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Importância do lúdico no processo de alfabetização

Olá, professor! Você, com certeza, já está familiarizado com o termo lúdico. Ele remete aos jogos e brincadeiras feitos no ambiente escolar para desenvolvimento cognitivo, processo de alfabetização e mais. A parte intelectual da criança está fortemente ligada a esse tipo de aprendizagem.

Afinal, além de poder aprender sem a pressão de trabalhos e provas, ela também pode desenvolver sua parte afetiva e social. Vale ressaltar que tudo deve ser feito com o seu intermédio, professor, e com um objetivo específico. Nesse artigo, abordaremos a leitura e escrita, ou seja, o processo de alfabetização do aluno. Vamos lá?

Como as brincadeiras auxiliam na aprendizagem e desenvolvimento

As brincadeiras são capazes de criar uma ponte entre o professor e aluno. Através dos jogos e outras formas de entretenimento, você, professor, é capaz de se comunicar na linguagem do aluno. Assim, ele se sentirá entendido, acolhido e aceito.

Com os jogos coletivos, o aluno é capaz de enxergar suas potencialidades, além de desenvolver o foco e raciocínio lógico. Esses são fatores essenciais para o processo de aprendizagem.

Ele também começa a entender regras, organização, cooperação, relacionar-se com os outros enquanto aprende. Além disso, ele também se diverte, brinca, ri, sente suas emoções e aprende a controlá-las. 

Por isso, é crucial que o professor possua estratégias para estimular a alfabetização. Para isso, ele deve estar atento às perguntas da criança, suas sugestões e a forma como elas evoluem. Só assim ele poderá criar o melhor ambiente para ajudá-las a entender o mundo das letras. 

Lúdico e processo de alfabetização

Através do lúdico, a criança pode aprender conceitos, normas, regras, valores, conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. Esses são alguns dos tijolinhos necessários em toda a sua vida escolar e também fora da escola.

Além disso, com os jogos e brincadeiras, as crianças podem desenvolver as seguintes capacidades:

  • motora;
  • cognitiva;
  • ética;
  • afetiva;
  • estética;
  • inserção social;
  • relação interpessoal;
  • aprendizagem específica de alfabetização.

Níveis de Alfabetização

O  letramento e o processo de alfabetização não ocorrem do dia para noite. É um processo que possui 4 estágios: pré-silábico, silábico, silábico alfabético e alfabético. Vejamos cada um deles a seguir.

Nível pré silábico

No nível pré silábico, a criança começa a entender que ela pode usar outros símbolos para se comunicar com o mundo. Dessa forma, apesar de não conhecer bem o alfabeto, ela utiliza rabiscos e desenhos para se expressar. Ela pode utilizar uma escrita própria, onde só ela mesma é capaz de decifrar aquilo que está escrito. 

Para estimular a aprendizagem através de brincadeiras, um exemplo é fazer a leitura da chamada. Assim, elas podem tentar decifrar o nome e ver quem está presente e quem não está. Você também pode fazê-las identificar a primeira letra do nome e ver quem também possui a primeira letra igual ao nome dela.

Nível silábico

Nesse nível ela começa a entender como pode organizar as letras e diferenciá-las. Ela compreende que o alfabeto possui sons e esses sons estão relacionados com a fala. A criança pode não saber formar sílabas perfeitamente, mas começa a utilizar letras para representar os sons. Um exemplo é a letra K, que tem som de “ca”.

Nesse caso, uma sugestão é colocar a primeira letra do alfabeto e dois desenhos. Você pode pedir à criança para associar a primeira letra a um dos dois desenhos. Outra opção são as cruzadinhas com 2 palavras e um desenho para cada. A criança perceberá que há letras faltando e tentará escrever a palavra toda.

Nível silábico alfabético

No nível silábico alfabético, a criança compreende que uma sílaba precisa de mais de uma letra. Dessa forma, ela pode acrescentar outras letras à uma palavra para escrever aquilo que ela deseja expressar. Não se surpreenda se ela ainda tiver marcas do nível silábico, isso é normal.

Uma sugestão de jogo é um bingo de sílabas. Para isso, você, professor, pode colocar sílabas com a vogal A, por exemplo. Em um saquinho, você coloca desenhos que começam com essa sílaba. O aluno que completar a cartela primeiro, ganha.

Nível alfabético

No nível alfabético, a criança tem uma compreensão das letras e sílabas. Ela consegue reproduzir os fonemas, mas ainda não entende a parte ortográfica. A criança também sabe que uma sílaba pode ter duas ou três letras, mas tem dificuldade de separá-las e redigir um texto.

Uma opção de brincadeira divertida é fazer uma cortina com papel crepom e colar várias palavras. Para que o aluno passe para o outro lado, ele precisa ler uma das palavras escritas na cortina.

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Referências:

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: SCIPIONE, 2002.

COCCO, Maria Fernandes; HAILER, Marco Antonio. Didática da alfabetização: decifrar o mundo.São Paulo, Editora FTD 2001.

PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

Pró-letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos anos/séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – Ed.rev. e ampl. Incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de referência/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Pátio: Revista pedagógica, Porto Alegre: RS, n. 29, p. 18-22, fev./abr. 2004.

SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e escrever. SÃO Paulo: CONTEXTO, 2021.

WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 2001.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_pdp_edespecial_uel_roselidefatimatassi.pdf

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