Acessibilidade:

SÍNDROME DE DOWN…UMA APRENDIZAGEM ESPECIAL!

Olá professores,
 
Você sabe quais são as dificuldades de aprendizagem na criança com Síndrome de Down?
 
Crianças com síndrome de Down não estão simplesmente atrasadas no seu desenvolvimento ou meramente com a necessidade de programas facilitados.
 
Elas têm um perfil de aprendizagem específico com características fortes e fracas.
 
E para que esta criança aprenda é necessário que o professor, a escola e a família entenda quais são as barreiras e quais as estratégias para vencê-las…
 
Em nosso Blog, vamos falar sobre as características, as dificuldades e sobre as estratégias para que este ensino seja ESPECIAL!
 
Vamos ler?
 
SÍNDROME DE DOWN…UMA APRENDIZAGEM ESPECIAL!
Crianças com síndrome de Down não estão simplesmente atrasadas no seu desenvolvimento ou meramente com a necessidade de programas facilitados. Elas têm um perfil de aprendizagem específico com características fortes e fracas.
A alfabetização de crianças e jovens com SD tem sido cada vez mais observada e concretizada, como resultado de uma expectativa mais elevada e conseqüente maior investimento nesta aprendizagem, e também pelo efeito positivo da inclusão, que está despertando nos educadores a visão da diversidade e o respeito às especificidades de cada aluno, trazendo consigo a busca do caminho de acesso aos diferentes aprendizes.

Estar ciente dos fatores que facilitam e dos que inibem a aprendizagem permitirá à equipe planejar e implementar atividades significativas e relevantes.
Isto não significa que todas as crianças com síndrome de Down terão as mesmas dificuldades ou facilidades em relação a aprendizagem.
Cada criança é única e, para além da deficiência, guarda características próprias. Decorre daí que o perfil e o estilo de aprendizagem típico da criança com síndrome de Down, associados às suas necessidades individuais e variações dentro do perfil, precisam ser considerados.
As características a seguir são típicas de muitas pessoas com síndrome de Down. Algumas têm implicações físicas, outras cognitivas. Muitas podem ter as duas.
Fatores que facilitam a aprendizagem
Forte consciência visual e habilidades de aprendizagem visual, incluindo as capacidades de:
• Aprender e usar sinais, gestos e apoio visual;
• Copiar o comportamento e as atitudes de colegas e adultos;
• Aprender com atividades práticas.
Fatores que inibem a aprendizagem
Cada um dos fatores inibidores requerem o uso de estratégias que os minimizem ou neutralizem, garantindo as condições para a aprendizagem do aluno.
Muitas dessas estratégias têm sido descritas em diferentes contextos como facilitadoras da aprendizagem também de crianças sem deficiência.
Outras deficiências que acometem a criança Down e implicam dificuldades ao desenvolvimento da aprendizagem são: alterações auditivas e visuais; incapacidade de organizar atos cognitivos e condutas, debilidades de associar e programar sequências.

Estas dificuldades ocorrem principalmente porque a imaturidade nervosa e não mielização das fibras pode dificultar funções mentais como: habilidade para usar conceitos abstratos, memória, percepção geral, habilidades que incluam imaginação, relações espaciais, esquema corporal, habilidade no raciocínio, estocagem do material aprendido e transferência na aprendizagem. 

 
As deficiências e debilidades destas funções dificultam principalmente as atividades escolares.
 
