Acessibilidade:

Mutismo Seletivo e Autismo: Qual é a Relação?

O mutismo seletivo e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são condições distintas, mas que compartilham características, especialmente dificuldades na comunicação e interação social. 

Muitas crianças que apresentam mutismo seletivo na escola ou em ambientes sociais também recebem um diagnóstico de TEA, o que levanta dúvidas como: essa condição tem relação com o TEA? Por isso, este artigo vai esclarece essa questão, e ainda mostrar seus principais sintomas, como diferenciá-lo do autismo e quais são as abordagens mais eficazes para o tratamento especialmente em crianças autistas.

Cena ilustrativa de uma criança em ambiente escolar com mutismo seletivo

O que você vai encontrar:

  1. O que é Mutismo Seletivo?
  2. Mutismo Seletivo: Sintomas e Diagnóstico
  3. Mutismo Seletivo e Autismo: Qual a Diferença?
  4. O Mutismo Seletivo e o TEA podem coexistir?
  5. Mutismo Seletivo Complexo
  6. Capacite-se para Incluir Melhor seus Alunos

O que é Mutismo Seletivo?

O mutismo seletivo é um transtorno de ansiedade caracterizado pela dificuldade persistente de falar em determinadas situações sociais, mesmo quando a criança consegue se comunicar normalmente em outros contextos. Essa condição pode gerar impacto significativo no aprendizado, na socialização e no desenvolvimento emocional.

Mutismo Seletivo: Sintomas e Diagnóstico

Os principais sintomas incluem:

  • Incapacidade de falar em determinados contextos sociais, como escola ou interações com estranhos
  • Ansiedade intensa quando há expectativa de comunicação oral
  • Comportamentos de esquiva, como evitar contato visual ou se afastar de interações sociais
  • Comunicação não verbal preservada, podendo usar gestos, expressões faciais ou escrita
  • Impacto na vida escolar, familiar e social

Ou seja, um diagnóstico preciso requer uma avaliação profissional, podendo envolver testes específicos. Por essa razão, muitas famílias buscam informações sobre o transtorno para entender melhor a condição antes de procurar um especialista.

Mutismo Seletivo e Autismo: Qual a Diferença?

No autismo essa condição pode gerar confusão diagnóstica, pois ambos os transtornos envolvem dificuldades na comunicação. No entanto, existem diferenças fundamentais:

  • No mutismo seletivo, a dificuldade de fala ocorre em situações específicas, enquanto no autismo, os desafios comunicativos costumam estar presentes em todos os contextos.
  • Crianças com esse transtorno seletivo geralmente possuem habilidades sociais adequadas, mas não conseguem se expressar verbalmente em determinadas situações. Já no autismo, os desafios sociais envolvem dificuldades na compreensão e uso da comunicação não verbal.
  • No TEA, há a presença de comportamentos repetitivos e interesses restritos, que não são característicos do transtorno.

Embora essa condição seletivo seja um transtorno de ansiedade e não uma deficiência, no entanto ele pode coexistir com o TEA, o que exige uma abordagem multidisciplinar no tratamento. E é sobre isso que vamos falar na sequência. Acompanhe!

O Mutismo Seletivo e o TEA podem coexistir?

A coexistência de transtornos do neurodesenvolvimento é um fenômeno comum, sendo frequentemente descrita como comorbidade. Por isso, não é incomum que crianças e adultos com mutismo seletivo apresentem diagnósticos adicionais que impactam suas habilidades de comunicação e interação social.

Dessa forma, a presença de múltiplos transtornos do neurodesenvolvimento em uma mesma pessoa é um fenômeno comum, sendo frequentemente descrito como comorbidade. Por isso, não é incomum que crianças e adultos com essa condição apresentem diagnósticos adicionais que afetam suas habilidades de comunicação e interação social.

Mutismo Seletivo Complexo

Um exemplo dessa sobreposição de condições é o mutismo seletivo complexo, um dos subtipos já identificados por pesquisadores. Nesse quadro, além de não se comunicar verbalmente em algumas situações, a pessoa pode apresentar outros diagnósticos, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno de Ansiedade Social (TAS).

Sendo assim, diante desse cenário, um diagnóstico preciso e criterioso é essencial. Apenas com uma avaliação detalhada é possível definir as estratégias adequadas para cada caso, promovendo um desenvolvimento social e emocional mais equilibrado e funcional.

Até aqui, você já compreendeu que esse transtorno e o autismo são condições distintas, mas que podem estar associadas em alguns casos. Identificar corretamente cada um deles é fundamental para que a intervenção seja adequada e eficaz.

Ou seja, caso haja suspeita de dificuldade de fala em situações específicas na escola, é essencial buscar um profissional especializado para uma avaliação detalhada. Com acompanhamento adequado, a criança pode superar barreiras na comunicação e conquistar maior autonomia em suas interações sociais.

Capacite-se para Incluir Melhor seus Alunos

Se você deseja compreender a fundo os desafios e potencialidades dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e aprender estratégias eficazes para inclusão, conheça nossa Pós-Graduação em Transtorno do Espectro Autista – TEA.

Além disso, acompanhe nosso site, canal no  YouTube e perfil no Instagram para conteúdos exclusivos, estratégias práticas e dicas valiosas sobre inclusão e aprendizagem. Com conhecimento e preparo, podemos transformar vidas e tornar a educação mais inclusiva para todos.

Cada criança é um mundo. Te preparamos para cada uma delas.

Continue lendo

Quem pode fazer o Diagnóstico do TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno que tem chamado atenção em muitas esferas da […]

QUANDO O TDA É SEM O H – QUAIS OS SINAIS E ESTRATÉGIAS PARA SALA DE AULA

Olá professor, tudo bem? Você possui alunos com dificuldade em se concentrar, mas que não são hiperativos? Você sabia que […]

Entenda mais sobre superdotação com esses 3 livros!

Você quer desvendar o mundo dos superdotados? Está em busca de informações sobre essas pessoas mais que especiais? Então, não […]