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Seis Estratégias Para Ajudar Alunos com Dislexia na Alfabetização

A dislexia na alfabetização é um dos principais desafios enfrentados por professores no processo de ensino. Identificar, compreender e aplicar estratégias eficazes para apoiar esses alunos é essencial para garantir um ambiente inclusivo e promotor de conhecimento. Por isso, neste artigo, vamos abordar como desenvolver práticas pedagógicas mais assertivas e adaptadas às necessidades de cada criança.

O que você vai ver?

O Que é Dislexia na Alfabetização?

professora e alunos da educação infantil na sala de aula aprendendo as letras do alfabeto

A dislexia na alfabetização é um transtorno específico de aprendizagem, caracterizado por dificuldades persistentes na leitura e na escrita. De acordo com o DSM-5-TR, é classificada como um transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na leitura, e desse modo, na CID-11, recebe o código 6A03.0, relacionado aos transtornos do desenvolvimento da leitura. Além disso, estudos apontam que a dislexia pode afetar entre 5% e 17% dos alunos em salas de aula ao redor do mundo.

Dessa forma, é essencial compreender que a dislexia não é uma dificuldade comum de alfabetização, mas sim um desafio persistente, com origem neurobiológica. Ou seja, isso significa que o transtorno está relacionado ao funcionamento do cérebro, especialmente nas áreas que processam os sons das palavras. Por isso, um olhar atento dos professores é fundamental para uma identificação precoce.

Como Identificar Sinais Precoces de Dislexia na Alfabetização?

Identificar sinais de dislexia na alfabetização pode ser desafiador, mas alguns comportamentos em sala de aula podem servir de alerta. Por isso, fique atento a:

  • Troca de letras com sons ou formatos semelhantes (como “b” por “d”).
  • Inversão ou omissão de letras e sílabas.
  • Dificuldade em associar sons (fonemas) a letras (grafemas).
  • Leitura lenta, com pausas frequentes e baixa compreensão.
  • Escrita com muitos erros persistentes, mesmo após correção.
  • Dificuldade em seguir sequências, como os dias da semana ou o alfabeto.

Sendo assim , é importante diferenciar entre erros comuns do início da alfabetização e sinais persistentes de dislexia. Mas tenha atenção: caso as dificuldades continuem mesmo com reforço e apoio, é hora de considerar uma avaliação mais detalhada.

Dislexia Tem Cura? Como Funciona o Suporte Escolar?

Dislexia na alfabetização não tem cura, mas com o conhecimento adequado, é possível oferecer o suporte certo para o desenvolvimento do aluno. A intervenção precoce e o suporte pedagógico adequado fazem toda a diferença. Por isso, vale dizer que uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e outros especialistas é essencial nesse processo.

Dessa forma, o papel dos professores e da família é fundamental para criar um ambiente de apoio e inclusão, e programas de educação especializados, professores de apoio e metodologias adaptadas são estratégias essenciais.

Como Diferenciar Dislexia de TDAH?

Uma confusão comum é entre dislexia e TDAH. Embora ambos afetem o desempenho escolar, os sinais são diferentes. Enquanto o TDAH está relacionado à dificuldade de manutenção da atenção, impulsividade e inquietação, a dislexia se manifesta em dificuldades específicas na leitura e escrita.

Desse modo, adaptar o ensino para cada caso é essencial. Para alunos com TDAH, atividades mais dinâmicas e curtas ajudam a manter o foco, já para a dislexia, o foco deve ser em métodos fonológicos e multissensoriais.

Métodos de Ensino para Crianças com Dislexia na Alfabetização

Entre as metodologias baseadas em evidências científicas mais eficazes para alunos com dislexia, destacam-se:

  • Métodos Fonológicos: Trabalham a associação entre sons e letras. Jogos de rimas, separação de sílabas e atividades de discriminação auditiva são exemplos práticos.
  • Métodos Multissensoriais: Integram diferentes sentidos no aprendizado. Atividades como traçar letras na areia ou utilizar aplicativos interativos ajudam na fixação dos conteúdos.

Portanto, vale aqui destacar que esses métodos tornam o aprendizado mais inclusivo e divertido, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

Seis Estratégias Práticas para Apoiar Alunos com Dislexia

Antes de explorar as estratégias práticas para apoiar alunos com dislexia na alfabetização, é importante lembrar que o aprendizado deve ser sempre inclusivo e adaptado às necessidades de cada criança. Por isso, a seguir, apresentamos atividades que vão tornar o processo de ensino mais leve, dinâmico e eficiente, contribuindo para o desenvolvimento da leitura e escrita.

1 – Jogo da Forca: Um clássico que ajuda no reconhecimento de letras e sons. Ao tentar descobrir as letras corretas, as crianças desenvolvem habilidades de decodificação e reconhecimento visual, o que contribui para a fluência na leitura.

2 – Aplicativo EduPaint: Uma ferramenta digital que combina tecnologia e aprendizado de forma interativa. O aplicativo permite que as crianças explorem letras, números e cores, tornando o processo de aprendizagem mais dinâmico e engajador.

3 – Rimas: Atividades que estimulam a consciência fonológica. Propor brincadeiras de rimar ou completar músicas com palavras que rimam ajuda as crianças a perceberem a estrutura sonora das palavras, essencial para a alfabetização.

4 – Pintura: Trabalhar com pintura auxilia no desenvolvimento da concentração, coordenação motora e criatividade. Essas habilidades são fundamentais para a escrita, pois melhoram o controle dos movimentos manuais.

5 – Jogo da Memória: Excelente para reforçar o reconhecimento de palavras e imagens. Utilizar cartas com letras ou palavras estimula a associação visual e ajuda na fixação do vocabulário.

6 – Caça-palavras: Incentiva o reconhecimento de letras e palavras em um contexto divertido. Essa atividade também melhora a atenção visual e contribui para ampliar o vocabulário das crianças.

Como Promover a Inclusão e a Autoestima de Alunos com Dislexia?

Professor, saiba que promover inclusão vai além de adaptar conteúdo, ou seja, para que isso de fato ocorra é essencial criar um ambiente acolhedor e motivador. Dessa forma, celebre cada conquista, por menor que seja, e incentive a empatia entre os alunos. Conversas sobre diversidade e diferenças de aprendizado também ajudam a criar um espaço mais inclusivo.

Envolver a família nesse processo é essencial. Mostrar o progresso, mesmo que pequeno, fortalece o suporte em casa. Por isso, investir em conhecimento e em metodologias adaptadas é o caminho para um ensino mais inclusivo e eficaz.

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