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Você sabe como o neurofeedback pode ajudar a entender as funções neurológicas de crianças com TDAH?

Professor, você sabe que tem papel fundamental para perceber os sinais do TDHA em sala de aula? É claro que crianças são capazes de prestar atenção por horas em atividades prazerosas, como vídeo-game e desenhos, por exemplo, e também é verdade que elas podem ser desatentas com tarefas chatas ou repetitivas. Por isso, quanto maior a demanda por atividades cognitivas, como as atividades em sala de aula, mais proeminentes se tornarão os sintomas da criança com TDHA. E sabe por quê?

Nosso cérebro é formado por aproximadamente 100 bilhões de neurônios, todos interligados entre si, formando uma grande rede neural. Através de impulsos ou estímulos elétricos, as chamadas sinapses, as informações são passadas de neurônio a neurônio, garantindo assim, uma comunicação eficaz.

Entretanto, um neurônio não encosta no outro, de fato, para que ocorra essa comunicação. Entre eles existe uma fenda, chamada de fenda sináptica, que impede o estímulo elétrico de prosseguir até o próximo neurônio. Para atravessar a fenda sináptica, o estímulo elétrico é transformado em estímulo químico, os chamados neurotransmissores. Dessa estrutura neurobiológica dependem todas as nossas funções cognitivas, emocionais, motoras e sociais.

Nosso cérebro absorve, a cada momento, novas informações através da interação com o ambiente que nos cerca. Nesse processo de aquisição da informação, diversos estímulos são lançados pelos canais sensoriais, e para que essa teia de informações funcione harmonicamente, o córtex pré-frontal precisa organizar e gerenciar todas as atividades cerebrais como:

  • Controle dos impulsos;
  • Planejamento das ações futuras;
  • Filtragem dos estímulos irrelevantes;
  • Acionamento das reações de luta e fuga;
  • Estabelecimento da relação com o centro das emoções,
  • Tomada de decisões;
  • Planejamento de comportamentos cognitivos e motores complicados;
  • Além de também regular os aspectos fisiológicos como fome, dor, frio, etc.

Nesse bombardeio constante de dados e informações que o cérebro recebe conseguir selecionar o que é relevante se torna um desafio, e nesse momento três aspectos são fundamentais: a ATENÇÃO, que é um processo cognitivo onde o intelecto focaliza e seleciona estímulos específicos, descartando estímulos de fundo; a CONCENTRAÇÃO que é o uso da mente focada em um objetivo de forma continua e a capacidade de abstrair-se de todo o resto; e a ORGANIZAÇÃO MENTAL, ou seja, depois de captadas, as informações são processadas, compreendidas, separadas, categorizadas, agrupadas e correlacionadas com outras informações já armazenadas na memória e finalmente seleciona a resposta correta ao estímulo sensorial inicial.   

TDHA

A criança com TDHA tem um funcionamento alterado do sistema neurobiológico, pois os neurotransmissores se apresentam em quantidade ou qualidade alteradas, afetando diretamente o córtex pré-frontal e suas funções. Durante a entrada de informações sensoriais não há seleção das informações necessárias, todas as informações entram simultaneamente com grande intensidade. Distinguir um foco ou uma figura de fundo se torna um desafio. Nesta sobrecarga de estímulos e informações que o cérebro sofre, controlar o foco da atenção, ou manter a concentração, se torna extremamente difícil.

O TDHA pode ser de dois tipos diferentes: O TDHA combinado, onde a criança apresenta hiperatividade, impulsividade e déficit de atenção e o TDHA desatento, que é caracterizado somente pela falta de atenção. Por isso, é preciso ficar atento em sala de aula, onde o professor é a pessoa mais próxima da criança e pode observar cada movimento, comportamento e atitude do aluno, sendo possível distinguir alguns comportamentos típicos e encaminhar para avaliação e acompanhamento psicopedagógica, quando necessário.

Pode apresentar estágios diferentes, podendo ser mais avançado e exigindo o uso de medicação, ou mais reduzido, onde programas de modificação do comportamento são capazes de diminuir o nível de atividade ou desatenção consideravelmente.

Nesse sentido, o Neurofeedback vem trazendo resultados interessantes. Seu objetivo é ajudar o cérebro a funcionar de forma diferente. As ondas cerebrais possuem diferentes freqüências, que variam de acordo com a idade, tipo de tarefa que está realizando e com os transtornos que o individuo apresenta. Este treinamento visa condicionar o cérebro a usar as ondas cerebrais de certo tipo.  Com o uso de eletrodos semelhantes ao do Eletroencefalograma, um software específico capta as ondas cerebrais e transforma em um determinado aspecto do jogo. Estimulando o indivíduo a conseguir usar mais ondas de um determinado tipo. É um tratamento natural e não invasivo recomendado em alguns casos para o tratamento do TDHA.

Você Professor já recebeu algum aluno com necessidades específicas em sala de aula e sentiu-se preparado para, junto com os pais, ajudar seu aluno a desenvolver suas capacidades máximas? Compartilhe conosco suas experiências.

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