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O que é masking? 

O masking, também conhecido como mascaramento no Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma prática comum entre crianças autistas que tentam se adaptar às exigências sociais dos ambientes que elas frequentam, inclusive o escolar.

Sabe aquela criança que parece acompanhar a turma e participa das atividades, mas, com o tempo, você percebe sinais de cansaço extremo, irritabilidade ou retraimento? Muitas vezes, esse esforço constante para se adaptar é o que chamamos de masking.

Neste blog, vamos te mostrar o que é o masking, os riscos que ele representa e como a escola pode se tornar um ambiente mais seguro e respeitoso para crianças que passam por esse desafio. Confira!

O que é masking no TEA?

O masking é o ato de esconder ou camuflar comportamentos naturais do autismo para tentar se encaixar em um padrão social. Crianças com TEA, ao perceberem que seus gestos, sons ou formas de comunicação não são bem recebidos, podem começar a imitar condutas esperadas, como manter contato visual, rir em momentos específicos, copiar falas ou evitar movimentos repetitivos — mesmo quando isso exige um enorme esforço interno.

Esse mascaramento nem sempre é consciente, mas surge da necessidade de aceitação e do medo de rejeição. E justamente por parecerem estar “indo bem”, essas crianças muitas vezes não recebem o suporte que realmente precisam.

Quais são os perigos do masking?

Apesar de parecer uma estratégia de adaptação, o masking traz consequências sérias para o bem-estar emocional da criança. Veja alguns dos impactos mais comuns:

  • Esgotamento emocional: o esforço diário para esconder seus traços autistas gera cansaço, irritabilidade e até crises.
  • Confusão sobre sua própria identidade: a criança pode começar a se questionar o tempo todo sobre como deveria agir.
  • Dificuldade no diagnóstico: profissionais e professores podem não identificar o TEA com clareza por causa do mascaramento.
  • Maior risco de sofrimento emocional: ansiedade, tristeza profunda e sentimento de solidão são muito frequentes em quem mascara por longos períodos.

É por isso que reconhecer o masking e agir com empatia faz toda a diferença na prática docente.

Como lidar com o masking na escola?

A boa notícia é que o professor pode ser um grande aliado na identificação e no acolhimento de crianças que vivem o masking. Sendo assim, aqui vão algumas estratégias práticas:

1. Crie um ambiente onde a criança possa ser ela mesma

A base de tudo é um ambiente onde a criança não sinta que precisa esconder quem é. Dessa forma, isso inclui valorizar a diversidade, permitir diferentes formas de participação e garantir que ela se sinta segura mesmo quando apresenta comportamentos diferentes do esperado.

2. Observe com escuta sensível e olhar atento

Nem sempre o que a criança demonstra verbalmente corresponde ao que sente. Ou seja, o professor precisa desenvolver a escuta além da fala e prestar atenção em pequenos sinais de esforço, fadiga, automatismos ou desconfortos silenciosos.

3. Fortaleça a parceria com a família e especialistas

O masking pode ser mais perceptível em casa do que na escola. Por isso, o diálogo com a família é essencial. Além disso, encaminhamentos para avaliação especializada ajudam a garantir o suporte certo para cada caso.

4. Trabalhe com estratégias de autorregulação e autoconsciência

Ofereça atividades que ajudem a criança a perceber e nomear suas emoções. Práticas simples de autorregulação, como por exemplo, espaços de pausa, respiração guiada e rodas de conversa, ajudam a diminuir a necessidade de mascaramento.

5. Adapte o ambiente, e não a criança

A verdadeira inclusão acontece quando o ambiente se molda às necessidades da criança, e não o contrário. Logo, adapte a rotina, a linguagem, os estímulos e a forma de avaliar, respeitando os tempos e modos de cada aluno.

Conclusão: O masking não pode passar despercebido

Reconhecer o mascaramento é o primeiro passo para transformar nossa prática pedagógica. Desse modo, com conhecimento e empatia, podemos oferecer o suporte que essas crianças precisam para aprender, se desenvolver e viver com autenticidade.

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