TDC – Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação – O que é?
Antes de mais nada, você sabe dizer o que está por trás de um aspecto psicomotor mais desajeitado? Certamente, há inúmeros fatores envolvidos, mas é preciso considerar que um deles pode ser o que conhecemos por Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação ou TDC.
Em primeiro lugar, a possibilidade de identificar a existência do TDC é por meio da observação. Geralmente, os pais e os professores começam a notar algumas peculiaridades no desempenho da criança em relação à coordenação motora.
Isso ganha mais importância quando os educadores comparam essas crianças com os seus pares, sobretudo na forma como elas se desenvolvem no quesito motor. No entanto, vale ressaltar que a capacidade intelectual e criativa não é afetada de forma alguma.
O que é o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação?
Inicialmente, o TDC pode ser definido como um transtorno do neurodesenvolvimento, marcado pela dificuldade da criança em realizar atividades motoras finas e grossas. Inclusive, os pequenos tendem a demonstrar dificuldades relacionadas a esse fator ainda na primeira infância.
Assim sendo, situações como dificuldades para firmar o tronco e permanecer sentados, caminhar e engatinhar são comumente perceptíveis. Com isso, alguns desses sinais podem indicar a existência do TDC.
Outra característica é que não existe necessariamente um padrão de identificação do TDC. Em outras palavras, enquanto algumas crianças tendem a mostrar dificuldades motoras combinadas (problemas ligados a equilíbrio, coordenação motora e consciência corporal); há também aquelas que apresentam dificuldades mais específicas (como a destreza manual, por exemplo).
Como o TDC é percebido na sala de aula?
Para os professores, a percepção do Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação é evidenciado pela rotina pedagógica. Desse modo, alguns pontos merecem destaque a fim de ilustrar o cenário retratado:
– As crianças nem sempre conseguem acompanhar os colegas nas atividades que exigem habilidade motora;
– A grafia é prejudicada e os cadernos desorganizados;
– O corpo fica desalinhado na carteira;
– Escrever, pintar e desenhar são atividades desafiadoras, tendo em vista que exigem muito do aluno;
– Dificuldade para a prática de esportes ou brincadeiras que dependem de movimentos coordenados;
Dessa forma, é possível conceber que a permanência dessas características acaba gerando consequências que nem sempre estão ligadas ao aspecto motor. Com efeito, a criança tende a se isolar à medida que ela passa a ser preterida pelos próprios colegas de sala. A autoestima e a autoconfiança podem ficar comprometidas.
Para reverter essa situação, a conscientização do professor e a atitude de informar aos pais a situação observada são muito importantes. Além disso, o educador deve promover ações que tragam a criança em questão para o centro do convívio social pleno em sala de aula.
Quais são as características gerais do TDC?
– Descoordenação dos movimentos;
– Facilidade para derrubar e derramar as coisas;
– Lentidão para aprender novas habilidades ligadas à coordenação motora;
– Predisposição para apresentar questões emocionais secundárias, tais como autoestima baixa, intolerância à frustração e desmotivação para realizar atividades esportivas;
– Problemas para a realização de tarefas de recorte com tesoura e escrita; assim como mirar objetos e arremessá-los com exatidão.
Existem sinais característicos de acordo com a faixa etária?
De acordo com estudos, o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação apresenta características que podem ser percebidos em diferentes fases da infância e adolescência. Com isso, veja quais são as principais:
– Entre 2 e 7 anos de idade
Nesta fase, os problemas motores começam a se evidenciar por meio do atraso motor e do baixo condicionamento físico;
– Entre 5 e 9 anos de idade
Aqui, as crianças expressam dificuldades para o manuseio de objetos e não conseguem realizar algumas ações, como se vestir ou amarrar os sapatos;
– Entre 7 e 12 anos de idade
Neste caso, é comum perceber a dificuldade do aluno em terminar trabalhos escritos. Além disso, a forma desajeitada de pegar no lápis também pode revelar problemas na coordenação motora;
– Entre 8 e 13 anos de idade
Na etapa em questão, a participação da criança em atividades esportivas fica prejudicada e tende a ser limitada. Inclusive, a situação começa a refletir diretamente no aspecto emocional do pequeno e do adolescente.
Qual é a importância dos profissionais nesse processo?
A participação de professores, terapeutas e outros especialistas na condução de iniciativas focadas no TDC é bastante relevante, tendo em vista que cada área de atuação pode ser responsável pela proposição de intervenções específicas. No entanto, o benefício comum a todos eles é o fato de poderem apresentar condições de desenvolvimento satisfatórias a partir de ações voltadas para o treinamento da coordenação motora.
O papel de todos eles na condução de iniciativas é imprescindível para evitar que sinais do TDC persistam. Caso contrário, a continuação dos sintomas tende a aumentar a condição de dificuldades motoras e no surgimento de condições que interferem até mesmo no aspecto comportamental.
Por que é importante se capacitar cada vez mais?
A demanda por profissionais que dialoguem com diferentes áreas de abordagem tem crescido em um mundo bastante dinâmico. Assim sendo, a especialização é uma excelente oportunidade para se aprimorar e se capacitar.
O curso de Pós-Graduação em Psicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, oferece o caminho ideal para a imersão no conhecimento. Por meio de materiais atualizados, professores altamente conceituados e aulas dinâmicas – online ao vivo – os profissionais encontram oportunidades para se aperfeiçoarem.
Ficou interessado? Fale com um de nossos consultores.