O que fazer com uma criança com TEA que não aceita comando, é contrariada e fica agressiva?
Educador, você sabe o que fazer para controlar uma crise de agressividade no TEA? A verdade é que, neste momento, muitos profissionais podem se sentir inseguros quanto a como proceder.
Para ajudá-los nisso, neste artigo, vamos entender por que a agressividade acontece no TEA e o que você, professor, pode fazer para lidar com estas situações. Continue a leitura!
Por que a agressividade no TEA acontece?
Primeiramente, precisamos considerar que o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é o responsável por diversas características que tendem a ser observadas.
Dentre elas, está a agressividade, que possui uma incidência de 1 para cada 4 crianças, uma situação que deve ser acompanhada não só pelos educadores, como também por terapeutas capacitados para auxiliar nesse trabalho interdisciplinar.
Assim, quando falamos em casos de agressividade em crianças com TEA, existem alguns fatores que podem levar a este cenário, como:
- Dificuldade de discriminação nas áreas sensoriais (hipersensibilidade ou hipossensibilidade);
- Ambiente muito estimulante e cheio de distrações;
- Inabilidade de se expressar, comunicar, responder com gestos ou manter contato visual;
- Além de ansiedade e tensão.
O que fazer nestes momentos?
O primeiro passo para lidar com a agressividade em crianças com autismo é traçar estratégias para possibilitar o aproveitamento deste pequeno no contexto social e escolar.
Para isso, é necessário que o educador conheça bem este aluno, assim como seus traços de personalidade.
Peça aos pais ou responsáveis que também observem o comportamento da criança em casa, para que assim informações possam ser repassadas.
Dessa maneira, a criança conseguirá percorrer todas etapas educacionais com êxito, uma vez que o professor conhece as necessidades deste pequeno e pode elaborar estratégias específicas.
Em seguida, é preciso trabalhar dois pontos: aprender a reconhecer o comportamento agressivo e entender o que pode ser feito em sala de aula.
Reconhecendo o comportamento agressivo
A fim de intervir da maneira correta, é importante que o professor procure investigar e observar o que causa o comportamento agressivo na criança.
Por exemplo, alguns pequenos podem ser sensíveis à recepção de informações sensoriais.
Com isso, eles podem apresentar grandes incômodos com sons muito intensos (estímulos auditivos) ou não tolerarem a sensação da etiqueta em suas camisetas (estímulo tátil).
Outros, ainda, podem ser pouco sensíveis a estes estímulos, necessitando de uma maior intensidade para que eles sejam percebidos.
Além de prestar atenção a situações como essas, é importante que o educador também tente antecipar situações novas, entenda os gatilhos que geram o comportamento e oriente o aluno a processar e a interpretar estas informações.
Entendendo o que pode ser feito em sala de aula
Já em relação a sala de aula, existem medidas que podem ser colocadas em prática quanto à disposição do ambiente e às atividades realizadas.
Para proporcionar um convívio harmonioso do pequeno com o espaço escolar, é fundamental:
- Diminuir os estímulos presentes (enfeites, trabalhinhos pregados no mural, objetos muito coloridos, abecedários, etc);
- Disponibilizar brinquedos dos quais a criança gosta;
- Posicionar o aluno em um local mais distante das janelas (onde pode haver ruídos externos).
Além disso, algumas atividades antecipatórias são estratégias essenciais que podem contribuir para o desenvolvimento da criança, como:
- Atividades em grupo que estimulem a socialização e afetividade;
- Atividades que trabalhem a organização do material, promovendo a memória e a concentração;
- Atividades que exercitem a ordem e a rotina;
- Atividades de imitação.
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