Acessibilidade:

Autorregulação no Transtorno do Espectro Autista

Você sabe o que é AUTORREGULAÇÃO?

A autorregulação é um processo básico relacionado aos desfechos adaptativos ao longo do desenvolvimento, ou seja, é criar a habilidade de poder monitorar, modular a emoção, a cognição e o comportamento, para atingir um objetivo e/ou adaptar às demandas cognitivas e sociais para situações específicas.

As emoções nas crianças com Transtorno de Espectro Autista ocorrem de forma completamente diferenciadas e atípicas, pois afetam diversos aspectos do desenvolvimento da criança, algumas habilidades da criança são prejudicadas.

A autorregulação funciona de maneira que estas dificuldades da criança TEA sejam trabalhadas afim de que sejam menos onerosas e causem sofrimento.

Desde a regulação emocional, que podem ser adotadas afim de que sejam elaboradas atividades estratégicas para aprimorar, e dar suporte a adaptação da criança.

No assunto abordado anteriormente falamos sobre estereotipias e neste tema pautamos alguns dos comportamentos que a criança pode variar:

– agitar, sacudir ou bater as mãos;

– inclinar o tronco repetidas vezes para frente e para trás, de pé ou sentados;

– andar em círculos ou girar em torno do próprio corpo;

– pular;

– apertar ou manusear algum objeto específico;

– empilhar objetos;

– correr;

– agressão ou autoagressão;

 

Os stims ou estereotipias como também são conhecidos, para os autistas funcionam como mecanismo de autorregulação, porque são através deste comportamento que regulam suas emoções, pensamentos e sensações, grande parte dos autistas possui algum tipo de Transtorno do Processamento Sensorial, e podem ser considerados hiporresponsivos ou hiperresponsivos dentro de critérios bastante específicos.

Dessa forma, uma pessoa com TEA pode ser muito ou pouco sensível a algum estímulo sensorial, como um som, cheiro, uma cor, frequência luminosa, etc. Em outros casos, a mesma criança pode ser hipersensível a determinado estímulo, e hiposensível a outros.

Em alta ou baixa exposição a criança que possui o Transtorno de Processo Sensorial podem apresentar sensações de desconforto, nesse momento a autorregulação é o mecanismo que autocontrole produzido pelo próprio autista que através da autorregulação lhe proporciona sensações agradáveis e permite que ele volte ao seu estado de calma e organização.

Os Stims não podem ser ridicularizados ou reprimidos. Pelo contrário, precisam ser trabalhados para que o comportamento da criança TEA tenha controle e ela não tenha sofrimento maiores ou corra riscos, pois ela atrapalha o desenvolvimento da criança, porque pode aparecer enquanto a criança está ansiosa, assistindo TV ou fazendo alguma atividade, também ocorre quando a criança está muito alegre ou quando esta desocupada ou entediada.

 

Mas o que pode ser feito?

Durante o processo de desenvolvimento do processo da autorregulação há uma integração de mecanismos regulatórios dos seguintes grupos: regulação cognitiva, regulação emocional e regulação comportamental. Todas imprescindíveis para bom funcionamento do desenvolvimento da criança.

Regulação Cognitiva: é definida pela habilidade do indivíduo reter na mente e manipular as informações, a pessoa consegue ter o controle de resistir à algo que a perturba, nesta regulação ela exerce mecanismos neurocognitivos, como atenção, inibição, compartilhamento de tarefas e memória de trabalho;

Regulação Emocional: é definida pelas habilidades e estratégias para manejar, articular, inibir e aprimorar o emocional;

Regulação Comportamental: é responsável pela habilidade de desempenhar o controle do seu próprio comportamento: obedecer demandas dos adultos, controlar respostas impulsivas, engajar em algumas atividades.

Dentre as possibilidades de intervenção para aprimorar a criança TEA é promover a estimulação de sua autorregulação, a psicopedagogia é o caminho eficaz! A área da psicopedagogia promove a contínua construção da aprendizagem da criança TEA, pois não foca no transtorno em si, mas sim na aprendizagem da criança. Trabalhar com terapias ocupacionais incitará a criança a buscar caminhos para potencializar seus pontos positivos diminuindo seus excessos comportamentais.

 

Gostou deste artigo e quer conhecer mais sobre o que o curso de capacitação na área de Transtornos do Espectro Autista? Clique aqui e garanta agora a oportunidade de entender ainda mais sobre estratégias que envolvem este transtorno e garanta maior bagagem em sala de aula e a evolução de seus alunos.

Continue lendo

Benefícios da musicalização no desenvolvimento cerebral da criança

Você sabia que a musicalização na Educação Infantil tem benefícios importantes para os pequenos? Isso porque ela estimula praticamente todas […]

Como conduzir uma anamnese com os pais para dificuldades de aprendizagem

O processo de aprendizagem, apesar de ser um desafio, é algo mágico, que dá brilho à vida. Por isso, é […]

Benefícios da musicalização no desenvolvimento cerebral da criança
Você sabia que a musicalização na Educação Infantil tem benefícios importantes para os pequenos? Isso porque ela estimula praticamente todas as áreas da mente em formação, bem além da audição. Se considerarmos que os primeiros seis anos de vida são os mais cruciais para o desenvolvimento cerebral, as aulas de...
Como conduzir uma anamnese com os pais para dificuldades de aprendizagem

O processo de aprendizagem, apesar de ser um desafio, é algo mágico, que dá brilho à vida. Por isso, é […]