreto e profissional evitando envolver-se em assuntos que não dizem respeito ao trabalho de mediação.
  • Lembrar sempre que o que ocorre no ambiente escolar deve ser compartilhado e discutido apenas com os profissionais envolvidos, equipe pedagógica e terapeutas responsáveis pela orientação.
  • Solicitar apoio e supervisão da equipe responsável sempre que sentir necessidade, evitando passar problemas e dificuldades pertinentes à mediação aos responsáveis.
  • Avisar com antecedência, sempre que possível, caso precise faltar para que a equipe terapêutica possa decidir junto à escola e aos responsáveis qual o procedimento indicado.
  • Vestir-se adequadamente, utilizando sempre roupas que possibilitem uma fácil movimentação; evitar usar saias, shorts, blusas decotadas, sandálias, sapatos com salto, relógio, anéis, brincos grandes, colares, pulseiras e unhas grandes que possam vir a machucar a criança.
  • Estabelecer um contato diário com o responsável (família), caso necessário utilizar uma agenda ou um caderno “leva e traz”, para que ambos possam trocar informações sobre o dia a dia da criança.
  • Entregar os registros semanais e mensais pontualmente, participando das supervisões, grupos de estudo e treinamentos com as terapeutas responsáveis.
  • Conversar com o professor explicando, sempre que necessário, os porquês dos procedimentos e intervenções realizados no ambiente escolar.
  • Entrar em contato com os terapeutas responsáveis caso perceba a necessidade de uma reunião extra com o professor ou equipe pedagógica.
  • Manter sempre a atenção da criança voltada para as ordens e informações dadas pelo professor.
  • Orientar o grupo de colegas da sala a não valorizar ou mesmo ignorar as estereotipias e outros comportamentos inadequados.
  • Atuar no momento da entrada ou saída escolar, direcionando a criança ao grupo e ensinando-a como se comportar naquele momento, estimulando o cumprimento da rotina e das ordens dadas pela professora.
  • Durante o recreio mediar à relação da criança com os seus colegas nas brincadeiras e situações sociais.
  • Dirigir-se com a criança ao banheiro, caso haja necessidade, auxiliando-a em seus hábitos de higiene promovendo assim maior independência e autonomia. Caso exista na escola um profissional específico para auxiliar os alunos nesse momento, o mediador estará apenas por perto, intervindo caso ocorra algum conflito ou dificuldade entre eles.
  • Manter-se sempre junto ao grupo e ao professor de sala, cumprindo, dentro do possível, toda a rotina e as atividades pedagógicas.
  • Atuar em parceria com o professor dentro de sala de aula.

O mediador deve estar sempre próximo do aluno, participando desde os momentos que envolvam os conteúdos até as brincadeiras.

Lembrando que não existe um manual de como lidar com TEA, cada criança é única e possuem seus conhecimentos, particularidades e dificuldades, o que podemos fazer é observar a criança e os seus interesses para posteriormente iniciar com a intervenção

Conclui-se que é primordial o estabelecimento de uma relação de confiança entre os principais profissionais que acompanham o aluno, de forma que estejam sempre em parceria, compartilhando conquistas e dificuldades, e estabelecendo um vínculo em busca do desenvolvimento do aluno.

De forma que o mediador escolar é o responsável pela interação entre o aluno e todas as pessoas do ambiente escolar, também é a pessoa que passa mais tempo com a criança na escola e que faz “a ponte” sobre os desenvolvimentos com os pais e os terapeutas.

É imprescindível que o mediador atue para além do aspecto pedagógico, como também na ludicidade, incentivando a comunicação e interação social do aluno, na forma em que ele passe a ter iniciativa nas interações e consiga manter um diálogo com os colegas.

A educação inclusiva é um “estudo de caso”, o que significa dizer que cada caso é único.

Não se pode perder de vista a singularidade do sujeito, seu momento, nem sua história construída na família e continuada na escola.

Tanto os pais, quanto os profissionais (professores, mediadores e terapeutas) devem estar cientes que a heterogeneidade daqueles que são auxiliados pelos programas de mediação precisa ser levada em consideração quando tratamos das expectativas de evolução.

As crianças devem ser comparadas com elas mesmas, avaliando quais habilidades foram desenvolvidas num determinado espaço de tempo. Ter um mediador escolar, faz toda a diferença na vida de uma criança especial em sua rotina escolar!

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Até breve.

Rhema Neuroducação

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