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NEUROCIÊNCIA: A LINGUAGEM E O CÉREBRO

Cada vez mais a Neurociência aprofunda o conhecimento sobre o cérebro humano. Conhecer como este órgão funciona e comanda nossas mais diversas atividades é fundamental para diversas profissões, em especial para nós, professores. Afinal, da fala ao aprendizado, é nele que a ‘magia’ acontece.
Neste artigo, publicado originalmente no MeuCérebro.com, você vai entender mais sobre como ocorre a linguagem, uma atividade que apenas parece simples, mas não é. E, para aprofundar seu conhecimento num tema tão importante, conheça nosso curso de capacitação on-line  NEUROCIÊNCIA E A COMPLEXIDADE CEREBRAL. Se preferir, entre em contato pelo WhatsApp (43) 99660-0203 e tenha atendimento personalizado.

LINGUAGEM E CÉREBRO: CONFIRA AS PRINCIPAIS ÁREAS ATIVADAS

A linguagem é um fenômeno cognitivo complexo e bastante desenvolvido no cérebro humano. Sem exagero, é possível dizer que praticamente todas as regiões cerebrais estão envolvidas de alguma forma com a linguagem. Isso porque ela se reveste de aspectos emocionais, requer a reativação de várias modalidades de memória, como visuais, auditivas e olfativas e depende da integridade de inúmeras outras funções cerebrais, primitivas e filogeneticamente mais evoluídas.
Quando você fala com alguém, não imagina o grau de refinamento neurológico alcançado ao longo de milhares de anos de evolução. Se pudesse eleger um aspecto do nosso comportamento que realmente nos torna diferentes em relação às outras espécies, certamente diria a linguagem.
American Speech and Hearing Association a define como um complexo e dinâmico sistema de símbolos utilizado de diferentes modos para o pensamento e comunicação. A linguagem pode ser avaliada e entendida segundo os parâmetros fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático e os fatores biológicos, cognitivos, psicossociais e ambientais. Todos esses aspectos determinam seu aprendizado e uso.
Como disse no início do artigo, a linguagem constitui um claro exemplo de função cerebral superior e seu desenvolvimento sustenta-se em uma estrutura anatômica e funcional determinada geneticamente e no estímulo verbal oferecido pelo meio. Dentro dessa estrutura anatomofuncional, participam diversos sistemas e subsistemas que atuam em série e paralelo. Por isso, avaliar a linguagem significa avaliar a saúde de todo o cérebro.

OS TRÊS SISTEMAS FUNCIONAIS DA LINGUAGEM

Ao avaliá-la, Damasio (1992) considera três sistemas funcionais: o operativo ou instrumental, que corresponde à região perissilviana do hemisfério dominante e onde tem lugar o processamento fonológico; o semântico, que inclui extensas áreas corticais de ambos os hemisférios e governa o significado das palavras, e o de mediação, que engloba áreas frontais, temporais e parietais que rodeiam o sistema operativo e no qual o léxico se organiza de forma modular.

LINGUAGEM E NEUROIMAGEM

Com os avanços recentes dos estudos em neuroimagem, os cientistas puderam criar modelos anatomopatológicos da ativação cerebral durante a função linguística e constatou-se que a localização cerebral das áreas ativadas durante o processo de linguagem, com exceção da prosódia afetiva, está lateralizada preferencialmente para o hemisfério esquerdo, envolvendo áreas corticais e subcorticais.
Em estudos realizados com indivíduos sadios, observou-se que durante a leitura silenciosa de palavras, entram em ativação os hemisférios occipitais direito/esquerdo e o córtex temporal direito. Diferentes áreas temporais esquerdas e a região frontal inferior esquerda são responsáveis pela integração dos processos semântico e fonológico.
Em áreas como o córtex temporal medial esquerdo ocorre o processamento da compreensão linguística e o giro supratemporal esquerdo, córtex motor e pré-motor ipsilaterais, putâmen esquerdo e parte de ambos os hemisférios cerebelares são responsáveis pela realização dos movimentos articulatórios durante a tarefa de repetição de sílabas.
A ativação cerebral relacionada à prosódia emocional ou afetiva (variações na modulação da voz durante o discurso) encontra-se dividida em três etapas:
  1. Lobo temporal direito na obtenção da informação acústica;
  2. Sulco temporal posterossuperior direito na representação das sequências acústicas;
  3. Córtex frontal inferior bilateral e gânglios da base, que representam ordenadamente a avaliação e expressão da prosódia afetiva.
Para concluir, a linguagem na forma expressiva, representada por meio do ato motor de fala, é o resultado de um conjunto de atividades cerebrais responsáveis pela recepção, integração e elaboração das mensagens linguísticas, e o déficit gerado nesta função em decorrência de lesão cerebral determinará um novo nível de funcionamento linguístico, caracterizando o chamado quadro afásico.

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