A arteterapia como ferramenta de apoio a Mães e Pais de filhos com TEA
Ao se falar da arteterapia como tratamento a pacientes com TEA, é importante frisarmos que qualquer pessoa que procure ou é encaminhada a um Arteterapêuta não precisa ter experiência ou qualquer habilidade artística.
O tratamento dentre suas várias finalidades é fazer com que a pessoa atendida possa ser capaz de entender as necessidades de mudanças e as promova, pois certamente será beneficiada em sua vida pessoal, através da utilização da arte em um ambiente seguro e que facilita a sua aplicação.
O objetivo maior é usar a arte para ajudar as questões relacionadas aos conflitos emocionais e expressar seus sentimentos reprimidos. Sabe-se que alguns fundamentos da arteterapia estão em intervir nas áreas afetadas por algum transtorno, assim como se faz necessário conhecer bem o funcionamento cognitivo e afetivo das pessoas para perceber as emoções de cada indivíduo atendido.
Importante se levar em conta que muitos autistas apenas desenvolvem sua capacidade linguística pela possibilidade de que estas pessoas experimentam uma vida mental mais visual que verbal.
Na arteterapia, as imagens, os objetos, os materiais se convertem no nível básico de relação com o paciente. Com eles podemos explorar novas analogias externas que se acercam do seu tipo de vida mental.
Sabemos que ainda que existam os componentes emocionais fundamentais da arteterapia, o autista parece ter dificuldades com o processamento de estímulos afetivos e sua própria expressividade emocional também é anômala, porém os problemas com o contato afetivo não implicam na capacidade em sentir emoções ou expressá-las em sua forma particular.
Um dos objetivos básicos da arteterapia é promover o bem-estar da pessoa autista, acalmando ansiedades, medos, frustrações e incrementando serenidade, diversão e autovalorização.
O autismo acompanha o indivíduo ao longo de toda a sua vida, ainda que a forma em que se expressam os sintomas possa transformar-se na adolescência e na vida adulta. As intervenções educativas e terapêuticas podem fazer progressos no desenvolvimento das diferentes capacidades.
O tratamento é longo, complexo, tem de haver paciência, dedicação, com uma metodologia muito estruturada e programas individualizados adaptados ao nível de funcionamento do indivíduo.
Sendo assim é muito importante entender a relevância da participação direta de vocês, pais e familiares, que ocupam um lugar fundamental na vida do individuo com TEA.
Pois sua a rede de apoio familiar e terapêutica ajuda na elaboração de uma atividade que permite trazer conforto á desordem emocional interior, aquietando e transformando em serenidade suas ansiedades e angústias internas.
Cabe salientar que no caso do atendimento arteterapêutico com portadores do espectro autista, um dos pontos mais importantes é a transformação que as atividades podem gerar durante o tratamento, indicando o caminho de aprendizado para que o paciente tenha uma noção maior quanto aos limites impostos pela própria vida e isto se torna possível porque a arte mostra outra realidade, na qual o indivíduo pode entender e modificar sua relação consigo, com os outros e o mundo.
As crianças autistas têm uma relação distinta com a infância, pois fazem uso de brincadeiras, mas a seu modo, e é nessa fase que a arteterapia pode auxiliar.
Pais, diante disto é importante incentivar para que elas se envolvam conforme as exigências e correspondam a elas quando o Arteterapeuta realiza o seu ofício de maneira eficiente.
A criança autista organiza e registra as informações passadas, de forma que acham uma maneira de estabelecer vínculos de comunicação através de atalhos que pais, adultos e terapeutas usam para facilitar as informações trocadas pela experiência.
Pesquisas apontam que os pais têm um desejo inconsciente de que os filhos façam as coisas como eles fariam assim os mantém dependentes, o que pode levar a um sentimento de culpa por acreditarem ter falhado.
Diante disso, é imprescindível fomentar a autonomia das crianças autistas. Existe uma alta dificuldade em lidar com um filho que não é socialmente dito como comum, aceitar um diagnóstico e saber quais tratamentos procurar, o processo para pais com portadores do espectro pode ser bastante doloroso. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico e conhecimento por parte dos familiares e amigos trazem resultados positivos.
O Transtorno do Espectro Autista ainda não tem cura, mas muitos dos seus aspectos podem ser diminuídos ou outros estimulados com arteterapia, sempre com os objetivos principais de interação social e comunicação.
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