Além disso, crianças com síndrome de Down podem apresentar baixa visão. Trata-se de uma perda severa de visão que não pode ser corrigida com tratamento clínico ou cirúrgico, nem com óculos convencionais, causando incapacidade funcional.
 Diversas funções visuais podem ser comprometidas, tais como: acuidade visual, campo visual, adaptação à luz e ao escuro e percepção de cores e contrastes.
Tudo isso vai depender da patologia apresentada, que pode ter origem em causas congênitas ou adquiridas.
Na escola, alguns sinais podem ser identificados como comportamentos indicadores de baixa visão, tais como:
• olhos lacrimejantes
• tremor da pupila
• franzir de testa
• piscar com grande frequência
• O andar hesitante
• o tropeçar constante
• dificuldade para encontrar o sentido e direção de objetos, não conseguindo desviar-se deles
• a aproximação dos objetos ao rosto
• algum incômodo ou intolerância à claridade ou a sensibilidade excessiva a ela também são fatores indicativos de algum prejuízo na função visual
Por apresentar uma diminuição da percepção visual, muitas crianças com baixa visão perdem o controle do que está acontecendo e, por isso, ficam sem entender o que se passa e não conseguem se prender aos detalhes. Por isso, o professor deve incentivá-las a parar para ver, analisar as partes, observar os detalhes relevantes e entender os acontecimentos, pois quanto mais ela “aprender” olhar, mais aprenderá a ver.
O professor também deve ficar atento aos maneirismos, que são manifestados por movimentos repetitivos de movimentar ou girar a cabeça, esfregar os olhos, balançar o corpo para frente e para trás seguidas vezes, mexer as mãos e os dedos diante dos olhos.
 Esses movimentos precisam ser substituídos por atividades interessantes que agreguem o uso da visão residual e a exploração de objetos através dos sentidos remanescentes, principalmente pelo tato. Isso significa conhecer o ambiente pelos olhos, mãos e corpo, desenvolvendo habilidades perceptivas, sensoriais e motoras.
No entanto, a criança com Síndrome de Down tem possibilidades de se desenvolver e executar atividades diárias e até mesmo adquirir formação profissional e no enfoque evolutivo, a linguagem e as atividades como leitura e escrita podem ser desenvolvidas a partir das experiências da própria criança.

Do ponto de vista motor, hipercinesias associadas à falta de iniciativa, espontaneidade ou hipercinesias e desinibinição são frequentes.

E estes padrões débeis também interferem na aprendizagem, pois o desenvolvimento psicomotor é à base da aprendizagem.

As inúmeras alterações do sistema nervoso repercutem em alterações do desenvolvimento global e da aprendizagem. Não há um padrão estereotipado previsível nas crianças com Síndrome de Down e o desenvolvimento da inteligência não depende exclusivamente da alteração cromossômica, mas é também influenciada por estímulos provenientes do meio.

 
Estratégias:
Para as crianças com síndrome de Down, de uma forma geral, sugerimos:
-Encoraje os pais a realizarem os exames anuais de acuidade visual nos seus filhos e providenciem óculos adequados quando necessário.
– Coloque o aluno perto das primeiras fileiras na sala de aula.
– Ofereça figuras e texto impresso maiores.
– Garanta que todos os materiais na escola tenham alto contraste e visibilidade. Você pode perceber que a criança responde melhor quando visualiza texto escrito a tinta preta de caneta do que a texto em lápis ou papel amarelo e não branco.
– Use apresentações simples e claras, com poucos detalhes.
– Quando pedir para a criança escrever, destaque as linhas na página para melhorar a capacidade da criança em focá-las.
No entanto, o desenvolvimento da inteligência é deficiente e normalmente encontramos um atraso global. As disfunções cognitivas observadas neste paciente não são homogêneas e a memória sequencial auditiva e visual geralmente é severamente acometida.
 
Dicas
 
O método multissensorial (Montessori, 1948) busca combinar diferentes modalidades sensoriais no ensino da linguagem escrita às crianças. Ao usar as modalidades auditiva, visual, cinestésica e tátil, esse método facilita a leitura e a escrita ao estabelecer a conexão entre aspectos visuais (a forma ortográfica da palavra), auditivos (a forma fonológica) e cinestésicos (os movimentos necessários para escrever aquela palavra).

As abordagens utilizadas para alcançar a aprendizagem de leitura e escrita em crianças com SD serão tão diversas quanto diversas são suas características e peculiaridades.

Continue lendo

Como se faz um diário de bordo?

O Diário de Bordo é uma ferramenta que os estudantes utilizam para documentar atividades, pensamentos e observações em relação ao […]

Desenvolvimento psicomotor do aluno com TEA

A relação existente entre a psicomotricidade e o TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem mais ligações do que se pensa. […]