Você sabe qual é a importância das Cores para o Autista?
Olá pais e professores,
Sabemos que desenvolver algumas atividades para nossos pequenos Autistas não é uma tarefa muito fácil, pois manter o foco e a concentração é algo realmente desafiador.
Que tal desenvolver algumas experiências e propor a eles um bem-estar e interação de maneira saudável e com doses diárias de cores?
Veja em nosso Blog uma matéria super especial, que aborda a importância das cores e como a utilização delas estimula o bom senso, criatividade, comunicação e humor.
Vamos ler?
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COMO ENSINAR CORES NO AUTISMO, E QUAIS OS SEUS PODERES?
As cores por si só não possuem um sentido próprio; é fato que todos nós temos uma cor que adotamos para a nossa vida, nosso dia…
As cores muitas vezes têm o poder de nos deixar alegres ou até introspectivos, apenas porque existem limites impostos pela natureza física e humana que as cores possuem seus significados.
Existem culturas que a cores manifestam significados diferentes, regendo experiências próprias ao contexto em que estão inseridos. Ou seja, as cores possuem seus efeitos e suas diferentes percepções.
Quando se trata de pessoas com autismo a percepção das cores não necessariamente se manifesta de acordo com essas experiências, pois a cor pode causar uma sobrecarga sensório-visual, ou ser objeto de obsessão e alívio, de acordo com a hiper ou hipossensibilidade de cada indivíduo.
Segundo estudos de diversos autores, as pessoas com autismo apresentam menos precisão do que as pessoas neurotípicas em determinados processos como a procura por cores, memória de cores e detecção do ponto de transição das cores.
A pessoa com autismo, na maior parte das vezes tem menos capacidade de discriminação cromática independentemente de existir ou não alguma hipersensibilidade. Porém, é necessário ressaltar que a percepção das cores por crianças com autismo varia conforme a história, experiência e o contexto em que o indivíduo se encontra.
Em testes sobre a percepção das cores em pessoas com autismo onde 85% das crianças viram as cores com maior intensidade do que as neurotípicas, 10% viram da mesma forma que as outras, e 5% não conseguiram distinguir as cores, enxergando tudo em tons de cinza.
Essa última porcentagem de crianças geralmente procurava por cores primárias, pois gerava um melhor estímulo visual. E as cores suaves ou tons frios tiveram efeito calmante na maioria das crianças.
O SIGNIFICADO EMOCIONAL DAS CORES
Existem algumas cores que geram sentimentos ou emoções tanto nas pessoas que não possuem nenhum tipo de distúrbio quanto para quem é diagnosticado com Autismo.
A cor azul está associada à alegria e na influência da verbalização das pessoas. No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Ou seja, em uma sobrecarga sensorial, o azul auxilia para o bem-estar da criança, trazendo mais tranquilidade e leveza ao Autista.
As cores laranja e amarela, por serem muito próximas, pode ajudar no estímulo social dos pequenos. Quebrando uma monotonia, e sendo muito usada ao despertar a alegria e bom-humor de uma maneira relevante na criança.
As cores conseguem ultrapassar as barreiras da mente, levando um pouco de equilíbrio emocional ao autista.
3 DICAS DE COMO ENSINAR CORES E IMAGENS PARA UM AUTISTA
Trabalhe com uma única cor de cada vez.
Ensinar cores pode ser algo difícil quando se trata de crianças autistas, já que é difícil a elas fazer associações. Se a criança estiver cercada por diversos itens de cor similar, essa pode acabar sendo uma situação bastante confusa.
· Comece com uma única cor, juntamente a suas tonalidades. Mantenha três imagens à frente da criança, para mostrar a ela a diferença entre verde-claro, verde-escuro e o verde comum.
· Dessa forma, ela será capaz de aprender que há diversas tonalidades da mesma cor.
Tente não sobrecarregar a criança dando a ela muitas opções.
O excesso de possibilidades pode facilmente fazer com que uma criança autista se sinta confusa com respeito ao que escolher.
· Em termos de cores, é muito fácil para a criança se confundir, quando alguém a pede para escolher uma cor a partir de uma grande amplitude de opções. Tente limitar as escolhas da criança de modo que ela se sinta confiante a respeito do que ela deve escolher.
· Por exemplo, se você deseja que ela escolha o vermelho, coloque apenas uma cor a mais sobre a mesa, de tonalidade completamente distinta (digamos azul) e pergunte a ela qual é a cor vermelha. Isso evitará que ela se confunda com cores semelhantes.
Esteja ciente de que algumas crianças podem ter fortes reações a cores determinadas.
Algumas crianças autistas podem ter fortes preferências quando se trata de cores. Esses sentimentos fortes de desejo ou desgosto podem interferir em sua aprendizagem.
· Por exemplo, às vezes a presença de uma cor específica em uma imagem — não importando quão sutil — pode obscurecer a mente da criança, evitando que ela compreenda a figura como um todo.
· Logo, é de grande ajuda entender a criança e suas preferências individuais antes de apresentá-la a muitas cores. Até que você tenha identificado as preferências da criança, as cores devem ser mantidas simples, únicas e puras, ao invés de usar padrões bicoloridos ou multicoloridos. Em alguns casos, usar imagens em preto e branco será a opção mais segura.
A CROMOTERAPIA É INDICADA PARA TODOS OS CASOS DE AUTISMO?
A cromoterapia, é um dos tratamentos que tem se mostrado eficaz no Autismo, porém como todos sabemos não podemos generalizar todos os casos.
Porém o uso da cromoterapia em Autistas tem surpreendido na maioria dos casos, sempre com acompanhamento do médico e da equipe multidisciplinar avaliando cuidadosamente as condições de casa criança.
A COR DO AUTISMO
O azul foi definido como a cor símbolo do autismo, porque a síndrome é mais comum nos meninos — na proporção de quatro meninos para cada menina (autismo clássico) e de dez meninos para cada menina (autismo de alta funcionalidade).
A ideia por trás do movimento é iluminar pontos importantes e turísticos do planeta na cor azul para chamar a atenção da sociedade, poder falar sobre autismo e levantar a discussão a respeito dessa síndrome.