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Quais os sintomas de hiperatividade infantil?

Olá, professores!

Em primeiro lugar, o que vocês poderiam pontuar como características marcantes percebidas em uma sala de aula? Provavelmente, uma delas é a diversidade de perfis encontrados nesses espaços.

Assim sendo, cada aluno vem de uma experiência única. Portanto, pode ser que no meio desse grupo de crianças, uma dela se manifeste de maneira peculiar. Dentre elas, há a possibilidade de haver algum pequeno que conviva com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Com isso, a preocupação que muitos educadores trazem consigo é saber quais os sintomas da hiperatividade infantil e como lidar. Afinal, nem todos os profissionais passaram por capacitação que dê o embasamento necessário para esses casos.

Sintomas de hiperatividade infantil ou desobediência?

A princípio, é preciso saber como identificar o que são sintomas de um transtorno ou simplesmente desobediência. Ou seja, no contexto da sala de aula pode haver crianças que estão desobedientes.

Por outro lado, existem aqueles que vivem sob uma condição que deve ser devidamente diagnosticada, como o TDAH. Portanto, são casos absolutamente distintos e que exigem abordagens diferentes.

Quais os sintomas de hiperatividade infantil?

Antecipadamente, há a importância de se ressaltar que os sintomas da hiperatividade infantil estão divididos em uma espécie de eixo, divididos em três. Nesse sentido, vejam quais são eles e como os aspectos sintomatológicos se manifestam.

Desatenção: dificuldade para manter atenção a detalhes; cometer erros frequentes por descuido diário (na escola ou em casa); problemas para manter a atenção em atividades lúdicas; dificuldades para terminar atividades e seguir instruções; tendência a não conseguir se organizar em tarefas; tendência a fugir de atividades que exijam esforço mental; facilidade para se distrair por estímulos externos; dificuldade para prestar atenção quando lhe dirigem a palavra, etc.

Hiperatividade: agitação de mãos e pés; agitação do corpo quando se está sentado; tendência a escalar ou correr em excesso; não conseguir ficar sentado por muito tempo; falar em demasia; não conseguir realizar atividades em silêncio.

Impulsividade: dificuldades para esperar o interlocutor terminar a frase ou para aguardar a sua vez de realizar alguma ação; tendência a entrar em conversas alheias.

Por que é importante contextualizar os sintomas?

De acordo com estudos, todos os sintomas de hiperatividade infantil relatados devem ser contextualizados na história de vida dos pequenos. Afinal, tais sintomas, quando se manifestam de maneira isolada, podem gerar problemas na vida adulta.

Além disso, essa situação também tende a indicar a existência de comorbidades (outros transtornos, por exemplo). Portanto, a escola tem o papel de extrema importância no auxílio à família e aos profissionais que ficam a cargo das intervenções direcionadas.

Quais os tipos de TDAH?

– TDAH com predomínio de desatenção;

– TDAH com predomínio de hiperatividade/impulsividade;

-TDAH combinado.

O que é levado em conta na hora do diagnóstico?

Antecipadamente, os especialistas salientam que alguns critérios são considerados no momento de estabelecer o diagnóstico para a hiperatividade infantil. Nesse sentido, eles levam em conta a duração dos sintomas de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade.

Inclusive, é importante ressaltar que as crianças já vêm de um histórico de manifestação desses aspectos sintomáticos. Se não, elas enfrentaram um determinando momento em que um desses sintomas foi bem frequente.

Outros detalhes que precisam de atenção por parte dos adultos são a intensidade e a persistência dos sintomas. Portanto, os profissionais precisam estar atentos quanto a esses pontos determinantes para considerar a hiperatividade infantil.

Qual a importância do diagnóstico para a família e a escola?

O diagnóstico do TDAH é clínico e só deve ser feito por especialistas da área, pois eles conhecem toda a gama de procedimentos necessários. Com isso, a família deve proporcionar ao pequeno a chance de iniciar as intervenções que podem garantir maior qualidade de vida para a criança.

Por fim, a escola pode aproveitar o conhecimento da situação do aluno e integrar parte das intervenções ao projeto pedagógico. Para isso, é preciso haver uma comunicação eficiente entre as partes envolvidas.

Referência

ROHDE, Luis Augusto; et al. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 22, n. 2, São Paulo, 2000.

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