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Importância da Estimulação Cognitiva

Quem trabalha com crianças sabe o quanto o desenvolvimento de cada uma delas está interligado a fatores diversos, que se iniciam logo na primeira infância. Com isso, é muito importante que os pequenos recebam incentivos que vão resultar em progressos significativos ao longo de seu processo de maturação.

Por esse motivo, a estimulação cognitiva tem se mostrado fundamental para impulsionar as crianças à aquisição de habilidades e competências durante sua vida. Dessa forma, educadores – e outros profissionais que trabalham com os mais novos – devem ficar atentos para que as estratégias utilizadas propiciem efeitos que fazem a diferença.

Como a cognição influencia a vida das crianças?

A cognição é responsável por proporcionar o conhecimento a todos os indivíduos. Ela pode ser definida como a “maneira que o cérebro percebe, aprende, pensa e recorda determinado conhecimento transmitido que é captado pelos sentidos” (CAVALCANTE et al. 2020).

Além disso, o estudo de Cavalcante et al. (2020) traz também a constatação de que ao “promover estimulação da dimensão cognitiva é ofertado à criança o aprendizado, que se estrutura como a meta da educação, cabendo ao educador mediar esse processo em parceria com a família […]”. Assim, é possível ter a dimensão do quão esse estímulo é fundamental.

Qual é a importância da estimulação cognitiva?

Em primeiro lugar, vale salientar que na estimulação cognitiva está inserida todas as atividades que permitem estimular, desenvolver, melhorar e manter as funções cognitiva das crianças (SOARES, 2022). Além disso, o trabalho realizado sobre essa abordagem ajuda os pequenos a superarem possíveis problemas durante o processo de aquisição cognitiva.

As habilidades cognitivas têm um papel essencial no processo de estimulação, pelo fato de realizar e potencializar a aprendizagem. Em outras palavras, quanto mais precoce for a estimulação cognitiva para crianças (com dificuldades de aprendizagem), maior será a aprendizagem das crianças.

Consequentemente, isso permite maior autonomia e interação com o meio ambiente, melhorando a autoestima e diminuindo a ansiedade que essas crianças possam manifestar pelo fato de apresentar possíveis inabilidades. Assim sendo, um dos principais objetivos da estimulação cognitiva infantil é melhorar os processos básicos de aprendizagem, especialmente em crianças com déficit de atenção ou que tenham problemas de memória.

O que devemos levar em conta na estimulação cognitiva?

A partir do momento em que é possível desenvolver os aspectos relacionados à estimulação cognitiva, os profissionais da área educacional e/ou terapêutica precisam estabelecer alguns pontos importantes, como as habilidades necessárias, para impulsionar as crianças. Veja o que deve ser trabalhado nesse processo.

– Atenção

A atenção é fundamental para que a criança consiga estabelecer a sua concentração e o seu foco em determinada atividade ou objeto, por exemplo. Nesse caso, a capacidade de realizar ações mantendo a mente sempre ativa e centrada permite que o pequeno fique atento também ao que está em seu entorno.

Dentro dessa categoria, há algumas subdivisões que devem ser destacadas por conta da importância que elas representam, inclusive no contexto da estimulação cognitiva. São elas: atenção sustentada, atenção alternada, atenção seletiva e velocidade de processamento.

– Memória

A memória é importante para todos nós; e quando estimulada na infância, a criança tende a ser beneficiada. A partir dessa capacidade, ela vai poder armazenar e recuperar as informações que recebe. Além disso, por meio da memória, o pequeno conseguirá lidar com as experiências e os fatos vividos por ela.

– Linguagem

A linguagem é outro aspecto que se torna essencial na vida de uma pessoa. Durante a infância, essa função deve ser amplamente trabalhada. Afinal, ela compreende uma série de processos que vão resultar em um conjunto indispensável para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Alguns desses processos são os seguintes: vocabulário, expressão, repetição, entre outros.

– Funções executivas

As funções executivas constituem um grupo complexo por envolver processos diversos; e que refletem diretamente em todas as partes da vida da criança. Para se ter uma ideia, dentro desse conjunto há a tomada de decisão, o raciocínio e a memória de trabalho – dentre outros.

– Habilidades visuoespaciais

Nas habilidades visuoespaciais, as pessoas adquirem a facilidade de estabelecer relações espaciais para manipular, conjeturar ou analisar mentalmente algum objeto, por exemplo. Dentro da estimulação cognitiva, essa capacidade vai ser aprimorada ao longo das etapas.

– Gnosias

Gnosias são quando o cérebro consegue captar e reconhecer informações que foram acessadas anteriormente. É como um recurso cerebral que possibilita a lembrança de determinados estímulos como sons, lugares, aromas, rostos, nomes etc. Por exemplo: gnosias olfativas, gnosias auditivas, gnosias visuais e esquema corporal.

– Cognição social

A cognição social é a maneira pela qual a criança se identifica no meio em que está; e como se dá as relações que surgem desse contexto. A partir dessa percepção, o comportamento dela vai ser pautado.

– Praxias

Já as praxias são as capacidades que adquirimos das habilidades motoras organizadas e que utilizamos dentro da psicomotricidade.

Como dominar essa abordagem?

Você viu que a estimulação cognitiva envolve um universo à parte, por conta da extensão de informações que estão envolvidas nessa dinâmica. Dessa forma, o domínio desse assunto precisa de evidências científicas e práticas que vão promover a aquisição do conhecimento desejado.

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Referências

CAVALCANTE, M.V. et al. Estimulação cognitiva e aprendizagem infantil: revisão de literatura. Brazil Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 6, jun. 2020.

SOARES, L.P.M. Práticas baseadas em evidência sob o olhar do neuropsicopedagogo. Grupo Rhema Educação, 2022.

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