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Qual a melhor história para cada faixa etária? 10 dicas práticas de contação

Por que ler estas dicas práticas de contação? Contar histórias para crianças é muito importante para a formação das crianças. Diversas pesquisas, inclusive, apontam para resultados surpreendentes dessa prática. Nos Estados Unidos pediatras passaram a receitar a narração de histórias e poesias até para bebês no útero! Professores precisam trabalhar o mergulho na magia das histórias com suas crianças.

Mas que tipo de história é mais adequada para cada faixa etária? Esta e muitas outras dicas práticas estão em nosso artigo de hoje. Leitura imperdível!

LEIA TAMBÉM: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO TERAPIA PARA CRIANÇAS

MÚSICA AJUDA CRIANÇAS NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

1. Qual a melhor história para cada faixa etária?

Pré-escolares: até 3 anos

Histórias de bichos.

Contos rítmicos que sejam leves, lúdicos, bem humorados e curtos.

Cantigas de ninar.

Veja dicas de livros para faixa etária de 3 anos.

Fase pré-mágica: de 3 a 6 anos

Histórias de bichos.

Pequenos contos de fadas com enredo simples e poucas personagens.

Poemas simples.

Trava-línguas.

Parlendas.

Cantigas de rodas.

Veja dicas de livros para a faixa etária de 5 anos.

Fase escolar: 7 anos

Histórias de crianças, animais e encantamentos.

Contos de fadas mais elaborados.

Aventuras no ambiente próximo: família e comunidade.

Fase escolar: 8 anos

Histórias humorísticas.

Contos de fadas mais elaborados.

Lendas folclóricas.

Fase escolar: 9 anos

Mitos.

Contos de fadas mais elaborados.

Antigo testamento como mito.

Histórias verídicas.

Histórias de humor.

Fase escolar: 10 anos

Mitos.

Mitologia nórdica.

Narrativas de viagens.

Histórias verídicas.

Fase escolar: 11 anos

Mitos (hindus, persas, árabes, egípcios).

Narrativas de viagens.

Histórias verídicas.

Mitos de heróis.

Fase escolar: 12 anos em diante

Narrativas de viagens

Histórias verídicas

Biografias e romances

2. Escolha das histórias

Os livros e histórias sugeridos pelas crianças são um passo em direção a uma plateia interessada. Mas selecionar histórias que despertem a vontade de contar no contador é importante para o bom resultado final. Quando uma história se conecta com que vai conta-la ela passa a ser interiorizada e sentida como pertencente!

Para crianças menores, de 1 a 2 anos, ou para introduzir o grupo no mundo das histórias, é importante selecionar livros com histórias e ilustrações de boa qualidade. Histórias com textos que se repetem favorecem a compreensão. As crianças gostam especialmente de histórias de animais.

3. Conhecer para narrar

Às vezes temos que pegar um livro novo e contar de supetão para a turma, sem mesmo tê-lo lido ou folheado. Essa forma de contar histórias geralmente traz insegurança para quem conta e nem sempre prende a audiência. Mas acontece!

Se pudermos nos preparar para o momento, os resultados serão infinitamente melhores. Ler o livro ou história com antecedência, praticar a narração e pensar nos momentos chave ampliam a experiência. Uma das importantes dicas práticas de contação é, fazer uma possível “tradução” de partes complicadas para a faixa etária, programar cenas com a participação dos pequenos e organizar materiais que podem enriquecer a narrativa.

Não é necessário decorar a história. Aliás, quando disponível, o livro deve estar presente para se fazer ver e reconhecer pelas crianças. Ao final da narrativa, deixe os pequenos manusearem o livro e incentive conversas e o reconto por parte deles.

Após um período de ambientação com a leitura e contação, à medida que os pequenos vão ampliando o vocabulário e ficando mais entusiasmados e concentrados, as histórias selecionadas podem ser mais longas e complexas.

4. Espaço

A escolha e organização do espaço físico para o momento de ouvir histórias é relevante. Algumas questões podem encaminhar a decisão:

O local favorece o conforto das crianças?

É possível falar e ser ouvido com clareza, sem a interferência de barulhos?

O ambiente inspira? (disponibiliza almofadas, sofás, colchonetes, bebê conforto, a sombra de uma árvore, um pano para colher o grupo ao sentar-se sobre ele…).

