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Como se dá o desenvolvimento neurológico de uma criança até a fase adulta?

Vocês sabem como acontece o processo do desenvolvimento neurológico em uma pessoa? Certamente, é possível que algumas expressões não sejam tão distantes de seu conhecimento prévio acerca do assunto, como a maturação neurológica. Porém, existem muito mais detalhes que estão relacionados, até mesmo porque a dinâmica em questão guarda particularidades que reforçam o seu lado complexo.

No entanto, a abordagem aqui se voltará para os principais conceitos, etapas e estratégias para mostrar a vocês os pontos introdutórios de uma grande engrenagem que resulta no desenvolvimento neurológico de todos nós. Assim, é essencial conhecer os aspectos relacionados a esse importante progresso em diferentes fases da vida.

Quais são as etapas relacionadas ao desenvolvimento neurológico?

Primeiramente, quando se fala em desenvolvimento neurológico, as pessoas precisam ter em mente que os especialistas elencam essas etapas por faixa etária. Dessa forma, a aquisição de habilidades cognitivas é fortemente potencializada como uma evolução necessária para o amadurecimento neurológico. Com isso, vejam abaixo os principais pontos relacionados às etapas:

De 0 a 10 anos: nesse período, a criança se desenvolve de forma ampla; e grandes passos são conquistados. Inclusive, ocorre o que os especialistas chamam de formação da bainha de mielina no sistema nervoso central. A princípio, há o destaque dos respectivos estágios sensório-motor, pré-operacional e operatório-concreto.

O primeiro deles é caracterizado pela formação da base de todos os processos cognitivos da criança. Lembrando: aqui, há o que se tem como o início de uma dinâmica indispensável para o desenvolvimento do indivíduo.

Além disso, esses esquemas apresentam suas subetapas divididas em seis partes, são elas:

  • Esquemas reflexos;
  • Esquemas de ação;
  • Reações circulares secundárias;
  • Coordenação dos esquemas secundários;
  • Reação circular terciária;
  • Invenção dos meios novos por combinação mental.

Já a etapa conhecida como pré-operacional tem como aspectos elementares o período de mudanças da inteligência sensório-motora para a inteligência representativa. Com efeito, a criança começa a fase de reconstrução do objeto, do tempo, do espaço e de tudo que está ligado a esse período de representação.

Por sua vez, o estágio operatório-concreto demarca o fim da infância e início da pré-adolescência. Nesta fase, os especialistas pontuam que a atividade cognitiva da criança se torna mais rica a partir da reversibilidade lógica adquirida pela criança. Por isso, o período em questão vai dos 7 aos 11 anos, podendo se estender até os 12 anos.

– Adolescência: os adolescentes começam a vivenciar uma espécie de nova exuberância sináptica. Em outras palavras, uma conexão considerável entre as sinapses. Nesse sentido, as pontes de interligação entre os neurônios modificam a estrutura do sistema nervoso do jovem. No entanto, é importante reiterar que o cérebro das pessoas ainda passa por modificações de desenvolvimento da neuroplasticidade até por volta dos 20 anos de idade.

De qualquer forma, a faixa etária que compreende dos 11 aos 16 anos tem como característica o fortalecimento do estágio das operações formais. Ou seja, durante a aquisição de outras habilidades cognitivas, o adolescente já se torna capaz de agrupar representações em estruturas equilibradas.

Aliás, é possível perceber uma mudança nos esquemas adquiridos até então. Na adolescência, o indivíduo adquire novas estruturas intelectuais. Outro ponto que se destaca é o desenvolvimento do raciocínio hipotético, cuja capacidade se configura como o poder que o jovem tem de utilizar hipóteses e deduções para chegar a determinadas conclusões, por exemplo.

– Adultos: uma das principais características na fase adulta é o início das perdas funcionais. Entretanto, o que se pode fazer para driblar esse cenário está voltado para o estímulo cerebral.

Com isso, a mente e o corpo ativo são fundamentais para a manutenção da saúde neurológica. Inclusive, alguns fatores interferem direta e positivamente em todo esse processo: alimentação equilibrada, hábitos saudáveis, prática de atividades físicas, leituras, estudos, sono equilibrado, entre outros fatores.

Como trabalhar para o desenvolvimento neurológico das crianças?

Antes de tudo, vocês precisam se preocupar com as emoções dos pequenos. Aliás, é importante também que se desenvolvam práticas em que o aprendiz se torna o protagonista e detentor do conhecimento. Outro elemento fundamental é o desenvolvimento de situações que suscitem hipóteses e apresentações; ajustes de expectativas e desempenho, além da resolução de casos e simulações.

Diante disso, alguns fatores devem ser levados em conta durante a elaboração de atividades pedagógicas, a saber:

  • De 2 a 3 anos: trabalhem com o foco no controle inibitório;
  • De 4 a 6 anos: proponham novidades para que ocorra um foco maior na atenção e que, consequentemente, a criança adquira uma melhor coordenação motora;
  • De 7 a 9 anos: atividades que valorizem a habilidade motora (já em fase excepcional);
  • 10 a 12 anos: introduzam tarefas que estimulem debates, conversas, troca de ideias e educação cognitiva.

Como adquirir mais conhecimentos sobre o tema?

Tudo que vocês acabaram de ler é uma pílula do que é oferecido no curso de Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia Clínica, do Grupo Rhema Educação. Por meio de aulas interativas e dinâmicas, os professores apresentam aos alunos materiais e vivências profissionais que contribuem com a formação de novos especialistas no assunto. Dessa forma, vocês podem se tornar profundos conhecedores das abordagens estudadas ao longo das aulas.

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