Diferença entre birra e crise no TEA
Primeiramente, você saberia diferenciar os pontos existentes entre a birra e crise no TEA? Embora elas demonstrem uma proximidade, pelo menos na aparência, o caminho que destoa uma da outra é causa por trás do acontecimento.
Birra e crise no TEA
De qualquer forma, conhecer os procedimentos para lidar com essas situações é essencial, tendo em vista que a criança precisa de um suporte ou orientação, sobretudo no caso das crises. Assim, apontar as diferenças entre elas ajuda pais e profissionais a pensarem em abordagens distintas, de acordo com a demanda apresentada. Veja a seguir quais são os principais pontos.
Como ocorre a birra?
Antes de tudo, a famosa birra acontece como resultado de uma negativa. Em outras palavras, a criança usa esse recurso para chamar a atenção dos adultos quando ela deseja algo e não é devidamente atendida. Inclusive, os pequenos encontram na birra uma artimanha para virar o jogo a seu favor.
Por isso, podemos considerar que a birra tem o papel estratégico na vida das crianças, uma vez que elas agem dessa maneira para fazer valer a sua voz, em um momento que ainda faltam argumentos. Portanto, é muito comum que as birras sejam realizadas por meio de determinadas atitudes.
Quais são os mecanismos utilizados pelas crianças durante a birra?
Quando a birra ocorre, os pequenos costumam agir de maneira própria. No entanto, na maior parte das vezes os recursos observados têm uma semelhança considerável. Assim sendo, as birras podem vir acompanhadas de:
– Gritar;
– Chorar de maneira a chamar atenção;
– Rolar o corpo no chão;
– Bater o pé repetidamente;
– Sacudir os braços;
– Jogar objetos ao chão;
– Dar tapas nas pernas;
– Puxar a roupa como se fosse arrancar do próprio corpo;
– Outros.
As birras devem ser atendidas?
Em linhas gerais, as birras são estratégias. Porém, isso não significa que elas devem ser ignoradas sem que os adultos investiguem o motivo de tal comportamento. Antes de tudo, converse com a criança e mostre a ela que você está tentando compreender o que ela deseja.
Seja como for, explique o porquê daquele desejo não poder ser realizado no momento em que a birra acontecer. Assim sendo, tente desviar o foco do pequeno. Dependendo do caso, proponha uma atividade alternativa como um escape.
No entanto, a birra não pode ser uma moeda de troca e seu filho\aluno não pode adotá-la como técnica para se conseguir tudo no grito. Por isso que a conversa e a exposição das situações são fundamentais.
Como ocorrem as crises no TEA?
Diferentemente das birras, as crises no TEA são ocasionadas em função de algumas situações a que as crianças são expostas. Nesse caso, é importante ressaltar que pessoas vivendo com autismo apresentam características diversificadas, mas muitos deles manifestam sensibilidade aguçada a determinados estímulos sensoriais, que podem ser olfativo, gustativo, auditivo, visual e o toque.
Dessa forma, se o pequeno estiver em um ambiente onde esses estímulos são percebidos e captados por ele, a crise pode ocorrer como uma maneira a promover uma sobrecarga diante do acúmulo de informações que o cérebro precisa processar. Por exemplo: muitos ruídos, muita claridade, um aroma forte, um gosto específico, entre outros.
Quais são os comportamentos mais observados durante as crises?
No autismo, a superexposição a estímulos sensoriais pode acarretar alguns comportamentos e situações que precisam de maior atenção. Aliás, diferente das birras, as crises não podem ser deixadas de lado. Quando as crises acontecem, as crianças costumam agir da seguinte forma:
– Chorar excessivamente;
– Gritar;
– Tapar os ouvidos;
– Gritar e sacudir as mãos simultaneamente;
– Aumento da respiração;
– Aceleração da frequência cardíaca;
– Aumento da pressão arterial;
– Outros.
Como proceder para lidar com episódios de crise no TEA?
A princípio, quando a criança manifesta crise no contexto do autismo, algumas medidas podem ser tomadas como forma de controlar essa situação. Assim sendo, veja o que se pode fazer:
– Identificar o que motiva essa hipersensibilidade na criança e levá-la para um local distante de onde está o estímulo inicial (ruídos, cores, claridade);
– Propor atividades que possam trazer mais calma para o pequeno, de forma a reduzir o desgaste causado pela crise;
– Tentar reduzir esses momentos a partir do momento em que a criança possa ficar distante daqueles estímulos que podem ser evitados;
– Estabelecer uma comunicação com a criança a fim de saber o que causa esse incômodo extremo (é preciso considerar que os pequenos e os jovens com autismo severo podem não conseguir se expressar como esperado – por isso, pensar em formas de identificar o gerador desses estímulos é essencial).
Como entender a profundidade do TEA?
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