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Diferenças entre Dificuldade e Transtorno de Aprendizagem

Se você é professor da Educação Infantil ou do Ensino Fundamental I, provavelmente já teve aquele aluno que apresenta obstáculos para aprender. Mas será que é uma dificuldade temporária ou um transtorno de aprendizagem?

Sendo assim, entender essa diferença é fundamental para planejar as melhores estratégias de intervenção. Mais do que isso, é o primeiro passo para oferecer um ensino realmente inclusivo e baseado em evidências. Por isso, continue a leitura para saber mais!

O Que É Dificuldade de Aprendizagem?

A dificuldade de aprendizagem é um desafio pontual, geralmente causado por fatores externos. Isso significa que o problema não está no funcionamento neurológico da criança, mas nas condições ao redor dela.

Principais causas da dificuldade de aprendizagem:

  • Problemas emocionais, como por exemplo o luto ou separação dos pais;
  • Bullying ou conflitos interpessoais na escola;
  • Mudanças bruscas de rotina;
  • Falta de estímulo adequado em casa ou na escola.

Logo, com acompanhamento pedagógico e um ambiente acolhedor, a maioria das dificuldades de aprendizagem pode ser superada.

Sinais de dificuldade de aprendizagem:

  • Queda repentina no rendimento escolar;
  • Falta de concentração em conteúdos específicos;
  • Baixa motivação para realizar atividades escolares;
  • Dificuldade temporária em leitura, escrita ou matemática.

Desse modo, esses sinais mostram a importância de uma observação ativa por parte dos professores. Um olhar atento pode evitar que essas dificuldades se agravem.

O Que É Transtorno de Aprendizagem?

Diferente das dificuldades, os transtornos de aprendizagem têm origem neurobiológica. Sendo assim, eles impactam diretamente o funcionamento do cérebro, afetando a capacidade da criança de processar e interpretar informações.

De acordo com o estudo recente Mapeamento da produção de conhecimento acerca da dislexia em âmbito nacional, a dislexia, por exemplo, apresenta alta prevalência nas escolas brasileiras, com forte base genética e alterações estruturais nas áreas temporais, parietais e occipitais do cérebro.

Além disso, o estudo apontou relação com o gene APO-B100 e o cromossomo X, reforçando que estamos diante de condições com forte componente hereditário.

Exemplos de transtornos de aprendizagem:

  • Dislexia: dificuldade persistente na leitura e interpretação de textos;
  • Discalculia: dificuldade no reconhecimento de números e operações matemáticas;
  • Disgrafia: alterações motoras que afetam a escrita;
  • TDAH: transtorno do neurodesenvolvimento que impacta atenção e impulsividade, afetando também o aprendizado.

Portanto, esses transtornos são persistentes e exigem intervenção especializada e contínua.

Sinais que podem indicar um transtorno de aprendizagem:

  • Dificuldade persistente e significativa em leitura, escrita ou matemática;
  • Lentidão para compreender comandos simples;
  • Problemas de memória de curto prazo e atenção;
  • Baixo desempenho escolar, mesmo com adaptações e reforço pedagógico;
  • Resistência a diferentes metodologias de ensino.

Além disso, o diagnóstico é sempre clínico e multidisciplinar, considerando fatores emocionais, neurológicos, cognitivos e pedagógicos.

Principais Diferenças Entre Dificuldade e Transtorno de Aprendizagem

Para tornar ainda mais fácil a identificação, veja um resumo comparativo:

Causas:

  • Dificuldade de Aprendizagem: fatores externos como questões emocionais e sociais.
  • Transtorno de Aprendizagem: fatores neurobiológicos e genéticos.

Duração:

  • Dificuldade de Aprendizagem: transitória, com boa evolução após intervenção pedagógica.
  • Transtorno de Aprendizagem: persistente e de longa duração, necessitando acompanhamento especializado.

Tipo de Intervenção:

  • Dificuldade de Aprendizagem: acompanhamento pedagógico, adaptação de conteúdos e acolhimento emocional.
  • Transtorno de Aprendizagem: equipe multidisciplinar com psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e neurologistas.

Exemplos:

  • Dificuldade de Aprendizagem: desmotivação, ansiedade escolar, problemas de adaptação.
  • Transtorno de Aprendizagem: dislexia, discalculia, disgrafia, TDAH.

Como a Escola Pode Ajudar?

O primeiro passo é a observação cuidadosa, nesse sentido, os professores pose por exemplo:

  • Registrar sinais de alerta;
  • Conversar com a equipe pedagógica e com a família;
  • Buscar apoio especializado, como psicopedagogos ou neuropsicopedagogos;
  • Adaptar suas estratégias de ensino para atender as necessidades individuais de cada aluno.

Conclusão 

Até aqui você descobriu que entender a diferença entre dificuldade e transtorno de aprendizagem é essencial para qualquer professor que deseja realizar um trabalho pedagógico mais eficaz e inclusivo. Logo, saber que uma dificuldade pode ser transitória e resolvida com boas práticas educacionais, enquanto um transtorno exige intervenção multidisciplinar e contínua, é o primeiro passo para criar um ambiente que acolha verdadeiramente cada criança.

Por isso, se você deseja aprofundar seu conhecimento e aprender, na prática, como diferenciar, avaliar e intervir nos casos de dificuldades e transtornos de aprendizagem, chegou a hora de dar um passo a mais na sua jornada profissional. 

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