Acessibilidade:

Como reconhecer as diferenças entre TDAH e DISLEXIA? Você Professor consegue diferenciar ambos?

A dislexia, como a maioria de vocês sabem, “é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas” (ABD – Associação Brasileira de Dislexia). 

Ou seja, a dislexia não afeta de modo algum a inteligência, mas compromete a capacidade de aprender a ler, escrever e falar. Pessoas famosas e até alguns gênios tiveram dislexia, como Walt Disney, Leonardo Da Vinci, Agatha Christie e Henry Ford, por exemplo.

Já o TDAH, que em geral é mais brando que a dislexia, foi definida como “um transtorno que ocorre no cérebro por causas genéticas, apresentando sintomas de desatenção e sintomas de hiperatividade, que vão da infância a vida adulta” (ABDA – Associação Brasileira de Deficit de Atenção).

Claro, é necessário um cuidado especial com alunos que sofrem de TDAH, mas diferentemente do disléxico, esses alunos não apresentam dificuldade em aprender a ler e escrever, mas sim em manter o foco enquanto escreve e lê. Esse transtorno pode ser incomodo para quem está próximo, mas dificilmente incomoda o aluno.

Vejamos alguns sintomas da dislexia:

  • Dificuldade em consciência fonológica, com dificuldade em se expressar, troca de letras ou
    palavras, dificuldade em memorização. 
  • Dificuldade leitora significativa, dificuldade para ler e escrever, lentidão na leitura, dificuldade
    em fazer contas matemáticas.
  • Dificuldade de atenção para material escrito e para sobre esforço, problemas ou falta de
    concentração, coordenação motora não muito boa.

Já em casos de TDAH, os sintomas mais comuns são:

  • Dificuldade de atenção significativa em todas as áreas e âmbitos, tanto em atividades
    sérias como em atividades lúdicas; pode perder objetos com facilidade; se
    distrai rapidamente perdendo o foco em uma atividade ou conversa.
  • Super ativo e muito impulsivo; bate mãos e pés quando precisa ficar parado por um
    tempo sem fazer nada; apresenta inquietação a todo o momento; precisa se levantar,
    andar de um lado para o outro; não tem paciência para atividades longas.
  • Velocidade de processamento afetada, com dificuldade para completar uma tarefa ou seguir
    instruções.

Ambos são transtorno de desenvolvimento, e a taxa de comorbidade entre eles é alta, de 25% a 40%. Eles apresentam alguns sintomas em comum, que podem ser:

Como vimos as duas apresentam conseqüências no aprendizado, na socialização e convívio social, podendo influenciar negativamente a criança. Como os sintomas são individuais, e podem apresentar maior ou menor intensidade, um diagnóstico médico e tratamento específicos são fundamentais.

Sendo assim, o acompanhamento é essencial para garantir o pleno desenvolvimento dessas crianças, por isso professor, conhecer bem esses transtornos, saber diferenciá-los, assim como saber conduzir o aprendizado dessas crianças pode ser um diferencial em sua carreira.

A Rhema Neuroeducação oferece o curso de capacitação on-line que permite a ampla discussão, prática e estratégia de todos os pontos levantados nesse conteúdo. Conheça mais clicando aqui.

Continue lendo

Diferença de TDAH e Transtorno Bipolar na infância

Professor, você já teve um aluno em sua sala de aula com suspeita de transtorno neuropsiquiátrico ainda sem diagnóstico? Antes […]

O que quer dizer Flapping no autismo?

Sendo um comportamento motor característico em indivíduos com TEA, o flapping é um termo que deriva do inglês, e representa […]