TDAH é um transtorno de aprendizagem?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem se tornado um assunto popular, graças ao acesso de instituições e cidadãos às informações especializadas. Porém, ainda há algumas lacunas a respeito da origem dessa condição. Com isso, muita gente se pergunta se o TDAH é um transtorno de aprendizagem, por exemplo.
E se a resposta for que o TDAH não é um transtorno de aprendizagem, necessariamente? A dúvida vai aumentar em sua mente? Não se preocupe, vamos explicar tudo o que você precisa saber para desmistificar o TDAH de uma vez por todas.
Quais são as causas do TDAH?
Para começo de conversa, é preciso adiantar que o TDAH tem causas genéticas, ou seja, ele é um transtorno do neurodesenvolvimento. Em outras palavras, isso mostra que a condição não é motivada por algo ligado ao processo de aprendizagem. Além disso, os primeiros sinais podem ser notados logo na primeira infância.
O que se pode afirmar é que o TDAH vai se refletir na dinâmica do aprendizado das crianças, adolescentes e adultos diagnosticados. Portanto, tenha cuidado: o TDAH não é um transtorno de aprendizagem, apenas exerce influência no processo de aquisição de competências e habilidades, o que pode ser devidamente trabalhado com boas estratégias.
Muitos especialistas trabalham com a possibilidade de o TDAH atuar como uma comorbidade de um transtorno de aprendizagem. Assim como o TEA, as deficiências intelectuais, entre outros – que podem surgir na esteira desse distúrbio – são prováveis de ocorrências, mas não são determinantes.
Então por que as pessoas ainda se confundem?
Na verdade, essa ‘confusão’ não é uma coisa levantada por poucas pessoas. Acredite se quiser, mas há muita gente que não consegue encontrar a diferença sem antes misturar as definições. Vamos por partes.
O Transtorno de Aprendizagem (TA) não é uma caixinha fechada, ou seja, ele é um termo que abrange diferentes condições neurológicas e que são notadas na trajetória acadêmica. Desse modo, as mais comuns são a disortografia, a discalculia e a dislexia.
Aliás, o TA se refere a dificuldades específicas na aquisição de habilidades pedagógicas elementares, como a escrita, o cálculo e a leitura. Por isso é importante viabilizar intervenções psicopedagógicas que auxiliem o aluno o quanto antes.
Assim, você viu que ambos os transtornos se diferem; e são bem definidos dentro de seus respectivos nichos. Agora, o motivo pelo qual as pessoas ainda confundem ambos como sendo um só se deve ao fato de que uma criança pode apresentá-los de forma relacionada, ou seja, as comorbidades.
TDAH e TA, como elas se relacionam?
Existe possibilidade de a criança com TDAH ser diagnosticada com este e outros transtornos. Para se ter uma ideia, a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) mostra que a probabilidade de se detectar distúrbios de leitura (Dislexia) no TDAH é de 10%.
Entretanto, a mesma organização salienta que a comorbidade que costuma ser mais notável nesse contexto (TDAH) é o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), cuja preponderância atinge 1\3 da população. Além disso, há outras condições que também são frequentes, tais como a Depressão (10-30%), o Transtorno Obsessivo–Compulsivo (10-17%), a Síndrome de Tourette (7%) etc.
Como o TDAH pode se manifestar?
O TDAH é uma combinação de duas tipologias de sintomas. Dessa forma, as crianças podem demonstrar tanto a desatenção ou a hiperatividade-impulsividade. No primeiro caso, os pequenos se distraem facilmente, esquecem materiais, não se lembram das datas das provas e encontram dificuldade para atividades que exigem foco.
Na hiperatividade-impulsividade, a manifestação se dá de maneira mais incisiva. Com isso, os pequenos demonstram dificuldades para ficarem sentadas o tempo todo; eles não esperam a vez das pessoas, cortam a fala de seus interlocutores, não conseguem se concentrar, andam de um lado para o outro, atrapalham os colegas, demonstram impaciência para ficar muito tempo na mesma atividade, entre outros.
Como oferecer o melhor tratamento?
A melhor forma de proporcionar uma intervenção adequada é conhecer cada caso e planejar a abordagem que combine com o perfil da pessoa. Assim sendo, a solução pode alternar entre medicamentos, terapias e adaptações nos espaços de convivência.
Além disso, a família é um elemento importante no desenvolvimento, já que as pessoas mais próximas à criança podem identificar os primeiros sinais e providenciar as abordagens necessárias. Portanto, a presença de pais e demais responsáveis é fundamental.
O que fazer para conhecer mais?
Se você se interessa pelo assunto, então o caminho mais indicado para desbravar esse universo é por meio do conhecimento aprofundado e com embasamento científico. Portanto, a especialização é ideal para quem quer dominar o tema.
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Referência:
ABDA. Crianças com TDAH podem ter outros sintomas associados? ABDA, 2012.