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Como realizar uma adaptação curricular para alunos com Deficiência Intelectual?

Olá, professor! Você já teve ou tem um aluno com Deficiência Intelectual (DI)? Sabe qual é a adaptação curricular necessária para que ele possa ter uma aprendizagem no tempo dele? Com a maior conscientização sobre o tema aumento de pessoas com DI nas escolas, não se trata mais se você terá um aluno com DI, mas quando.

Dúvidas são comuns diante dessa realidade, sendo necessário a todos nós, nos prepararmos então para ensinsar este público, da melhor forma possível. Assim, ambos saem ganhando: o aluno recebe conhecimento e o professor é capaz de exercer a arte de ensinar.

Reconhecer as especialidades e necessidades de cada um é um diferencial para compartilhar o conteúdo da disciplina com eles. É sobre isso que vamos falar hoje: afinal, como realizar uma adaptação curricular para alunos com Deficiência Intelectual? É o que veremos a seguir.

Adaptação Curricular e Legislação: leis e resoluções

As legislações, principalmente no âmbito da educação, são muito importantes para criar um ambiente saudável. Por isso, existem diversas resoluções e artigos que tratam dos direitos de cada cidadão.

A LDB 9394/96, no artigo 46, aponta a necessidade de métodos e ferramentas para auxiliar o aprendizado dos alunos. Seja uma pessoa com DI ou alguém superdotado, é direito do aluno receber um ensino que esteja de acordo com suas necessidades. 

Outro exemplo é a Resolução SE 61/2014, no artigo 11. Ela diz que o rendimento do aluno com DI deve estar de acordo com o currículo diferenciado que foi aplicado a ele.

Ainda, a Resolução CNE nº02/01, no artigo 8, também discorre sobre um importante assunto: organização das classes. No parágrafo III, é relembrado a importância de recursos didáticos e praticidade dos conteúdos, a fim de estimular a aprendizagem. Também lembra que tudo isso deve estar de acordo com o projeto pedagógico da escola, e frequência obrigatória.

Entenda o que é adaptação no contexto escolar

Fazer adaptações no currículo escolar é uma forma de permitir que o conhecimento esteja disponível com equidade a todos. Equidade é tratar de forma diferente cada aluno, levando em conta suas necessidades. Utilizando recursos e estratégias, você pode alterar o método de ensino e levar ao aluno o conhecimento, para que ele possa usufruí-lo.

Para fazer as adaptações, você pode levar em conta os seguintes critérios:

  • O que o aluno deve aprender;
  • Como e quando aprender;
  • Quais as formas de organização de ensino são mais eficazes;
  • Como avaliar o aluno.

Não se trata de fazer um currículo novo, e sim flexibilizar o conteúdo já existente. Trata-se de alterações com o foco de tornar o ensino objetivo e eficaz. Nesse sentido, existem 3 formas de adaptação do currículo: as centrais, individualizadas e na aula. Entenda mais sobre a adaptação individualizada a seguir.  

Adaptação individualizada: veja como fazer

Existem 2 tipos de adaptação, dentro da adaptação individualizada: Adaptações nos elementos curriculares básicos e adaptações nos elementos de acesso ao currículo. A primeira diz respeito às formas de acesso ao conhecimento, como livros e outros recursos. Já a segunda diz respeito à forma de ensino, desde a metodologia até a avaliação.

Desse modo, para fazer esse tipo de adaptação, é necessário analisar a personalidade e como o aluno aprende. Assim, você, professor, poderá enxergar quais são as dificuldades e como você pode ajudá-lo a superar essas barreiras.

Também é importante não fugir do currículo comum. Ao contrário, se aproxime dele. O objetivo é deixar a pessoa com deficiência intelectual mais próxima possível dos seus colegas. Tente adaptar cada vez menos o conteúdo e veja como ele está acompanhando a matéria.

Por fim, vale ressaltar que o conhecimento (física) é apenas uma parte das capacidades que o aluno deve desenvolver. Ele também irá desenvolver as partes cognitiva, afetiva, estética, ética, relação interpessoal e inserção social. 

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