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Epilepsia: o que é, e como afeta a aprendizagem?

Você já se perguntou o que é epilepsia e como ela pode impactar diretamente o processo de aprendizagem dos seus alunos? Pois saiba que compreender essa condição neurológica é fundamental para promover inclusão e garantir estratégias pedagógicas eficazes.

Por isso, neste blog você vai entender o que é epilepsia, conhecer os principais sintomas, descobrir como ela pode afetar o desempenho escolar e ainda aprender dicas práticas para agir de forma segura e acolhedora diante de uma crise em sala de aula.

Epilepsia: o que é?

A epilepsia é uma condição neurológica em que o funcionamento dos neurônios sofre alterações, gerando descargas elétricas anormais no cérebro. Essas descargas podem causar convulsões, espasmos musculares, alterações de consciência e dificuldades de memória.

Trata-se de um dos distúrbios neurológicos mais comuns, podendo atingir desde crianças até idosos. É importante destacar que nem toda convulsão significa epilepsia. Logo, uma convulsão pode ser provocada por febre alta, queda de glicose, abstinência de álcool ou outras situações isoladas.

Já a epilepsia se caracteriza por crises recorrentes e não provocadas, que exigem atenção médica contínua.

Como a epilepsia afeta a aprendizagem?

As convulsões frequentes podem prejudicar a aprendizagem porque a criança perde tempo de consciência e atenção. Já as crises noturnas atrapalham a consolidação da memória, comprometendo a fixação de conteúdos.

De acordo com o artigo “Epilepsia e Aprendizagem: A Importância da Interação Neuro-Pedagógica”, publicado na Revista Inova Saúde (UNESC, 2023), crianças com epilepsia em idade escolar apresentam índices elevados de dificuldades específicas de aprendizagem: 18,6% têm dislexia, 17,6% disgrafia e 14,7% discalculia.

Ou seja, esses números mostram como a epilepsia pode impactar diretamente o desempenho escolar e reforçam a importância do acompanhamento constante de pais e professores. Portanto, a epilepsia pode afetar desde aspectos simples, como a concentração, até pontos mais complexos, como a orientação espacial e a participação social.

Tipos de crises epilépticas: o que observar em sala de aula

As crises podem ser classificadas em parciais ou generalizadas. Veja as diferenças:

  • Epilepsia parcial: afeta apenas um hemisfério do cérebro.
    Sintomas: movimentos involuntários em parte do corpo, olhar fixo, mastigação repetitiva.
  • Epilepsia generalizada: afeta todo o cérebro.
    Sintomas: perda de consciência, rigidez muscular, quedas, movimentos generalizados.

Desse modo, reconhecer esses sinais ajuda o professor a agir com mais segurança e acolhimento diante da crise.

O papel do professor diante da epilepsia

O professor tem um papel essencial quando há um aluno com epilepsia na turma. O primeiro passo é manter diálogo constante com a família, já que os pais geralmente sabem como lidar com as crises.

Em caso de crise parcial, em que o aluno permanece consciente, a função do professor é acalmá-lo e evitar que ele se machuque. Já em crises tônico-clônicas, é fundamental proteger o estudante, afastar objetos ao redor, apoiar a cabeça e colocá-lo de lado, até que a crise passe.

Logo, outro ponto importante é explicar para a turma sobre a epilepsia, de forma clara e respeitosa, para reduzir o constrangimento e promover a inclusão.

Conclusão: epilepsia e aprendizagem

A epilepsia é uma condição neurológica que pode impactar a aprendizagem, mas com conhecimento e preparo, o professor consegue transformar a sala de aula em um espaço de acolhimento e desenvolvimento.

Dessa forma, ao compreender epilepsia o que é, reconhecer os sintomas da epilepsia e agir com segurança durante uma crise, você fortalece sua prática inclusiva e ajuda seus alunos a aprenderem com dignidade e respeito.

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