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Transtorno Opositor Desafiador: 6 Estratégias na Escola

O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é um desafio real para muitos educadores, que se veem sem saber como agir diante de comportamentos intensos e desafiadores de algumas crianças. Hoje, vamos entender mais sobre os sintomas desse transtorno, como diferenciá-lo de outros, como o TDAH, e, o mais importante, como ajudar seus alunos a superarem esses desafios.

Prepare-se para transformar sua prática pedagógica e melhorar o dia a dia na sala de aula! Ao aplicar essas estratégias, você estará não só apoiando seus alunos com Transtorno Opositor Desafiador, mas também criando um ambiente mais acolhedor e eficiente para todos. Continue lendo e descubra como pequenas mudanças podem gerar grandes resultados!

O que é o Transtorno Opositor Desafiador (TOD)?

Professor, você já teve aquele aluno que reage com muita intensidade a coisas simples? Que se irrita facilmente, discute constantemente, questiona regras e parece não aceitar um “não”? Esse comportamento pode estar relacionado ao que chamamos de Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

O TOD é um transtorno de comportamento que afeta a maneira como a criança lida com suas emoções, com as regras e com os relacionamentos. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR), o TOD é caracterizado por três principais características:

  1. Um padrão persistente de humor irritável.
  2. Comportamentos argumentativos ou desafiadores.
  3. Tendência a buscar vingança ou “dar o troco”.

Portanto, esses comportamentos precisam durar pelo menos seis meses e ocorrer com mais frequência do que o esperado para a idade da criança. Além disso, é importante entender que o Transtorno Opositor Desafiador não é uma fase ou birra. Ou seja, não é “invenção” da criança.

É um transtorno que exige compreensão, paciência e estratégias adequadas. Por isso, é fundamental que, como educadores, busquemos conhecimento baseado em evidências científicas para trabalhar com esses alunos de forma eficaz.

Sintomas de Transtorno Opositor Desafiador

Agora que você sabe o que é o TOD, é hora de entender como identificar os sinais desse transtorno em sua sala de aula. Muitas vezes, os comportamentos de uma criança com TOD são interpretados de maneira errada, mas eles podem esconder dificuldades emocionais e de autorregulação.

Sinais Comuns de TOD em Sala de Aula:

  • Irritação constante: A criança se irrita com facilidade e responde impulsivamente a estímulos.
  • Discussões frequentes: Ela tende a questionar figuras de autoridade, como professores e colegas.
  • Dificuldade em aceitar regras: Resiste a seguir instruções simples ou a mudar de atividade.
  • Reações emocionais intensas: Quando contrariada, essa criança pode reagir com raiva, frustração ou até chorar.
  • Dificuldade na interação social: Pode ter dificuldades em se relacionar com os colegas, por exemplo, o que pode acabar criando conflitos frequentes.

Esses comportamentos não são apenas desafiadores para o educador, mas também causam sofrimento à própria criança, que pode acabar sendo excluída de atividades e eventos sociais da escola, sofrendo bullying, e se sentindo isolada.

Transtorno Opositor Desafiador: Causas e Fatores

Professor, você já se perguntou o que está por trás do comportamento do TOD? Pode ser simples pensar que é só uma questão de birra ou de limites, mas a realidade é mais complexa. O TOD não surge do nada, e suas causas envolvem uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais.

Fatores Genéticos e Biológicos: Pesquisas apontam que o TOD tem uma forte influência genética. Fatores como o temperamento da criança e sua dificuldade em lidar com frustrações podem ser influenciados pela genética. Além disso, estudos de neuroimagem mostram que algumas áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal e a amígdala, podem ter um funcionamento diferente em crianças com TOD.

Fatores Ambientais: O ambiente também tem um papel fundamental no desenvolvimento do TOD. Desse modo, fatores como o ambiente familiar, nível de estresse, regras em casa e o apoio recebido pela criança podem contribuir para o surgimento ou agravamento dos sintomas. Mudanças bruscas na rotina também são gatilhos comuns.

Como Diferenciar TOD de TDAH?

Agora, vamos esclarecer uma dúvida comum: como diferenciar o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)? Embora os dois transtornos possam se sobrepor em algumas crianças, eles têm características distintas.

TDAH: O foco do TDAH está na desatenção, impulsividade e hiperatividade. Logo, a criança com TDAH tem dificuldades em manter o foco, se dispersa facilmente e possui uma necessidade constante de movimento.

TOD: O TOD é mais voltado para um comportamento desafiador. A criança com TOD questiona regras constantemente, resiste a seguir orientações e se irrita com facilidade quando contrariada. Por isso, em vez de ser impulsiva devido à falta de atenção, ela reage emocionalmente a situações de frustração.

Desse modo, a chave para a diferenciação está na intensidade do comportamento. Enquanto crianças com TDAH geralmente têm dificuldade com concentração e controle motor, as crianças com TOD têm dificuldades emocionais e comportamentais em lidar com autoridade e regras.

6 Estratégias Para Ajudar e Incluir Alunos com TOD na Sala de Aula

Agora que você já entendeu o que é o TOD e como identificá-lo, vamos para o que realmente importa: como ajudar esses alunos na prática. Por isso, selecionamos aqui estão seis estratégias baseadas em evidências científicas para você colocar em ação:

  1. Defina regras claras e envolva a turma.
    Estabeleça regras simples e combine-as com a turma. Isso dá à criança com TOD um senso de pertencimento e compreensão.
  2. Use reforço positivo de maneira intencional.
    Reforce o que o aluno faz de certo. Um elogio sincero, por exemplo, pode ser mais eficaz do que focar nas falhas.
  3. Crie rotinas previsíveis e utilize recursos visuais.
    A previsibilidade dá segurança e ajuda a criança a lidar com a ansiedade.
  4. Ensine sobre sentimentos e ajude a criança a nomear suas emoções.
    Crie atividades como rodas de sentimentos para ajudar a criança a identificar e expressar o que está sentindo.
  5. Mantenha a calma e seja modelo de comportamento.
    Sua postura tranquila e firme ajuda a criança a aprender como se regular.
  6. Trabalhe em parceria com a família e outros profissionais.
    A troca com a família e com a equipe escolar é essencial para o acompanhamento e apoio contínuo, portanto não esqueça dessa troca.

Conclusão

Trabalhar com crianças que apresentam transtorno opositor desafiador exige paciência, acolhimento e estratégias adequadas. Por isso, como educador, sua abordagem pode transformar a vida dessas crianças, ajudando-as a superar desafios e a se desenvolver de maneira saudável. Além disso, lembre-se: o conhecimento é a chave para agir com segurança e eficácia.

Sendo assim, se você se interessou por este tema, busque sempre mais informações e continue aprimorando sua prática. Se você deseja se aprofundar no tema e aprimorar sua atuação com alunos com TOD, a pós-graduação em TOD da Rhema Neuroeducação é a escolha ideal.

Por isso, não deixe para depois: visite o site da Rhema Neuroeducação, siga-nos no Instagram e compartilhe suas experiências com a nossa comunidade.

Cada criança é um mundo. Te preparamos para cada uma delas.

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