TDAH na escola: estratégias de ação pedagógica
Olá, professores!
O que vocês fazem quando um aluno demonstra comportamentos que podem influenciar ou atrapalhar no processo de aprendizagem? Como é a forma de abordá-lo? Provavelmente as respostas encontrarão pontos em comum ou até mesmo destoantes, dependendo da experiência de cada profissional. No caso de algum transtorno, as estratégias de ação para TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) adotadas pela escola podem ser uma excelente maneira de orientar os educadores a lidarem com essas crianças.
Estudos sugerem que quando a criança com TDAH entra no ambiente escolar, ela começa a tornar mais claros alguns sinais, principalmente aqueles que estão ligados aos relacionamentos com os professores e os colegas. Sendo assim, vocês devem priorizar alguns aspectos para adoção no exercício da profissão.
Quais estratégias de ação para TDAH podem ser aplicadas?
Um dos pontos que não devem ser dispensados por vocês é o olhar atento, responsável também por fazer-lhes mais compreensíveis ao contexto da vida do pequeno. O conhecimento adquirido ao longo de anos de profissão (e lidando com diferentes perfis) tende a ser um facilitador. No entanto, sabe-se que a situação não é simples e depende de comunicação e cooperação com a família e a instituição de ensino. Algumas estratégias de ação para TDAH:
– A escola deve oferecer um ambiente que facilite o processo de aprendizagem da criança;
– Professores e instituição devem estabelecer maneiras de transformar a transmissão de conteúdos mais estimulantes ao pequeno;
– Professores, escola e pais precisam criar vínculos que permitam a troca de informações; e que otimizem o percurso do aluno;
– Colocar a criança nas primeiras carteiras para que ela não seja tomada por nenhuma distração proveniente de ruídos internos ou externos à sala;
– A escola deve organizar e oferecer palestras, oficinas e encontros com especialistas a fim de informar e capacitar os professores acerca do ensino e aprendizagem aos alunos com TDAH. Conhecer o conjunto de sintomas pertencentes a esse transtorno;
– Tornar a exposição de conteúdos mais ativa (contando sempre com a atuação do pequeno para questionamentos);
– Chamar a criança para participar das dinâmicas, sobretudo como sua assistente, é uma atitude que dará a ela mais confiança e, consequentemente, aumentará a autoestima.
Por que nem todos os professores ainda se sentem preparados?
Diante da importância das estratégias de ação para TDAH, o detalhe que fica evidenciado é que muitos educadores ainda se veem receosos ou despreparados para lidarem com alunos que apresentam os sintomas do transtorno. A maneira mais eficaz é a capacitação por meio de cursos complementares e, para os egressos na graduação, uma formação que abranja como deve ser feita a abordagem a essas crianças.
Quais são os três grupos de sintomas do TDAH?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade se constitui pelos seguintes grupos sintomáticos: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade. Cada um deles é marcado por alguma característica específica. Embora muitos desses sintomas sejam evidentes, somente um especialista pode diagnosticar qual o tipo apresentado pelas crianças.
No caso da Desatenção, muito comum em meninas, o TDAH se manifesta pela falta de atenção em diversas ocasiões; além disso, a criança pode cometer erros por omissão em atividades escolares, não consegue seguir instruções, costuma perder objetos, não gosta de tarefas que exigem esforço mental, etc.
Na Hiperatividade, o aluno tem a mania de agitar as mãos ou os pés, não fica sentado por muito tempo, fala muito e sente dificuldade em ficar calada quando a situação pede concentração. Para aqueles que vivem com a Impulsividade, o quadro não se difere muito da situação anterior, mas os pequenos costumam interromper a fala do interlocutor e não esperam pela sua vez.
Fonte:
DOMINGUES, L; ZANCANELLA, S; BASEGGIO, D. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: um olhar voltado para a escola. Barbaroi, Santa Cruz do Sul, n. 39, 2013.