Como Incluir Alunos com TEA na Escola?
Receber alunos com TEA na escola é muito mais do que abrir as portas da sala de aula, é construir pontes entre as crianças e o conhecimento, entre o professor e as potencialidades dos alunos. Para que essa jornada seja realmente inclusiva, é fundamental entender que cada criança autista traz consigo um universo de experiências, formas de pensar e necessidades específicas.
O que você vai encontrar neste artigo:
- Compreendendo o Perfil Educacional do Alunos com TEA na Escola
- Planejamento Pedagógico Para os Alunos com TEA na Escola
- A Aprendizagem dos Alunos com TEA na Escola
- Perfil Emocional e Comportamental: Um Olhar Atento Faz Toda Diferença
- Ações Concretas para Promover Inclusão dos Alunos com TEA na Escola
- Jogos Estruturados e Brincadeiras com Propósito
- Respeito ao Ritmo e Tempo de Resposta
- Conforto Sensorial: Um Espaço Seguro e Acolhedor
- Controle do Aprendizado e Repetição: Reforçar é Ensinar
- Coordenação Motora Fina dos Alunos com TEA
- Ensino Fragmentado: Menos é Mais
- Comandos Verbais Eficientes: Clareza Sempre
Por isso, neste blog, vamos apresentar um guia completo com 12 estratégias eficazes para quem deseja garantir uma inclusão escolar verdadeira e transformadora.
Compreendendo o Perfil Educacional do Alunos com TEA na Escola
Antes de qualquer ação pedagógica, é essencial compreender quem são os alunos com TEA que está chegando à escola. Por isso, esse olhar vai além dos diagnósticos ou laudos: trata-se de enxergar o sujeito em sua totalidade, reconhecendo suas potencialidades e desafios.
Para isso, comece com:
- Levantamento de dados com a família e a equipe técnica;
- Avaliação das habilidades acadêmicas e sociais já desenvolvidas;
- Observação do comportamento em diferentes contextos da escola;
- Identificação de preferências, sensibilidades sensoriais e formas de comunicação.
Planejamento Pedagógico Para os Alunos com TEA na Escola
Compreendido o perfil, é hora de planejar. O planejamento pedagógico para os alunos com TEA precisa ser personalizado, estruturado e flexível ao mesmo tempo. Desse modo, ele deve considerar os aspectos cognitivos, emocionais, sociais e sensoriais do estudante, respeitando seu tempo e estilo de aprendizagem.
Sendo assim, inclua no seu plano:
- Prioridades emergenciais (como por exemplo: segurança, comunicação funcional);
- Estratégias para promover autonomia;
- Adaptação de atividades ao estilo cognitivo do aluno (como por exemplo: visuais, sequenciais);
- Organização de rotina e material acessível.
A Aprendizagem dos Alunos com TEA na Escola
Muitos alunos autistas se beneficiam de um estilo de ensino mais visual e direto. Isso acontece porque o pensamento literal e concreto é uma das características do funcionamento cognitivo no espectro.
Por isso, professores precisam adaptar suas metodologias para facilitar a compreensão e a participação ativa do aluno nas atividades escolares.
Logo, algumas estratégias fundamentais são:
- Uso de imagens, pictogramas e quadros de rotina;
- Sequência de atividades com apoio visual;
- Materiais estruturados e objetivos claros;
- Histórias sociais para preparar a criança para situações novas.
Perfil Emocional e Comportamental: Um Olhar Atento Faz Toda Diferença
Além da cognição, o aspecto emocional e social também deve ser cuidadosamente observado. Por isso, crianças com TEA podem apresentar dificuldades na regulação emocional, no reconhecimento de emoções ou em interações sociais. Portanto, o comportamento, muitas vezes, é uma forma de comunicação e precisa ser compreendido antes de ser corrigido.
Desse modo, acompanhe atentamente:
- Reações a mudanças na rotina ou estímulos;
- Sinais de estresse ou sobrecarga sensorial;
- Formas de expressar desconforto ou cansaço;
- Comportamentos repetitivos ou evasivos.
Ações Concretas para Promover Inclusão dos Alunos com TEA na Escola
Incluir, na prática, significa agir. É necessário moldar o espaço, a rotina e os materiais didáticos de forma que a criança com TEA se sinta pertencente ao ambiente escolar. Além disso, vale dizer que essa adaptação é um direito, e deve ser pensada de forma intencional e contínua.
Portanto, entre as ações práticas incluem:
- Organização física da sala com espaços delimitados;
- Rotinas visuais que antecipem o que vai acontecer;
- Sequência de atividades curtas e claras;
- Apoio visual e verbal para execução de tarefas.
