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Comorbidades do TDAH: O Que Todo Professor Precisa Saber?

As comorbidades do TDAH são mais comuns do que se imagina. Alguns estudos indicam que alunos com esse diagnóstico também apresentam outros transtornos, o que exige estratégias de ensino ainda mais direcionadas e sensíveis à realidade de cada criança.

Neste blog, você vai conhecer quais são as principais comorbidades TDAH, como elas impactam a aprendizagem e, principalmente, como você pode ajustar sua prática pedagógica para incluir de verdade.

Por que compreender as comorbidades do TDAH?

Cada aluno é único, por isso, quando falamos em TDAH e comorbidades, estamos lidando com um cenário complexo, que exige atenção, escuta e conhecimento.

Sendo assim, ao identificar que a criança apresenta mais do que apenas sintomas de desatenção, impulsividade ou hiperatividade, o professor consegue ajustar sua abordagem de forma mais eficaz. E isso faz toda a diferença no processo de aprendizagem e desenvolvimento emocional do aluno.

Principais comorbidades do TDAH e como elas se manifestam na escola

Distúrbio de Aprendizagem

Essa é uma das comorbidades mais frequentes em crianças com TDAH. Porém, muitas vezes passa despercebida, já que os sinais podem ser confundidos com desinteresse ou comportamento inadequado.

Sintomas mais comuns:

  • Rendimento escolar abaixo do esperado
  • Dificuldade em manter a atenção
  • Recusa em participar das atividades
  • Indisciplina durante as tarefas

Logo, a melhor forma de identificar o distúrbio é por meio da observação contínua do aluno, sempre considerando a frequência e a intensidade dos comportamentos.

Transtorno Opositor Desafiador (TOD)

O TOD é caracterizado por um padrão de comportamento negativista, desafiador e, muitas vezes, provocativo. Quando presente junto ao TDAH, exige do professor uma atuação firme, mas acolhedora.

Sintomas mais comuns:

  • Desrespeito constante às regras
  • Discussões com adultos
  • Irritação frequente
  • Dificuldade em aceitar limites
  • Tendência a culpar os outros

Portanto, nestes casos, a advertência não deve ser feita com gritos ou punições duras. O diálogo e a construção de combinados são estratégias mais eficazes.

Transtorno Bipolar

Embora mais comum em adolescentes, o Transtorno Bipolar pode se manifestar também na infância, confundindo-se com um quadro mais severo de TDAH.

Sintomas mais comuns:

  • Alternância entre períodos de euforia e tristeza intensa
  • Hiperatividade
  • Irritabilidade
  • Impulsividade
  • Baixa atenção

Logo, para o professor, registrar essas mudanças de comportamento pode ser uma ferramenta importante no apoio ao diagnóstico correto.

Distúrbio de Conduta

Essa comorbidade exige uma atenção especial, pois pode ser confundida com falta de educação ou má criação. No entanto, trata-se de um transtorno que compromete o comportamento social e afetivo da criança.

Sintomas mais comuns:

  • Rebeldia e atitudes agressivas
  • Manipulação de colegas e adultos
  • Mentiras frequentes
  • Ausência de empatia
  • Comportamentos de risco

A parceria entre escola, família e terapeutas é essencial para que esse aluno não seja rotulado injustamente e receba o suporte adequado.

Depressão

Quando o TDAH se apresenta junto com a depressão, os sinais podem ser ainda mais silenciosos e perigosos para o desenvolvimento da criança.

Sintomas mais comuns:

  • Apatia
  • Falta de motivação
  • Tristeza constante
  • Dificuldade em manter relações sociais
  • Baixa autoestima

Sendo assim, a escuta ativa e a observação diária são caminhos fundamentais para garantir que a criança não fique invisível em sala de aula.

Disforia Sensível à Rejeição (DSR)

Embora menos conhecida, essa comorbidade também pode afetar crianças com TDAH, trazendo impactos significativos para sua autoestima e segurança emocional.

Sintomas mais comuns:

  • Sensação intensa de rejeição
  • Vergonha e humilhação diante de pequenos conflitos
  • Raiva e explosões emocionais
  • Medo exagerado de ser criticado
  • Sentimento de desesperança

Por isso, nesse contexto, qualquer correção mal formulada pode ser interpretada como rejeição. Por isso, é importante valorizar conquistas, mesmo que pequenas, e estabelecer relações de confiança.

Como conduzir alunos com TDAH e comorbidades na prática pedagógica?

O primeiro passo é conhecer o aluno. Além disso, é importante adaptar sua prática, e o terceiro passo, é caminhar em parceria com a família e os terapeutas.

Cada comorbidade exige estratégias diferentes, mas todas elas têm um ponto em comum: o acolhimento. Dessa forma, o professor que compreende os desafios da criança amplia seu olhar, fortalece sua atuação e oferece oportunidades reais de aprendizagem.

Por isso, ao registrar comportamentos, refletir sobre as práticas e manter uma escuta sensível, o educador passa a construir caminhos possíveis para cada aluno.

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