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COMO O PROFESSOR PODE AJUDAR IDENTIFICAR OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

Caro professor, você sabe o quão difícil e delicado é o sistema de aprendizagem de um aluno. A alfabetização é criteriosa e precisa, conhecer os processos de aprendizagem conseguindo analisar principalmente as dificuldades e obstáculos do seu aluno é essencial para o sucesso dele.

É este tema tão importante que hoje abordamos com o máximo de cuidado, para ajudar você também a identificar durante o processo de aprendizagem diário de seus alunos. Mas antes de irmos aos pontos, vamos primeiro conhecer:

O que são dificuldades de aprendizagem?

As dificuldades de aprendizagem específicas podem, assim, manifestar-se nas áreas da fala, da leitura, da escrita, da matemática e/ou da resolução de problemas, envolvendo défices que implicam problemas de memória, perceptivos, motores, de linguagem, de pensamento e/ou meta cognitivos. 

Estas dificuldades, que não resultam de privações sensoriais, deficiência mental, problemas motores, défice de atenção, perturbações emocionais ou sociais, embora exista a possibilidade de estes ocorrerem em concomitância com elas, podem, ainda, alterar o modo como o indivíduo interage com o meio envolvente. (CORREIA, 2008, p. 165)

Ainda que Correia seja a citação mais recente, leve em consideração as variações de parâmetros que determinam as dificuldades de aprendizagem, podendo assim ser mais aceitável. O objetivo aqui é como podemos identificar os processos os transtornos de aprendizagem em sala de aula.

O primeiro passo para identificar um transtorno é conhece-lo. Abaixo vamos pontuar alguns sintomas comuns no transtorno de aprendizagem.

Dificuldades na Leitura:

  • No início da alfabetização, dificuldades em reconhecer rimas e compreender jogos fonológicos;
  • Dificuldade no reconhecimento de letras do alfabeto;
  • Dificuldades em relacionar sons e letras
  • Dificuldade em ler palavras pouco frequentes
  • Problemas em memorizar palavras escritas;
  • Dificuldades em ler em voz alta com agilidade e sem cometer erros;
  • Dificuldade na leitura de números e de símbolos matemáticos;
  • Problemas na compreensão de textos escritos;
  • Dificuldades em compreender inferências;
  • Dificuldades em organizar o que se quer dizer verbalmente;
  • Problemas em recortar uma história considerando as sequências dos eventos;

Dificuldades na Escrita:

  • Escrita inconsistente e por vezes ilegível;
  • Incapacidade em permanecer nas linhas e margens do caderno;
  • Palavras u letras inacabadas; erros de soletração e omissões de palavras;
  • Dificuldade na motricidade fina;
  • Lentidão na escrita ou escrita muito acelerada e imprecisa;
  • Nível de comunicação da escrita muito além à comunicação verbal;
  • Forma incomum de pegar no lápis ou de se posicionar ao escrever;
  • Relutância em realizar tarefas escritas;
  • Dificuldade em organizar as informações ao escrever;
  • Erros ortográficos frequentes quando isso não é mais esperado;

Dificuldades na Matemática:

  • Dificuldade na compreensão numérica não-simbólica. Exemplo: não conseguir distinguir rapidamente entre grupos com mais ou menos itens;
  • Dificuldade em organizar as operações matemáticas por escrito;
  • Dificuldades em transpor representações numéricas apresentadas em diferentes formatos. Exemplo: ao ouvir sessenta e cinco, escrever 56.
  • Dificuldade em seguir os passos das operações;
  • Dificuldades em montar e resolver operações a partir de problemas matemáticos;
  • Dificuldades em se lembrar e aplicar a lógica matemática em diversos contextos: contagem, se lembrar de datas, olhar as horas em um relógio analógico, etc;

Além destas dificuldades específicas de aprendizagem, é comum em seu dia a dia se deparar com crianças que apontem outros transtornos não descritos aqui, entre eles: Deficiência Intelectual e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que são os mais frequentes.

Deficiência Intelectual (DI):

  • Esse quadro é caracterizado por dificuldades intelectuais gerais. A criança tipicamente apresentará dificuldades em diversas áreas do aprendizado, e seu desempenho será abaixo do esperado em todas as disciplinas escolares;
  • O desenvolvimento motor, cognitivo e da linguagem tende a ser mais lento em comparação aos colegas;
  • A criança com DI costuma ter menos velocidade de processamento em comparação aos colegas;
  • Além das dificuldades intelectuais, existe um rebaixamento do nível de funcionalidade e do comportamento adaptativo;

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

  • Crianças com TDAH costumam apresentar dificuldade no controle atencional e no controle comportamental;
  • Podem não apresentar nenhuma dificuldade básica nas habilidades de leitura, escrita e matemática, mas a dificuldade em prestar atenção acaba afetando seu desempenho nessas disciplinas;
  • Crianças com TDAH podem ser mais desatentas, se distraindo facilmente com estímulos externos e apresentando dificuldades em se concentrar por um longo período de tempo;
  • Podem ser mais agit5adas, tendo dificuldades em permanecer sentadas, ou mexendo os membros a todo momento;
  • Podem ser impulsivas e ter dificuldades em esperar por sua vez. Por vezes podem se intrometer nas conversas e agir sem pensar.

Não é função do professor diagnosticar a criança, porém a identificação precoce facilita o melhor desempenho deste aluno em seu futuro, porque é seu papel auxiliar no aprendizado adequado de cada criança respeitando principalmente as diferenças.

É no durante o processo de aprendizagem que o aluno apresenta tais dificuldades por se tratarem de obstáculos que envolvem como já dito anteriormente as habilidades básicas, leitura, escrita, matemática, além dos transtornos também pautados como Deficiência Intelectual e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Como o você professor tem a possibilidade de comparação dos desempenhos dos alunos durante o processo de aprendizagem é mais fácil nestes momentos a identificação, portanto, esperamos que você através dos pontos de identificação levantados neste texto consiga identificar ainda mais estes prováveis alunos que possuem tais dificuldades.

Mas saiba que não basta apenas conseguir identificar e sim ajudar nas etapas e uso de métodos que consigam colaborar após este diagnóstico junto a equipe pedagógica e psicológica. E para você professor, que precisa entender mais sobre estas estratégias e como desenvolver este aluno, temos uma série de capacitação on-line com dicas práticas e muito conteúdo atualizado, com estratégias elaboradas no intuito de colaborar com a aprendizagem das crianças que apresentam o transtorno, e traze-las para uma real aprendizagem. que te ajudarão a preparar melhor seu aluno obtendo o sucesso desejado, independente que ele tenha as dificuldades e transtornos aqui apresentados anteriormente.

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