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Quais são as três áreas que compõem a neuroeducação?

Durante as últimas décadas, diversos estudos e pesquisas levaram os cientistas a perceber a ligação existente entre a neurociência e a educação. Por isso, fez-se necessário criar uma nova ciência que unisse esses dois conceitos: a neuroeducação.

Ela nada mais é do que uma ciência que busca explicar o processo de aprendizagem através de um campo multidisciplinar de conhecimento. Trata-se de diferentes áreas que se unem em um ponto em comum com o objetivo de entender como o cérebro funciona e como ele aprende e se desenvolve.

Mas como funciona esta área do conhecimento? Quais são as vantagens de aplicá-la no contexto escolar? Falaremos mais sobre este tema neste artigo. Veja a seguir.

Neuroeducação e aprendizagem: como funciona este processo

Aprender não se trata apenas de entender o conteúdo apresentado. Na verdade, vai muito além. Esse processo utiliza um conjunto de ações, neuropsicológicas e neurofisiológicas, que trabalham em conjunto para um aprendizado eficiente. 

Logo, a ciência neuroeducacional leva em conta as individualidades de cada aluno, a fim de auxiliá-los a superar suas dificuldades e atingir seu melhor potencial.

Ainda, para explicar como funciona essa metodologia, é necessário abordá-la num contexto utilizando 3 áreas do conhecimento de forma integrada: 

  • Psicologia;
  • Pedagogia;
  • Neurociência.

Portanto, a relação entre ensino e aprendizado é explicada através do funcionamento do sistema nervoso e outras ações. Assim, também pode-se citar o papel do comportamento, como as emoções, percepção e memória, no processo de aprendizagem e educação.

Principais áreas que compõem a neuroeducação

Como foi brevemente citado, a neuroeducação é dividida em 3 áreas do conhecimento. Elas são:

Psicologia

Contribui e traz atenção para o comportamento e os processos cognitivos. Dessa forma, ela auxilia a compreender o desenvolvimento de cada aluno e como superar os desafios para promover um ensino adequado.

Pedagogia

Está relacionada aos processos de aprendizagem e educação. Com a metodologia certa, a atuação do professor com foco na individualidade e o contexto adequado é possível trazer uma abordagem eficaz e inclusiva.

Neurociência

A neurociência contribui com a explicação da parte neurológica, relacionada ao sistema nervoso e as reações bioquímicas presentes no processo de aprendizagem.

Benefícios da aplicação desta ciência em sala de aula

O cérebro é um órgão que vem sendo constantemente estudado, inclusive em relação à educação. Afinal, os processos de aprendizagem ocorrem em diferentes estruturas cerebrais.

Devido a isso, é de suma importância que os professores também possam ter uma formação na área. Isso porque a aplicação da neuroeducação oferece diversas vantagens no âmbito escolar. Conheça algumas delas:

  • auxilia no aprimoramento de habilidades cognitivas e intelecto;
  • compreensão e respeito à individualidade de cada estudante;
  • desenvolvimento de estratégias específicas para lidar com as dificuldades dos alunos;
  • direciona o aluno a atingir seu potencial máximo, através de um planejamento individual;
  • integração das funções executivas cerebrais, tais como atenção seletiva, memória de trabalho, etc;
  • reconhecimento da ligação entre cognição e emoção..

Como utilizar a ciência neuroeducacional no contexto escolar?

Para obter os benefícios da ciência neuroeducacional, é necessário aplicá-la no dia a dia. Por isso, vamos apresentar alguns exemplos da utilização dessa metodologia: 

  • Feedback: o feedback dado ao aluno, junto com ferramentas para aprimoramento, podem ajudar o estudante a aumentar seu potencial de aprendizagem; 
  • Planejamento: dar instruções claras e que demonstrem quais etapas ele deve seguir o ajuda a se planejar melhor para executar a atividade da forma correta; 
  • Jogos lúdicos e pedagógicos:  fazer uso de jogos induz os alunos a exercitar o controle inibitório que, neste caso, seria respeitar as regras e esperar sua vez de jogar.

Exemplo real de utilização da ciência neuroeducacional 

Em um estudo, realizado numa cidade do sul de Minas Gerais, foi aplicado um jogo utilizando um baralho de cartas. Nele, cada carta representava uma emoção. Para iniciar o jogo, ele deveria ser embaralhado e colocado com as cartas voltadas para baixo. 

Ao retirar a carta do baralho das emoções, o aluno deveria representá-la em apenas 30 segundos. Enquanto isso, os outros alunos deveriam adivinhar qual era a emoção. 

Para que os outros pudessem dar sua opinião sobre a representação do colega, utilizou-se plaquinhas. Assim, no momento certo, cada aluno presente na sala levantava a plaquinha que ele acreditava ser correspondente à emoção que o colega representava. 

Desse modo, os alunos puderam não só desenvolver o controle inibitório, como também a atenção seletiva e as habilidades cognitivas e sociais. 

Conclusão

A Neuroeducação é uma ciência multidisciplinar que é composta por três áreas do conhecimento: a psicologia, a pedagogia e neurociência. Juntas, elas possuem benefícios como obtenção do potencial máximo de cada aluno, integração das funções cognitivas cerebrais, dentre outras. 

Além disso, é possível aplicá-la por meio de, por exemplo, feedbacks, planejamentos, jogos lúdicos e pedagógicos. Essas metodologias podem auxiliar o aluno a exercitar as funções cognitivas, tais como a memória de trabalho, planejamento, flexibilidade cognitiva, etc. 

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