Acessibilidade:

Fatores que contribuem para o comportamento opositor em crianças e adolescentes

Em primeiro lugar, se existe algo que gera bastante preocupação em pais, mães, familiares e professores, isso pode ser o comportamento opositor, conhecido como o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). A propósito, os sintomas de quem convive com essa condição costumam assustar as pessoas, principalmente pela frequência de comportamentos mais agressivos, por exemplo.

Uma das principais dúvidas gira em torno dos fatores que contribuem para a ocorrência do TOD em crianças e adolescentes. Com isso, saber o que influencia esse conjunto de característica é importante para que as melhores abordagens sejam adotadas e, consequentemente, as intervenções mais adequadas.

O que causa o comportamento opositor presenciado no TOD?

Na verdade, é preciso ter muita cautela para responder a este questionamento. Afinal, pesquisadores ainda estão analisando o que está por trás dessa característica tão marcante no TOD.

Isso não significa necessariamente que os fatores inexistam, mas que eles são variados, o que abre um verdadeiro leque de possibilidades até então. De acordo com Paulo e Rondina (2010), “é possível afirmar que ainda há poucos estudos direcionados a investigar os fatores determinantes que contribuem para o aparecimento do problema”.

As pesquisadoras ressaltam que as causas do TOD estão relacionadas à influência de múltiplos fatores. Além disso, há estudos que sugerem a existência de aspectos, como reações emocionais extremas, irritabilidade crônica, impulsividade e falta de atenção como grandes elementos que levam as crianças a manifestarem comportamentos opositivos, por exemplo.

Há que se lembrar outro ponto que também merece destaque. A literatura médica registra a possibilidade de o transtorno ser influenciado pela “presença de conflitos conjugais, de depressão materna e de psicopatologia parental, em geral, sinalizam também um risco” para a presença do TOD (PAULO & RONDINA, 2010).

O mesmo estudo ressalta que os inúmeros problemas comportamentais associados ao TOD recebem influência de natureza diversa. Ainda assim, aspectos como predisposição genética, características dos pais (abuso de álcool e outras drogas – autoridade extrema) e contexto social não estão descartados.

Quais são os fatores identificados até agora?

Mesmo que não haja uma causa específica, a comunidade científica trabalha com os fatores biológicos e ambientais. São eles:

Fatores biológicos

– Criança ou adolescente com perfil insensível em relação aos outros

– Transtorno de neurodesenvolvimento perfil genioso/ difícil de aceitar/ déficit neurofuncional

Fatores ambientais

– Desorganizado;

– Perfil inadequado;

– Família disfuncional;

– Pobreza de autoridade e desajuste de regras e rotinas;

– Depressão materna;

– Alcoolismo e abuso de drogas.

O TOD diminui na fase adulta?

Não. O TOD é persistente ao longo do desenvolvimento do indivíduo, o que os fazem vivenciar conflitos frequentes com os pais, professores, supervisores, pares, parceiros românticos. Com frequência, esses problemas resultam em prejuízos significativos no ajustamento emocional, social, acadêmico e profissional do indivíduo.

Quais são as principais características do TOD?

– Dificuldades em aceitar regras e limites

– Dificuldades em lidar com a frustração

– Dificuldades em assumir responsabilidades por seus atos, ou seja, colocar a culpa, a responsabilidade em terceiros a prevalência do TOD pode variar entre 2 a 16% da população, dependendo da idade e dos critérios diagnósticos utilizados.

Quais são os principais transtornos relacionados ao comportamento opositor?

Levando em consideração a ocorrência do TOD, os estudos constataram que as principais comorbidades identificadas neste transtorno são o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno de Conduta (TC). De acordo com estudos, O TOD foi associado a um risco aumentado para tentativas de suicídio, mesmo depois do controle para transtornos comórbidos.

Quais as maiores dificuldades de crianças com TOD?

É importante elencar as principais dificuldades que os pequenos e os adolescentes com TOD apresentam dentro do ambiente escolar. Veja a seguir:

– Dificuldade de antecipação (pensar antes de falar);

– Dificuldades em gerenciar o seu comportamento (não percebe erros e quer ter sempre razão);

– Dificuldades em gerenciar as suas emoções;

– Dificuldades em seguir regras;

– Dificuldades em lidar com recusas e frustrações;

– Dificuldades em começar e terminar uma tarefa;

– Dificuldades em gerenciar o seu tempo;

– Dificuldade em esperar a sua vez;

– Dificuldade em se organizar para estudar.

Qual é o tratamento mais indicado para intervir nos casos de comportamento opositor?

É preciso salientar que as intervenções devem contar com uma equipe multidisciplinar. Nesse sentido, a participação da criança/adolescente e sua família é fundamental, pois as mudanças propostas devem modificar toda a estrutura familiar, partindo do ponto que o comportamento opositor precisa ser analisado.

Portanto, a maior parte dos terapeutas trabalha com determinadas abordagens como a terapia familiar, a psicoterapia cognitivo-comportamental, uso de medicamentos, treino de habilidades sociais, entre outros.

Como adquirir mais conhecimento?

Se você deseja ganhar domínio nessa abordagem, então o caminho mais adequado é o estudo. Por meio de evidências científicas e um rico material, sua experiência tende a ser melhor possível.

Para isso, o curso de Pós-graduação em TOD – Transtorno Opositivo Desafiador – do Diagnóstico à Intervenção, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

Ficou interessado? Fale com um consultor.

Referências

MANUAL do transtorno opositivo desafiante TOD. Grupo Rhema Educação. E-book.

PAULO, M.M.; RONDINA, R.C. Os principais fatores que contribuem para o aparecimento e evolução do transtorno desafiador opositor (TDO). Rev. Científica Eletr. de Psic. n. 14, Garça, 2010.

Continue lendo

QUANDO O TDA É SEM O H – QUAIS OS SINAIS E ESTRATÉGIAS PARA SALA DE AULA

Olá professor, tudo bem? Você possui alunos com dificuldade em se concentrar, mas que não são hiperativos? Você sabia que […]

Playlist do Manual da Inclusão TEA para Professores

TEA – Manual de Práticas e Estratégias Incluir crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sala de aula é […]