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A coordenação visomotora e o processo de alfabetização

O processo de alfabetização está inteiramente ligado à coordenção visomotora. Isso torna a dinâmica bastante complexa, em função dos aspectos que são trabalhados a fim de incentivar a aquisição de habilidades pelas crianças. Dessa forma, é muito importante conhecer como ocorre esse funcionamento.

O que é coordenação visomotora?

É possível afirmar que a coordenação visomotora pode ser observada a partir do movimento dos membros superiores ou inferiores a um estímulo visual, de forma adequada. Além disso, quando outras partes do corpo também são induzidas, é possível dizer que essa habilidade está conseguindo cumprir o seu caminho, pois a coordenação impacta no controle dos movimentos.

Assim, a coordenação visomotora é uma capacidade composta pelas seguintes competências: reconhecer, observar e usar as informações visuais sobre determinados aspectos – como formas, figuras e objetos. Inclusive, ela permite que as crianças compreendam e consigam processar as informações que estão presentes em torno delas.

Como ocorre o processamento da coordenação visomotora exerce na formação das capacidades cognitivas?

Se você quer saber a influência que um exerce sobre o outro, então a melhor maneira de entender esse esquema é por meio de uma explicação sucinta, mas muito interessante. Confira abaixo.

O processo de alfabetização envolve etapas que estão interligadas a aspectos indispensáveis para o desenvolvimento de uma pessoa. Dentre eles, podemos destacar aqui os sistemas que pertencem ao neuropsicodesenvolvimento.

Por meio do sistema proprioceptivo, vestibular, processamento visual e do sensório-motor, a coordenação visomotora é devidamente trabalhada. Em outras palavras, o estímulo contínuo e orientado contribui para a aquisição das competências e habilidades dos alunos.

Na prática, os chamados sinais proprioceptivos se unem à informação visual da criança; e isso atua de forma a controlar o movimento dos braços e das mãos. Aliás, nesse processo há também o movimento ocular.

Em resumo, a coordenação óculo-manual é dependente do que os olhos veem. Afinal, isso diz respeito à forma a qual o cérebro percebe e processa todos os estímulos visuais.

Qual a aplicação prática da coordenação visomotora na alfabetização?

Quando falamos em coordenação visomotora e alfabetização, podemos salientar que o ato de fazer o aluno exercitar essa habilidade é um ponto que merece toda a atenção. A princípio, isso não ajuda apenas na preparação para a prática da escrita, a leitura na escola e a aquisição de competências.

O trabalho desenvolvido é responsável por promover também o controle emocional das crianças durante a sua experiência pedagógica e de alfabetização. Além disso, é possível destacar os progressos observados nas conexões cerebrais a fim de proporcionar a organização e a resolução de situações que demandam a maturação necessária da estrutura neural.

Por que o esquema corporal também é essencial nessa dinâmica?

Esse processo pode ter início através de atividades que são estimuladas dentro da própria sala de aula. Desse modo, o aluno pode brincar e passar a ter o conhecimento de mundo por meio da interação de seu corpo com o ambiente.

É possível dizer que a conexão entre o esquema corporal e a alfabetização está no fato de o pequeno desenvolver ações que o permitam interagir, tocar, morder, apertar, cheirar, ver e explorar todas as demais habilidades. Em outras palavras, o aluno nessa fase deve brincar para aperfeiçoar as habilidades necessárias.

 Dessa maneira, temos algumas dicas para que essas capacidades sejam treinadas com êxito. Em artigo anterior já tratamos sobre isso. Relembre a seguir:

– Atividades lúdicas, práticas e teóricas de conhecimento das partes do corpo e suas funções (para que serve a mão? Vamos usar massinhas para trabalhar a musculatura da região; induzir a coordenação motora fina e ampla – isso vai auxiliar na hora da escrita, por exemplo);

– Brincar com bonecas ou bonecos (facilita a criatividade entre as crianças, principalmente quando a professora lê algum livro para elas. Com isso, ela vai conseguir associar determinadas linguagens utilizadas no momento da brincadeira);

– Montagem de marionetes ou quebra-cabeças da parte do corpo;

– Brincar solicitando que apontem ou levantem determinada parte do corpo;

– Desenho/traçado da silhueta do próprio corpo e de seus colegas;

– Montar um corpo humano utilizando recorte de revistas (importante ressaltar que essa atividade não precisa ficar milimetricamente certa. O segredo é que a criança entenda o que foi proposto. Deixe a imaginação por conta do aluno);

– Observações na frente do espelho;

– Apresentar figuras humanas em que faltem partes do corpo para que possam ser completadas (interessante que haja a mediação dos professores para auxiliarem os pequenos).

Como aprender mais?

Para se inteirar sobre o tema de forma aprofundada, a busca pelo conhecimento deve ser feita de maneira adequada, ou seja, por meio de conteúdos e abordagens baseadas em evidências científicas. Assim, você se tornará um profissional completo.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Neuropsicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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Referência

COMO o desenvolvimento motor ligado ao esquema corporal pode contribuir com a alfabetização? Grupo Rhema Educação, ago. 2021.

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