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Qual a diferença entre a educação e reeducação psicomotora?

Quando o desenvolvimento psicomotor está em questão, algumas abordagens precisam de aprofundamento, tamanha a importância que elas representam. Assim sendo, a educação psicomotora e a reeducação psicomotora são elementos indispensáveis nesse processo, mas que costumeiramente são confundidas por boa parte das pessoas. Afinal, qual a diferença entre elas?

Para prosseguir com o nosso conteúdo, um conceito marcante deve marcar presença: a psicomotricidade. Essa palavra simboliza muito para o progresso de qualquer ser humano. Desse modo, vamos relembrar o seu significado e a sua utilização nessa importante engrenagem.

De acordo com Fonseca (2010), a psicomotricidade, sob o viés da ciência, é entendida como uma área transdisciplinar que estuda e apura as relações e as influências que existem “entre o psiquismo e o corpo; e entre o psiquismo e a motricidade”, e que são “emergentes da personalidade total, singular e evolutiva que caracteriza o ser humano”. Tudo isso considerando as “suas múltiplas e complexas manifestações biopsicossociais, afetivo-emocionais e psico e sociocognitivas.

Em outras palavras, a psicomotricidade envolve uma série de etapas e elementos que se relacionam para o desenvolvimento psico, motor e emocional de uma pessoa. Com isso, é possível concebê-la como algo responsável pelo nosso progresso nesse conjunto.

A sua aplicabilidade no cotidiano está relacionada a alguns objetivos que começam a se amplificar já na infância. Dessa forma, veja quais são as metas que se pretende alcançar:

  • – Estimular a capacidade sensória por meio das sensações e das relações que há entre o próprio corpo do indivíduo e o outro;
  • – Fomentar a percepção por meio do conhecimento dos movimentos e da resposta emitida pelo corpo;
  • – Incentivar e organizar a capacidade dos movimentos que são representados ou manifestados por meio de sinais e símbolos; além da utilização de objetos reais e imaginários;
  • – Induzir nas crianças o poder de descobrir e expressar suas próprias capacidades através de ações que contribuam para a criatividade e a expressão da emoção;
  • – Expandir e valorizar a noção de identidade própria e a autoestima, sobretudo quando elas se encontram dentro da pluralidade grupal.
  • – Estabelecer segurança e se manifestar por meio de formas variadas como um indivíduo único, valioso e exclusivo.
  • – Estabelecer a consciência e o respeito em torno da presença e do espaço das demais pessoas.

Então, como você pôde ver, a psicomotricidade representa uma série de avanços imprescindíveis para a evolução de um indivíduo. Inclusive, ela pode e deve ser estimulada no ambiente escolar.

Qual a diferença entre a educação psicomotora e a reeducação psicomotora?

Para esclarecer de forma definitiva o que separa uma da outra, voltemos para a abordagem da psicomotricidade. Portanto, podemos considerar que a psicomotricidade trabalha com pontos de vista que se dividem em dois.

Assim, a diferença se estabelece a partir do momento que se tem a prevenção dos problemas motores (a educação psicomotora) e o estímulo de tais funções para aqueles que não conseguiram aprimorá-las (reeducação psicomotora); ou seja, esta última situação no contexto das dificuldades ou atrasos psicomotores.

Qual a importância da educação psicomotora no desenvolvimento?

Antes de tudo, é possível dizer que a educação psicomotora exerce um papel fundamental na vida da criança, pois essa ciência ajuda o pequeno a descobrir suas potencialidades cinestésicas nas expressões manifestadas por seu corpo.

Como visto acima, as práticas observadas na educação psicomotora têm como foco prevenir as dificuldades que podem surgir no contexto escolar. Um dos pontos mais importantes, que envolve a educação psicomotora, refere-se ao fato de o desenvolvimento desses aspectos exigir complexidade, variabilidade, consistência e constância das dinâmicas empregadas para os resultados desejados.

Dessa forma, o estímulo sistemático deve ser aplicado de maneira que os alunos\crianças consigam alcançar todas as suas potencialidades. O espaço escolar é fundamental para que isso seja trabalhado com ludicidade e muito aprendizado. Aliás, a aprendizagem é amplamente beneficiada pela educação psicomotora, assim como a conscientização e o esquema corporal.

Por que a reeducação psicomotora revela um problema mais complexo?

Talvez um dos maiores pontos críticos desse tema seja o fato de a reeducação psicomotora simbolizar um déficit na prática pedagógica de muitos educadores. Vários estudos apontam que falta aos professores uma preparação mais aprofundada para lidar com casos em que as crianças necessitem de uma abordagem direcionada.

Nesse sentido, os profissionais da educação precisam buscar uma qualificação que proporcione a continuação de seus estudos por meio de cursos que os capacitem diante dos desafios. A situação só pode ser revertida com a presença de professores que tenham embasamento científico para trabalhar sobre esses casos.

Como buscar conhecimento e melhorar a prática?

Os profissionais que atuam na educação precisam estar prontos para desenvolver estratégias cuja psicomotricidade é potencializada. Assim sendo, a formação continuada significa uma excelente opção.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Neuropsicomotricidade, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.

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Referência

FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade: uma visão pessoal. Constr. Psicopedag. vol. 18, n. 17, São Paulo, 2010.

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