Posicionar os pequenos em semicírculo pode favorecer as relações e os momentos de participação e diálogo durante o desenvolvimento da história. Outra dica é ficar próximo aos pequenos e posicionar-se distante de espelhos e janelas para não dividir atenções.

Todos devem poder visualizar o livro, quando utilizado, e as figuras. A capa, o título e o autor podem ser apresentados no início.

5. Materiais

A roupa do contador pode sinalizar o momento específico de entrar no universo das histórias. Escolher um chapéu, uma varinha de condão, uma capa, pode criar um ritual para marcar a atividade.

Pequenos objetos sonoros utilizados pelo contador também podem contribuir com pausas e momentos encantados, dramáticos etc.

Uma das importantes dicas práticas de contação é distribuir objetos sonoros para as crianças utilizarem em algumas cenas (imitar o barulho de tempestades, brigas, músicas de festas etc.), o que compartilha a atuação e estimula a atenção e a participação.

Bonecos, fantoches e dedoches também são acessórios interessantes.

6. Olhar

É muito importante olhar nos olhos de quem ouve as histórias, valorizando o grupo e cada um individualmente. É esse olhar que captura a audiência e capta os sinais de como a narração está sendo recebida. Quando utilizar bonecos e fantoches, eles também precisam “olhar” para a audiência.

7. Voz, Gestos e Expressões

Uma das dicas práticas de contação importante é ser bem claro ao pronunciar as palavras. Pensar também no ritmo da contação. Se for muito lento e com pausas prolongadas a audiência se dispersa. Se for muito rápido, especialmente para os menores, as crianças não conseguem acompanhar o enredo. Por outro lado, algumas passagens especiais da história podem ser narradas mais lentamente, com certa dramatização, gestos e até pausas para dar mais impacto às cenas.

Elementos expressivos como imitação de vozes de personagens, ruídos de animais, barulhos, expressões faciais e gestos das mãos empregadas, na hora certa, fazem a diferença.

8. Dialogar

Abrir o espaço e o tempo da contação com um diálogo sobre o autor, ou o tema ou até uma pequena introdução que se conecta o projeto da turma pode situar as crianças e capturar o interesse.

9. Envolvimento do grupo

Nem todas as crianças de um grupo estão na mesma sintonia, disposição e estágio de desenvolvimento. Ao introduzir o momento de histórias e leitura, prepare-se para contar para muitas ou poucas crianças. Apesar de convidar o grupo para a hora da história, é possível que nem todos os pequenos queiram tomar parte da atividade. Por isso, cantos preparados com outros livros ou um jogo de montar são adequados. Ignore as peraltices e conte a historia para os interessados sem perder o fio da meada. É possível que os “desinteressados” passem a participar observando o interesse do grupo.

Para envolver as crianças no relato você pode:

Pedir para que repitam algumas frases marcantes

Emitam sons que são parte do enredo: bater à porta, vento, barulhos de animais, cantar músicas, etc.)

Convidar a turma a fazer gestos e se mover conforme a cena. Por exemplo, um saci que pula num pé só, um leão feroz com garras, um patinho nadando na lagoa. Um sapo que pula.

Numa cena importante causar suspense parando a narrativa e perguntando: o que vocês acham que vai acontecer?

10. Contar e recontar

Repetir histórias e cenas queridas favorecem a apropriação, o reconto, a “leitura” e a memorização. Ao longo da semana é importante recontar as histórias preferidas e introduzir os livros novos.

Antes de recontar é possível estimular a oralidade e a organização temporal dos fatos: qual a parte que mais gostaram?  De quem vocês mais gostam? De que não gostam? O que aconteceu com fulano?

Depois de trabalhar com os personagens e os acontecimentos, conte a história novamente!

Nessa etapa do desenvolvimento infantil as histórias podem ser recontadas, em média, três vezes por semana.

Histórias são parte da humanidade. Milenares, são anteriores à escrita. Transmitem os saberes, preservando a cultura e a memórias. Todos nós experimentamos com prazer esses momentos e percebemos o quanto eles contribuem para o conhecimento de mundo, ampliam as possibilidades criativas e desenvolvem as emoções. Histórias são um capitulo fundamental da infância… em quem sabe, de toda a vida!

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Fontes: http://www.tempodecreche.com.br/ampliacao-de-repertorio/9-dicas-especiais-para-contar-historias/

https://www.lendo.org/guia-definitivo-contacao-historias/

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