Jogos Estruturados e Brincadeiras com Propósito
Brincar também ensina, por isso, jogos estruturados e atividades lúdicas planejadas são excelentes oportunidades para ensinar regras sociais, linguagem, autocontrole e habilidades cognitivas. Logo, é por meio da brincadeira que muitos alunos com TEA desenvolvem aspectos essenciais para o convívio e o aprendizado.
Por isso, utilize:
- Jogos com início, meio e fim bem definidos;
- Atividades com propósito social (como por exemplo: turno de fala, cooperação);
- Recursos visuais para explicar as regras;
- Brincadeiras que envolvam repetição e antecipação.
Respeito ao Ritmo e Tempo de Resposta
Cada criança autista tem seu próprio ritmo de processamento, o que requer paciência e respeito, desse modo, a pressa em ensinar pode gerar mais frustração do que aprendizado. Por isso, adapte o tempo das atividades, valorize pequenas conquistas e ofereça oportunidades reais de sucesso.
Logo, algumas boas práticas incluem:
- Dividir tarefas em etapas simples;
- Permitir tempo extra para finalização;
- Oferecer reforços positivos ao longo do processo;
- Evitar correções públicas ou constrangedoras.
Conforto Sensorial: Um Espaço Seguro e Acolhedor
O ambiente escolar pode ser caótico para uma criança com TEA, sons, luzes, cheiros e movimentos excessivos causam sobrecarga sensorial. Desse modo, um espaço acolhedor precisa ser ajustado para reduzir estímulos e aumentar a sensação de segurança.
Para que isso ocorra, considere no ambiente:
- Redução de ruídos com fones ou abafadores;
- Iluminação suave e natural;
- Cantinhos sensoriais ou de pausa;
- Evitar excesso de cores e objetos visuais desorganizados.
Controle do Aprendizado e Repetição: Reforçar é Ensinar
Aprender exige repetição, e no caso do autismo, repetição estruturada e funcional. Portanto, ensinar uma vez não é suficiente. Sendo assim, repetir com variações, reforçar com exemplos e utilizar diferentes contextos é a chave para a generalização do aprendizado.
Por isso, aqui vão dicas importantes:
- Repetir atividades com pequenas variações;
- Revisar conteúdos com frequência;
- Usar reforçadores (como por exemplo: elogios, recompensas, preferências);
- Registrar avanços e dificuldades.
Coordenação Motora Fina dos Alunos com TEA
Muitos alunos com TEA apresentam dificuldades na coordenação motora fina, o que impacta diretamente na escrita, no uso de materiais escolares e até na alimentação. Dessa maneira, é importante observar e adaptar essas atividades é fundamental para garantir sua autonomia e participação.
Sendo assim, observe atentamente:
- Pegada no lápis e controle do traço;
- Uso de tesoura, cola e objetos pequenos;
- Habilidades manuais em atividades cotidianas;
- Necessidade de apoio ergonômico ou adaptado.
Ensino Fragmentado: Menos é Mais
Para muitas crianças com TEA, a complexidade de tarefas pode ser um obstáculo. Fragmentar o ensino, ou seja, ensinar uma habilidade de cada vez, de forma clara e direta, aumenta a compreensão e diminui a ansiedade.
Como aplicar essa abordagem:
- Ensine uma instrução por vez;
- Avalie o domínio antes de avançar;
- Reforce cada pequeno avanço;
- Combine estímulos visuais e verbais.
Comandos Verbais Eficientes: Clareza Sempre
A forma como você se comunica impacta diretamente a resposta da criança. Comandos longos, subjetivos ou ambíguos geram confusão. Ou seja, no autismo, a linguagem precisa ser objetiva, concisa e reforçada com apoio visual.
Sendo assim use sempre:
- Frases curtas: “Guarde o lápis”, “Sente-se na cadeira”;
- Tom calmo e pausado;
- Cartões visuais com ações;
- Sempre aponte ou demonstre junto ao comando.
Autismo e Inclusão Escolar: Formação Faz a Diferença
Incluir não é apenas boa vontade, é preparo, por isso, investir em formação é o maior ato de inclusão que você pode oferecer. Se você quer se aprofundar ainda mais no universo do TEA, entender seus sinais, desafios e as melhores práticas para apoiar crianças nessa jornada, veja tudo sobre TEA e descubra informações valiosas, dicas práticas e materiais exclusivos para transformar sua atuação com esses alunos.
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