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Relações entre aprendizagem e as emoções

Você saberia responder quais são as relações existentes entre a aprendizagem e as emoções? Provavelmente, muitas pessoas não conseguem traçar a ligação entre elas. No entanto, tais elementos são cruciais para o sucesso ao longo do desenvolvimento de aspectos cognitivos.

Em primeiro lugar, essa proximidade reflete de forma direta e indireta no percurso acadêmico de todos nós. Sim, pois mesmo que lecionemos e compartilhemos informações para os alunos, a busca pelo conhecimento e sua assimilação também deve estar presente em nosso dia a dia. Afinal, professores nunca param de estudar.

Por que a aprendizagem depende da emoção?

Antes de mais nada, é preciso explicar como ocorre esse relacionamento tão importante. De acordo com estudos, as emoções funcionam como um componente valioso para o processo de aprendizagem. Isso significa que o fator emocional é algo bastante característico na aquisição de novas habilidades e conteúdos, principalmente por estar associado aos interesses, às necessidades e às motivações de quem aprende.

Com isso, as pessoas tendem a procurar atividades e ações que despertem sensações positivas. Nesse contexto, os aprendizes se sentem constantemente estimulados pelo fato de estarem em contato com o que vem ao encontro de suas demandas.

As emoções são importantes por vários motivos, mas o papel que elas desempenham na adaptação e no aprendizado de alunos é um fator decisivo para uma jornada bem-sucedida. Dessa forma, pesquisas científicas já comprovaram que a condição emocional é responsável por fornecer informações adaptativas à aprendizagem.

https://youtu.be/jCs_h_632W8

Qual a ligação da motricidade com as emoções?

O aprendizado é algo que está associado a uma interação íntima entre a emoção e a cognição, como afirma Fonseca (2016, p. 373). Aliás, esse processo inclui também a dinâmica relacionada entre o corpo e a motricidade; assim como o cérebro e a mente.

Ainda mais, o aspecto emocional é responsável por envolver o lado motriz a partir de sensações, impressões, percepções, noções, entre outros. Com efeito, podemos ressaltar que a aprendizagem das pessoas deve ser algo pensado de maneira ampla.

O que está por trás do insucesso no aprendizado?

A princípio, o insucesso psicopedagógico se revela a partir do momento em que o aluno, com alguma dificuldade de aprendizagem, passa a não corresponder às expectativas da escola e dos adultos. Nesse caso, a criança não recebe a devida atenção e as consequências podem vir de muitas formas: depressão, ansiedade, desmotivação, pouca produtividade e outros problemas emocionais.

A emoção se refere a sentimentos subjetivos e estimulados. Por outro lado, o humor está voltado ao conjunto de estados emocionais duradouros (positivos ou negativos) que exercem influência na cognição e na emoção do pequeno (FONSECA, 2016).

Por sua vez, o estresse se define como um padrão de respostas comportamentais e psicossomáticas da criança diante de uma exigência imposta. Na abordagem das neurociências, os especialistas afirmam com veemência que muitos fatores relacionados ao estresse incidem sobre a obtenção de novos conhecimentos.

Segundo Fonseca (2016, p. 367), as interações íntimas neurofuncionais das emoções (como o humor e o estresse) exercem um papel fundamental nesse esquema que sistematiza a aprendizagem e o ensino. Como resultado, isso acaba por induzir a dinâmica entre professores e alunos.

Como os educadores podem contribuir com essa relação?

Existem estratégias muito válidas para ajudar no desenvolvimento de aprendizagens a partir de aspectos emocionais e cognitivos. Veja abaixo algumas técnicas interessantes para tal finalidade:

– Associar conteúdos pedagógicos às conexões emocionais: estabelecer um elo entre os tópicos trabalhados e o cotidiano das crianças. Por exemplo, buscar referências na comunidade – em que a escola está inserida – e trazê-las para a abordagem educacional.

Além disso, o educador pode tentar criar mecanismos que valorizem a experiência acadêmica dos alunos com a resolução de problemas e a realização de atividades interdisciplinares com ênfase em assuntos que fazem parte de seus contextos. Por fim, a utilização de recursos diversificados na exposição dessas informações tende a contribuir para a assimilação dos temas desenvolvidos.

– Potencializar a criatividade entre os pequenos: estimular o senso crítico em toda a turma é algo que precisa ser pensado de forma estratégica. Embora seja uma missão bastante exigente, ela é necessária. Nesse sentido, induzir os alunos ao desenvolvimento de um lado mais criativo pode suscitar o interesse nas abordagens pedagógicas.

No entanto, isso deve ser feito de maneira que chame a atenção de todos eles. Assim sendo, optar por atividades recreativas reflete positivamente na interação das crianças com o conteúdo.

Com isso, a junção de tarefas lúdicas com a matéria ensinada em sala de aula tem muito a contribuir com a aprendizagem dos alunos, pois desperta interesse. Portanto, o equilíbrio existente nesse processo pode ajudar de maneira considerável na aquisição de conhecimento.

– Trabalhar o clima emocional e social da turma: a última dica enfatiza a riqueza que se pode ter em uma sala de aula, em função da relação entre educadores e educandos. Ou seja, a experiência e a inexperiência são elementos de muito valor para o desenvolvimento. Afinal, o cometimento de erros e a posterior correção podem ser muito positivos para a aprendizagem emocional dos pequenos.

Inclusive, é importante salientar que esse espaço onde o ato de errar é permitido deve ser responsável por gerar confiança nas crianças. Assim, criar esse lugar de pertencimento pode estimular sentimentos indispensáveis para um percurso pedagógico satisfatório.

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Referência

FONSECA, V. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedagogia, n. 33, 2016.

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