O processo de crescimento de todos os indivíduos vem cheio de desafios e descobertas que são inerentes à vida de cada um. Nesse sentido, muitas coisas precisam ser olhadas com a devida atenção, por conta da importância que elas representam.

Dentro desse vasto conjunto, podemos evidenciar o desenvolvimento da criança com dificuldades de aprendizagem na clínica e na escola. Mas por quê? Dia após dia, os estudos se aprofundam mais; com isso, novas abordagens são aprimoradas.

No caso mencionado, os pequenos precisam encontrar respostas para o seu progresso. Para isso, as estratégias metacognitivas são ideais na busca pelo alcance dos alunos a habilidades e competências.

Esse aspecto metacognitivo é indispensável para a dinâmica de evolução do aluno. No entanto, muitos profissionais podem ter dúvida para defini-lo e colocá-lo em prática. Então, veja mais sobre o assunto abaixo.

O que é metacognição?

Nos anos de 1970, o professor John Flavell, da Universidade de Stanford, definiu a metacognição como o conhecimento que as pessoas têm sobre seus próprios processos cognitivos e a habilidade de controlá-los. Segundo o pesquisador, isso ocorre por meio de observação, organização e modificação para a realização de objetivos concretos.

Em outras palavras, a metacognição pode ser classificada como a habilidade de refletir sobre uma determinada tarefa, tal como o ato de ler, calcular, pensar e tomar uma decisão. Com isso, ela consegue selecionar e usar o melhor método para resolver essas ações.

Qual a importância das estratégias metacognitivas na educação?

A metacognição se torna indispensável na abordagem educacional por conta de sua presença constante na construção da aprendizagem, especialmente quando está relacionada às habilidades acadêmicas. Dessa forma, as estratégias metacognitivas devem ser pensadas de maneira aprofundada para se fazer valer em seus propósitos de promover o desenvolvimento da criança na escola e também na clínica. 

Para isso, a utilização de tais estratégias devem estar alinhadas aos aspectos que aproximam as crianças do cotidiano pedagógico, pois a ligação com o lúdico sempre exerce influência positiva sobre o aprendizado dos pequenos. Assim, adotar essas técnicas é uma forma muito eficiente de potencializar todos os educandos, principalmente aqueles alunos que são diagnosticados com as dificuldades de aprendizagem.

Quais são os elementos das estratégias metacognitivas?

Estudos conseguiram comprovar a existência de três elementos básicos da metacognição. De acordo com a professora Márcia Valéria Cruz, do Grupo Rhema Educação, eles são os seguintes: 

– Desenvolvimento de um Plano de Ação:   O que devo fazer primeiro? Quanto tempo eu levarei para fazer? O que eu já sei sobre esse assunto e o que pode me ajudar?

– Monitoramento do Plano de Ação: Como eu estou indo? Eu devo continuar assim ou mudar de estratégia? O que é mais importante de lembrar disso? Eu tenho que mudar algo agora para conseguir fazer essa tarefa?

– Avaliação do Plano de Ação: Eu me sai bem? Eu poderia ter feito diferente? O que eu não consegui fazer? O que eu devo fazer na próxima vez? No que isso pode me ajudar?

Quais são as estratégias metacognitivas para esse desenvolvimento?

Em primeiro lugar, os recursos didáticos são essenciais para a elaboração de tais estratégias. Afinal, o estímulo aos pequenos só pode ser eficaz quando há interesse por parte deles na realização de tais atividades. Portanto, veja algumas estratégias que podem ser interessantes:

– Jogo: Torre de Hanói

Estimular a atenção, foco e concentração em tarefas que exigem destreza e agilidade.

Além da dica acima, os profissionais podem propor outras brincadeiras que tendem a auxiliar consideravelmente as crianças com dificuldade de aprendizagem. O importante é conhecer o pequeno e identificar quais são as potencialidades dos pequenos. Veja quais são elas a seguir:

 – Jogo Quebra-cabeças – casais

–  Jogo: Equilibrando

– Jogo: Torre Inteligente

– Jogo: Sequência Lógica

– Jogo: Dama de Animais

– Jogos de Dominó e Memória

O que mais é preciso levar em conta?

A adoção das estratégias citadas acima é fundamental para a eficácia buscada, mas há um ponto importante para tal finalidade. Nesse sentido, Dantas e Rodrigues (2013) salientam que o educador deve atuar de forma a compreender a relação existente entre o desenvolvimento interno da criança e o contexto em que ela está inserida.

“Assim, a ação educativa não será diretiva e unilateral, e sim contextualizada no meio social, suas propostas deverão criar a possibilidade de trocas entre os aprendizes, as quais irão gerar a observação, a imitação, o questionamento, a oposição e outros movimentos entre as crianças, gerando construção de conhecimento e desenvolvimento compartilhado no meio social. Tais movimentos podem ser intrinsecamente relacionados aos princípios metacognitivos”. (DANTAS & RODRIGUES, 2013)

Como dominar esse tema?

A melhor forma de aprofundar os seus conhecimentos é por meio de um estudo detalhado – totalmente baseado em evidências científicas. Inclusive, as aulas apostam em metodologias ativas para ampliar as perspectivas dos interessados.

Para isso, o curso de Pós-graduação em Neuropsicopedagogia Clínica, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes no assunto.

Ficou interessado? Fale com um consultor.

Referências

CRUZ, Márcia Valéria. Como o psicopedagogo pode aplicar estratégias metacognitivas para desenvolver as crianças com dificuldades de aprendizagem? In: CONGRESSO DE INCLUSÃO, DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. Rhema Educação, 2022.

DANTAS, Cláudia; RODRIGUES, Camila Cruz. Estratégias metacognitivas como intervenção psicopedagógica para o desenvolvimento do automonitoramento. Rev. psicopedag., São Paulo,  v. 30, n. 93, p. 2026-2035,  2013 .   Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862013000300009&lng=pt&nrm=iso. acesso em:  07 dez.  2022.