O corpo humano passa por determinadas etapas que o levam a atingir níveis específicos de maturação. Isso significa que o processo responsável por essas fases está particularmente atrelado a aspectos indispensáveis para tais finalidades. Assim sendo, é preciso conhecer a fundo como ocorre o chamado desenvolvimento neuropsicomotor típico.

Entretanto, o que muitas pessoas devem saber é que os estímulos induzidos pelos pais e pelos professores podem ser excelentes para que o progresso da neuropsicotricidade da criança alcance estágios satisfatórios. Seja como for, o acompanhamento dos adultos simboliza um detalhe indispensável nessa missão. Veja mais.

O que acontece no desenvolvimento psicomotor típico?

Primeiramente, para que o bebê consiga realizar os primeiros feitos logo na primeira infância (engatinhar, andar, correr, rolar pelo chão), o sistema nervoso do pequeno deve estar com suas estruturas devidamente amadurecidas. Pode parecer estranho falar em amadurecimento nesse período, mas a criança já começa a desenvolver algumas de suas habilidades iniciais desde então.

Com isso, as primeiras conquistas observadas na coordenação motora não se apresentam de forma organizada. Em outras palavras, é possível dizer que todo esse conjunto de ações tende a se constituir a partir de um processo gradual. O que não se pode esquecer é o fato de que aspectos ambientais (contexto), afetivos e emocionais também são responsáveis pela evolução abordada.

Para se ter uma ideia, o primeiro mês de vida de uma criança já é o suficiente para que ela manifeste a motricidade introdutória. Nesse caso, o bebê consegue mover os olhos para os lados a fim de observar o ambiente e as pessoas que o acompanham, por exemplo.

Ao longo de seu progresso, o pequeno adquire inúmeras habilidades que o capacitam a trabalhar melhor o seu corpo diante das várias situações. Portanto, membros como as pernas, os braços, as mãos e os pés ganham força e conseguem se mover com mais precisão.

Além disso, é importante salientar que o desenvolvimento da criança ocorre da seguinte maneira: primeiro ela firma a cabeça; posteriormente, o tronco; e depois os membros inferiores. A essa ordem, especialistas dão o nome de sentido craniocaudal. (FCM-Unicamp)

Quais são as fases relacionadas ao desenvolvimento neuropsicomotor típico?

Saber as etapas que têm relação com a dinâmica de amadurecimento neuropsicomotor é fundamental, pois isso pode nortear parte das atividades adotadas por educadores, por exemplo. Nesse sentido, os adultos conseguem trabalhar estratégias que favoreçam os pequenos. Veja o processo de desenvolvimento que ocorre do 0 aos 3 anos.

– Do nascimento aos 5 meses

Nessa fase, destaca-se uma série de sinais que o bebê começa a manifestar. Assim sendo, é possível elencar as seguintes características: postura incipiente e assimétrica; dominância do tônus flexor – há que se ressaltar que o pequeno ainda mostra o movimento de braços e pernas um pouco mais dobrados. Além disso, por volta do segundo mês, os pais podem observar que o filho consegue ficar de bruços e se apoiar gradativamente pelos cotovelos; ele mexe os ombros e a cabeça com mais desenvoltura.

No período que compreende o 4º e o 5º mês, o bebê demonstra alguns avanços consideráveis, como a facilidade de rolar pelos lados e a preensão maior das mãos. O pequeno consegue segurar objetos maiores.

– Entre os 6 e os 8 meses

A partir dessa etapa, podemos perceber que o bebê começa a firmar melhor o tronco. Porém, é preciso salientar que no 6º mês a criança ainda senta com o apoio de algum suporte. No 7º mês, ela já está apta a se sentar sem se apoiar. Aliás, o pequeno também começa a engatinhar e arrastar-se.

– Entre os 9 e os 12 meses

No nono mês, o ato de engatinhar se fortalece, mas o bebê conquista outras realizações, como andar com apoio e fazer movimento de pinça para pegar objetos menores. Quando ele completa 10 meses, o ato de andar fica mais evoluído, pois é possível andar sem apoio.

– Até 1 ano e 6 meses

Aqui, a criança entra na fase da independência, pois ela começa a querer andar sozinha e a subir degraus, além de aumentar a velocidade dos passos, iniciando ação de correr.

– Entre 1 e 2 anos

O pequeno ganha mais segurança para aperfeiçoar as habilidades conquistadas até então. Portanto, notamos uma melhora na coordenação motora.

– A partir dos 3 anos

Nesse período, as crianças conseguem andar e correr com precisão. Além disso, elas já podem se posicionar de maneira mais segura, andar de costas em pequenos percursos; adquire mais conhecimento acerca de sua coordenação motora e consciência corporal.

No ambiente pedagógico, destaca-se a tentativa em desenhar pessoas (ainda em rabiscos); vira as páginas dos livros; dobra papel pela metade e desenha círculo. Aliás, o aluno ganha mais habilidades para manejar massinhas de modelar, entre outros feitos.

De que maneira as brincadeiras podem ajudar?

As atividades lúdicas são indispensáveis para auxiliar as crianças em seu desenvolvimento neuropsicomotor típico. Por meio dessas dinâmicas, os pequenos podem explorar ao máximo as suas habilidades.

Isso significa que eles correm, pulam, cantam, batem palmas, conversam e exercem cada vez mais os aspectos envolvidos com a sua psicomotricidade. Inclusive, a coordenação motora e a interação social ganham mais força. Por isso a ação da família e da escola deve ser constante a fim de proporcionar a evolução necessária.

Por que aprender mais?

O que você acabou de ver aqui é apenas uma pílula de informações no meio de um universo de conhecimento. Para saber de forma aprofundada, o caminho ideal é a busca por uma especialização que corresponda às suas necessidades profissionais e pessoais.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Neuropsicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

Ficou interessado? Fale com um consultor.

Referência

Desenvolvimento neuropsicomotor. Faculdade de Ciências Médicas – Unicamp. Campinas, 2022.