TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
Olá,
O Transtorno do déficit de atenção (TDAH) pode dificultar o rendimento escolar, ou prejudicar o comportamento da criança em casa e na sociedade. Veja a matéria abaixo e saiba mais sobre os sintomas, diagnósticos e como intervir.
Boa leitura…
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno mental comum que começa na infância e pode continuar até a adolescência e a idade adulta. Essa doença torna difícil para uma criança se concentrar e prestar atenção. Algumas crianças podem ser hiperativas ou ter problemas para serem pacientes. Para as crianças com TDAH, os níveis de desatenção, hiperatividade e comportamentos impulsivos são maiores do que para outras crianças na sua faixa etária. O TDAH pode também dificultar a educação na escola, ou prejudicar o comportamento da criança em casa e na sociedade.
O TDAH é uma condição em que uma pessoa tem dificuldade em prestar atenção e se concentrar em tarefas, podendo começar a agir sem pensar, e ter dificuldade em ficar parado. Pode começar na infância e continuar na idade adulta. Antigamente, o TDAH era conhecido também como Transtorno de Déficit de Atenção (TDA).
Sintomas TDAH
Os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade incluem:
– Não conseguir prestar atenção nos detalhes de algo ou situação ou cometer erros por descuido em trabalhos escolares e outras atividades;
– Ter dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
– Não parecer escutar quando alguém lhe dirige a palavra;
– Não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres no local de trabalho quando adulto (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções);
– Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades;
– Evitar, não gostar ou ficar relutando com o envolvimento em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);
– Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades (por exemplo, brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou ferramentas);
– Ser facilmente distraído por estímulos alheios;
– Sempre se esquecer completamente ou de algo em atividades diárias.
Diagnósticos e Exames TDAH
O TDAH provavelmente decorre de interações entre genes e fatores ambientais ou não-genéticos. Pesquisadores descobriram que a maior parte do risco de ter TDAH tem a ver com genes. Muitos genes estão ligados ao TDAH, e cada gene desempenha um pequeno papel na desordem. O transtorno é muito complexo e um teste genético para diagnosticar a doença ainda não está disponível.
Entre os fatores não-genéticos que podem aumentar o risco de uma criança desenvolver o TDAH são:
– Fumar ou beber durante a gravidez;
– Complicações no parto ou de muito baixo peso;
– Exposição ao chumbo ou outras substâncias tóxicas;
– Negligência extrema, abuso ou privação social;
– Aditivos alimentares, como a coloração artificial. Alguns estudos sugerem que os aditivos alimentares e corantes artificiais podem piorar a hiperatividade e desatenção, mas estes efeitos são pequenos e não contam para a maioria dos casos de TDAH.
O TDAH tem muitos sintomas. Alguns sintomas no início podem parecer comportamentos normais para uma criança, mas pioram com o decorrer dos asnos.
As crianças com TDAH têm pelo menos alguns sintomas que começam nos primeiros 12 anos de suas vidas:
1. Se distrair facilmente e esquecer as coisas muitas vezes;
2. Mudar muito rapidamente de uma atividade para a outra;
3. Ter problemas com instruções;
4. Perder brinquedos, livros e material escolar, muitas vezes;
5. Contorcer-se muito;
6. Falar sem parar e interromper pessoas conversando;
7. Tocar e brincar com tudo o que veem;
8. Ser muito impaciente;
9. Ter dificuldade para controlar suas emoções.
Não existe um teste único que pode dizer se a criança tem TDAH. Para fazer um diagnóstico, o médico ou especialista irá examiná-la e utilizar várias escalas de avaliação para controlar os sintomas do TDAH. O especialista também pode coletar informações sobre os pais, família e professores da criança.
Às vezes pode ser difícil de diagnosticar uma criança com TDAH porque os sintomas podem se parecer com outros problemas. Por exemplo, uma criança pode parecer calma e bem-comportada, mas na verdade ela está tendo uma dificuldade de prestar atenção e muitas vezes se distrai. Ou, uma criança pode ter um mau desempenho na escola, mas os professores não percebem que a criança tem TDAH.
Infelizmente, nenhum teste simples, como um teste de sangue ou análise das urinas pode determinar se uma criança tem esta desordem. Um diagnóstico exato requer a avaliação de um profissional bem treinado (geralmente um pediatra de desenvolvimento, psicólogo infantil, psiquiatra infantil ou neurologista pediátrico), que sabe muito sobre o TDAH e todas as outras doenças que podem ter sintomas semelhantes.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas comportamentais observáveis em várias configurações. Isto significa que a pessoa que faz a avaliação deve utilizar múltiplas fontes para coletar as informações necessárias.
Uma boa avaliação inclui os seguintes elementos:
1. Um histórico médico completo da pessoa e da família;
2. Um exame físico;
3. Entrevistas com os pais, criança e professor;
4. Escalas de avaliação de comportamento preenchidas pelos pais e professores;
5. Observação da criança;
6. Uma variedade de testes psicológicos para medir o QI e adequação social e emocional, bem como para indicar a presença de dificuldades de aprendizagem específicas.
Depois de concluir uma avaliação, o diagnosticador aponta uma das três determinações:
1. A criança tem TDAH;
2. A criança não tem TDAH, mas suas dificuldades são o resultado de um outro transtorno ou outros fatores;
3. A criança tem TDAH e outro transtorno (chamado de uma condição coexistente).
Para fazer a primeira determinação, o profissional considera suas conclusões em relação a vários critérios. Um deles, muito importante para o diagnóstico, é que os sintomas da criança estão presentes antes dos 7 anos de idade. Eles também podem ser inadequados para a idade da criança e causarem prejuízo clinicamente significativos no funcionamento social e acadêmico.
Para fazer a segunda determinação – que as dificuldades da criança são o resultado de um outro transtorno ou outros fatores – o profissional considera os critérios de exclusão. Aqui, o TDAH não é diagnosticado se os sintomas são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo, Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno dissociativo, Transtorno da Personalidade, Alteração da Personalidade Devido a uma Condição Médica Geral ou um Transtorno Relacionado a Substância). Em todos esses transtornos, os sintomas de desatenção têm tipicamente um início após aos 7 anos de idade, e a história de infância de adaptação escolar não é geralmente caracterizada por um comportamento disruptivo ou queixas de professores a respeito do comportamento desatento, hiperatividade ou impulsivo.
Além disso, estressores psicossociais, como o divórcio dos pais, abuso de crianças, a morte de um ente querido, a perturbação ambiental (como mudança de residência ou da escola), ou desastres pode resultar em sintomas temporários de desatenção, impulsividade e hiperatividade. Sob estas circunstâncias, os sintomas geralmente surgem de repente e, por conseguinte, não têm nenhuma história de longo prazo. Claro, uma criança pode ter TDAH e também experimentar o stress psicossocial, então, esses eventos não excluem a existência do TDAH.
Para fazer o terceiro diagnóstico – que a criança tem TDAH e uma condição coexistente – o avaliador deve primeiro estar ciente de que o TDAH pode muitas vezes coexistir com outras dificuldades, deficiências, transtorno desafiadores opositivos de aprendizagem e transtorno de conduta. Todos os fatores devem ser considerados para garantir que as dificuldades da criança sejam avaliadas e gerenciadas de forma abrangente.
Claramente, o diagnóstico não é tão simples como ler uma lista de sintomas e dizer: “Esta criança tem TDAH. O diagnóstico deve ser explorado em profundidade.
(FONTE: http://www.saudediaria.com.br/tdah/)
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