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Transtorno Fonológico: A antiga Dislalia

A alteração dos sons da fala, anteriormente chamada de Dislalia, ocorre quando a criança enfrenta dificuldade para pronunciar corretamente os fonemas. Geralmente, esse transtorno se manifesta através de trocas, omissões, distorções ou inserções de sons nas palavras, como “cacholo” em vez de “cachorro” ou “suva” no lugar de “chuva”. Por isso, entender as alterações de fala (antiga Dislalia) e também as abordagens mais atuais torna-se fundamental para que pais, professores e profissionais da saúde possam ajudar a criança a superar essas barreiras.

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O Que É Dislalia?

Dislalia era o termo utilizado para descrever um transtorno de fala em que a criança tinha dificuldade para articular corretamente certos sons. Atualmente, a fonoaudiologia define essas dificuldades como Transtorno Fonológico ou alteração dos sons dos sons da fala. Esse transtorno afeta a clareza da fala e, consequentemente, compromete a comunicação da criança, o que pode interferir no seu desenvolvimento social e educacional.

Como Identificar o Transtorno Fonológico (“Dislalia”)?

Para identificar o Transtorno Fonológico, é crucial observar alguns sinais que indicam a necessidade de intervenção. A seguir, detalhamos os principais aspectos a serem observados:

Idade de Detecção: Alguns sons da fala são mais fáceis e outros mais difíceis de pronunciar. Por isso, existe uma ordem de aquisição desses sons, de forma que é esperado que a criança bem novinha já consiga falar os sons mais fáceis e, com o passar do tempo e aumento da idade, vá aprendendo também os mais difíceis. Para saber se essa criança precisa de atendimento, dependerá da troca ou omissão apresentada pela criança conforme sua idade. 

Sendo assim, é importante sempre observar a troca ou omissão da criança e sua idade. Não será somente aos 6 anos de idade que essa criança deverá ser encaminhada para avaliação e intervenção e quanto mais precoce for a detecção do transtorno fonológico, menos consequências e melhor prognóstico essa criança terá.

Sinais e Sintomas: Crianças com este transtorno compreendem bem o que ouvem, porém, enfrentam dificuldades em articular as palavras corretamente. O problema ocorre na produção da fala, e não na compreensão, sendo erros persistentes e que não evoluem sem intervenção.

Impacto na Comunicação: A dificuldade em articular os sons corretamente prejudica a interação da criança com colegas e familiares, afetando a confiança e a socialização. Por isso, é importante intervir o quanto antes para minimizar esses impactos.

Causas Comuns do Transtorno Fonológico “Dislalia

As causas do Transtorno Fonológico são variadas, e compreender esses fatores torna-se essencial para um diagnóstico preciso. Entre as causas mais comuns, destacam-se:

  • Imaturidade ou Alterações no Aparelho Fonador: Além disso, problemas nos lábios, língua, dentes, ou até mesmo no palato, podem, por sua vez, dificultar a correta articulação dos sons, o que afeta diretamente a clareza da fala.
  • Dificuldades Auditivas: A criança pode também enfrentar dificuldades em distinguir sons parecidos, o que impacta diretamente a fala. Isso, por sua vez, pode ser causado, inclusive, por quadros de infecções de ouvido recorrentes.
  • Falta de estímulos: Para que, de fato, a criança desenvolva a fala, é necessário interação constante com adultos e outras crianças, que não só forneçam o modelo correto, mas também brinquem, dando forma, função e significado aos sons que ela produz. No entanto, hoje em dia, com o uso excessivo de telas, essa interação está cada vez mais precária.
  • Fatores Emocionais e Psicológicos: Questões emocionais, como timidez, insegurança ou ansiedade, podem ainda agravar os problemas de articulação, afetando ainda mais o desenvolvimento da fala.

Como Ajudar a Criança com Transtorno Fonológico?

A intervenção precoce e adequada é importante para ajudar a criança a superar as dificuldades de fala. A seguir, estão algumas abordagens que podem ser muito úteis:

  • Avaliação Profissional: A primeira etapa envolve a consulta com um fonoaudiólogo, que realiza uma avaliação detalhada para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
  • Terapia Fonoaudiológica: Essa é a intervenção mais indicada, onde a criança participa de atividades e exercícios específicos para corrigir a articulação dos sons.
  • Exercícios de Articulação: Práticas lúdicas, como jogos de imitação de sons e exercícios com espelhos para observar a movimentação da boca, mostram-se eficazes para melhorar a pronúncia.
  • Envolvimento da Família e da Escola: A colaboração de professores e familiares é fundamental para reforçar as técnicas aprendidas na terapia, tornando o ambiente escolar e doméstico mais favorável ao aprendizado.
  • Estimular a fala: Pais e professores, podem promover atividades lúdicas incentivando sempre a criança a se comunicar como brincar de faz de conta, cantar músicas usando sempre gestos, articular bem a fala, sempre nomear as e conversar sobre as atividades realizadas com a criança.

Conclusão

O Transtorno Fonológico, ou alterações dos sons da fala, anteriormente conhecido como Dislalia, é, sem dúvida, um desafio que pode, de fato, impactar significativamente a comunicação da criança. No entanto, com diagnóstico e tratamento adequados, é totalmente possível superar essas dificuldades e assim promover um desenvolvimento mais harmonioso.

Entender e apoiar o desenvolvimento da fala e articulação é crucial para o sucesso da criança em todas as esferas da vida escolar. Por isso, se você busca inspiração, conhecimento e estratégias práticas sobre como intervir na Educação Infantil, não deixe de conhecer nossa pós-graduação em Educação Infantil, Alfabetização e Letramento ou visitar o nosso site Rhema Neuroeducação. Além disso, siga-nos no Instagram para conteúdos exclusivos.

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