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Objetivos da ABA para alunos com autismo

Em primeiro lugar, há muitas estratégias que podem viabilizar a prática educacional e possibilitar o aprendizado das crianças. Dentre elas, é possível salientar que quando os professores são apresentados a determinadas abordagens, o trabalho tende a ficar com maior embasamento, a fim de facilitar a dinâmica. A ABA é um exemplo bastante rico.

Assim sendo, saber quais são os objetivos da ABA para alunos com autismo significa abrir portas para um trabalho desafiador, porém satisfatório. No entanto, muitos profissionais ainda devem encontrar barreiras para desenvolver sua didática com base nessa importante ciência. Seja por falta de recursos ou até mesmo falta de conhecimento. Portanto, veja como a ABA é essencial.

Quais os objetivos da ABA para alunos com autismo?

Antes de mais nada, a Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis) é uma abordagem que tem por finalidade a observação e o entendimento de comportamentos, principalmente expressos por pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entretanto, a partir dessa análise, os profissionais utilizam técnicas que visam à otimização comportamental.

O processo consiste em trabalhar a partir dos chamados reforçadores, induzindo os positivos e enfraquecendo os negativos (que trataremos à frente). Além disso, a ABA traz consigo dois princípios que norteiam a sua adoção no contexto escolar: enxergar os comportamentos como uma relação existente entre eventos; e promover adaptações no ambiente da criança.

Os objetivos da ABA são os seguintes:

– Avaliação de habilidades funcionais e como priorizá-las;

– Realização de trabalhos com os alunos (e sua família) na busca por facilitar aspectos importantes durante a aprendizagem, como a interação social;

– Execução de programas de ensino com enfoque nas habilidades da criança, assim como o acompanhamento periódico da avaliação comportamental do pequeno nos espaços analisados.

Com isso, um detalhe que ganha destaque é o desenvolvimento dos reforçadores para estimulá-los. Essas ações têm o propósito de incentivar nas crianças atitudes adequadas, tendo por base uma estratégia interessante. Saiba o porquê abaixo.

O que são os reforçadores?

Antecipadamente, esses processos podem se dividir entre positivos e negativos. Dentro da ABA, o papel dos professores é trabalhar nas formas que privilegiem aquelas condutas cujos resultados facilitem os comportamentos adequados.

– Reforçadores positivos

Quando há o estímulo de aspectos comportamentais positivos como forma de induzir condutas afirmativas ao cotidiano. Geralmente, eles são seguidos de alguma recompensa como maneira de dar mais intensidade ao ato.

Exemplos:

– A criança consegue alcançar a média na prova, ela é prontamente elogiada pelo educador devido ao bom desempenho;

– O aluno consegue realizar tarefas delegadas a ele durante o trabalho em grupo e a professora o parabeniza;

– O pequeno escreve seu próprio nome sozinho e os pais reconhecem o progresso apresentado por meio de uma demonstração de carinho ou brinde (doce, bala, sorvete);

– A criança espera pela sua vez de falar e os adultos aplaudem a atitude de aguardar o seu momento. Com isso, ela recebe elogios.

– Reforçadores negativos

Aqui ocorre o movimento contrário, ou seja, a diminuição gradativa daquilo que não contribui para o desenvolvimento social e pedagógico do educando. Assim, é possível salientar que os professores desempenham um trabalho de paciência, já que as pequenas conquistas diárias são muito importantes.

Desse modo, os comportamentos inadequados não são eliminados de uma vez, mas por etapas. Afinal, o que importa é a criança aprender condutas que sejam estabelecidas de forma a garantir o seu progresso, no que se refere ao comportamento.

Exemplos:

– O aluno com autismo quer brincar com os objetos lúdicos em sala. Ele se mantém disperso na aula. No mesmo instante, a professora explica qual é a tarefa que todos precisarão fazer. Para atrair a atenção da criança, a profissional apresentará alternativas que objetivam o redirecionamento da distração do pequeno e, assim, chame a sua atenção.

– O educando não consegue lidar com o excesso de estímulos sensoriais (muito comum no TEA). Com isso, ele grita como uma reação a essa hipersensibilidade. A professora vai utilizar estratégias para contornar a situação e acalmá-lo.

A partir dessas observações, os educadores podem promover mudanças no ambiente da sala de aula. No entanto, devemos lembrar que alguns reforçadores precisam ter a orientação de terapeutas.

Como os reforçadores positivos podem ser trabalhados em sala de aula?

Os objetivos da ABA para alunos com autismo procuram encontrar boas estratégias para incentivar os reforçadores positivos. Assim sendo, existem maneiras de propiciar essas técnicas no contexto escolar, como você verá a seguir:

Reforçadores por meio de pequenos brindes em sala de aula: a cada atividade feita, um carimbo divertido no caderno; figurinhas, adesivos etc.

– Reforçadores com atividades: hora do brinquedo, hora do descanso; brincadeira com massinha ou argila. Essas atividades podem acontecer depois da realização de algum exercício, por exemplo.

Reforçadores sociais: reconhecimento após alguma tarefa feita com sucesso. Esse gesto pode vir em forma de parabéns, elogios, atenção etc.

Por que é importante aprender sobre a ABA?

Como pôde ser visto acima, o domínio da ABA é indispensável para aquelas pessoas que desejam propor alternativas e melhorias aos aspectos comportamentais no TEA. Para tanto, conhecer as teorias e as práticas fundamentadas na ciência se mostra como algo fundamental para a criação de estratégias satisfatórias.

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