Como conviver com uma criança com TDAH?
Olá, professores!
Primeiramente, é importante dizer que a boa convivência de crianças com TDAH representa um passo de total relevância na permanência dos pequenos em sala de aula. Com isso, as possibilidades de uma experiência proveitosa, pautada na aprendizagem e na interação social plena, passam a ser reais. Entretanto, para que vocês cheguem a essa etapa, alguns pontos precisam ganhar atenção, principalmente em relação a aspectos como o comportamento do aluno dentro do ambiente pedagógico e, também, no seio familiar.
Quais os desafios do TDAH?
O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) é responsável pela manifestação de sintomas específicos e que podem variar entre meninos e meninas. Ou seja, enquanto os garotos tendem a apresentar a hiperatividade e a impulsividade; as garotas demonstram mais o déficit de atenção. Por conta disso, o rendimento escolar, assim como as relações sociais da criança no contexto em questão, fica impactado.
Com efeito, os educadores precisam se desdobrar para manter o controle da turma, sem abrir mão de um acompanhamento mais centrado em determinado aluno. De fato, a tarefa não é simples, mas pode ser bem traçada quando for estabelecida de forma estratégica.
Como proceder com uma criança convivendo com TDAH na escola?
– A primeira coisa a ser feita é colher informações com os pais. Afinal, os responsáveis pela criança conhecem suas particularidades. Assim sendo, esse contato entre família e docentes pode contribuir de maneira considerável na elucidação de detalhes e outros tópicos a serem desenvolvidos em sala de aula.
– A adoção de metodologias dinâmicas pode favorecer muito na condução das aulas. Com efeito, isso pode ajudar no comportamento da criança com TDAH, uma vez que ela se sentirá mais motivada.
– Além disso, vocês podem criar regras de boa convivência idealizadas pelos pequenos. Obviamente que sua mediação é indispensável, mas, dessa forma, todos passam a se ver como parte integrante desse espaço.
– A organização da rotina dos alunos é excelente. Por exemplo, utilização de agendas, pastinhas, anotações em caderno, materiais coloridos, entre outros. Afinal, isso tende a ajudar a criança a manter o controle de suas obrigações.
– Criar brincadeiras e novas técnicas de ensinar/conduzir a turma também são elementos importantes. A utilização de objetos lúdicos, tom de voz diferente para dar ênfase a determinado assunto ou contação de histórias tendem a ser boas estratégias.
Como proceder com uma criança convivendo com TDAH em casa?
Inicialmente, é necessário entender que o pequeno não tem nenhuma culpa pelo TDAH. Ou seja, em casos de agitação da criança, responsabilizá-la será um equívoco, tendo em vista que a criança precisa de intervenções pautadas em orientações passadas pelo terapeuta.
Ademais, um dos pontos primordiais é saber a diferença entre disciplina e punição. Há uma distância entre elas. Assim sendo, o diálogo é sempre o melhor caminho. Inclusive, até em situações em que for preciso ser mais enérgico, os abusos devem ser completamente descartados. Quando o diálogo se estabelece, a disciplina tende a se fortalecer. O respeito e a cumplicidade. Diferente de agressões, sejam elas físicas ou psicológicas.
No caso da escola, o que fazer quando a criança não consegue se comportar?
Nesse caso, é preciso mais uma vez entrar em contato com os pais e com algum especialista para que sejam estabelecidos os parâmetros que vão nortear a experiência do pequeno na sala de aula ou em qualquer espaço. Além disso, o uso de terapias e medicamentos pode ajudar a minimizar os comportamentos inadequados apresentados na escola.
Como associar a escola com o ambiente doméstico?
Antes de tudo, valorizar as conquistas obtidas pela criança com TDAH deve ser algo feito nos dois contextos. A realização de tarefas (dever de casa), trabalhos escolares e um momento para se dedicar a outras atividades precisa ser reconhecida pelos pais e professores. Cada conquista é uma etapa que necessita ser vista com atenção. A criança tende a se sentir bastante motivada.
Referências:
CARPENTER, Deborah. Nunca castigue uma criança por mau comportamento fora do seu controle. Additude. 2019.
PEREIRA, Rafael Alves. A criança com TDAH e a escola. ABDA. 2010.