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Dispraxia: Entenda a “Síndrome do Desastrado”

A dispraxia, ou “síndrome do desastrado”, é uma condição neurológica que afeta a coordenação motora de crianças, impactando tanto as habilidades motoras grossas quanto as finas. Além disso, essa dificuldade pode ser facilmente percebida em tarefas simples do dia a dia, como por exemplo, correr, amarrar os sapatos ou até mesmo escrever. Por isso, é importante que pais e educadores fiquem atentos a esses sinais, pois um diagnóstico precoce pode fazer a diferença no desenvolvimento da criança.

O que você vai encontrar:

  1. O que é Dispraxia?
  2. Como Identificar a Dispraxia?
  3. Tipos de Dispraxia
  4. Tratamento e o Papel do Professor

O que é Dispraxia?

A dispraxia impede que o cérebro coordene adequadamente os movimentos do corpo, prejudicando a execução de atividades rotineiras. Geralmente, essa condição se manifesta na infância e requer uma atenção especial de pais, professores e profissionais de saúde para que o tratamento seja mais eficaz.

Como Identificar a Dispraxia?

Alguns sinais ajudam a identificar a dispraxia, entre eles estão:

  • Dificuldade em realizar movimentos precisos, como por exemplo, desenhar ou usar objetos
  • Problemas de orientação espacial
  • Cansaço ao realizar tarefas que envolvem novos movimentos
  • Falta de coordenação em atividades cotidianas, como vestir-se ou segurar objetos

Esses sinais, além disso, podem afetar a autonomia da criança, dificultando sua participação em atividades escolares e sociais. Por essa razão, é fundamental estar atento a essas dificuldades e buscar o apoio de especialistas.

Tipos de Dispraxia

A dispraxia pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo das áreas afetadas. Cada tipo apresenta características específicas, que influenciam diferentes aspectos do desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Veja a seguir os principais tipos de dispraxia:

  1. Motora:
    Esse tipo de dispraxia afeta os movimentos mais básicos do corpo, como por exemplo, caminhar, correr ou até mesmo usar as mãos para segurar objetos. Além disso, crianças com dispraxia motora podem apresentar dificuldades ao realizar tarefas simples do dia a dia, como abotoar uma camisa ou segurar um lápis corretamente.
  2. Espacial:
    A dispraxia espacial é caracterizada pela dificuldade em entender o espaço ao redor e as relações entre os objetos. Ou seja, a criança tem dificuldade para julgar distâncias, calcular tamanhos ou até mesmo reconhecer a posição de seu próprio corpo no espaço. Por isso, atividades como montar quebra-cabeças ou organizar brinquedos podem ser particularmente desafiadoras.
  3. Postural:
    No caso da dispraxia postural, a criança enfrenta problemas relacionados à postura e ao controle corporal. Em outras palavras, há uma dificuldade em manter o corpo estável e equilibrado, resultando em movimentos descoordenados e sem ritmo. Além disso, essa dificuldade pode impactar a maneira como a criança se senta, se levanta ou realiza movimentos que exigem controle muscular.
  4. Verbal:
    A dispraxia verbal afeta diretamente o desenvolvimento da fala, causando dificuldades na produção de sons e palavras. Por isso, a criança pode demorar mais para começar a falar, e quando o faz, pode ter problemas em formar frases ou articular palavras corretamente. Além disso, a criança pode se sentir frustrada por não conseguir se expressar claramente, o que pode afetar sua interação social.

Tratamento e o Papel do Professor

O tratamento envolve o apoio de uma equipe multidisciplinar. Além disso, o professor pode desempenhar um papel essencial no progresso do aluno, adaptando atividades, utilizando ferramentas como computadores e, sobretudo, estimulando a autoestima e a participação social da criança.

A neuropsicomotricidade é essencial no tratamento da dispraxia, pois ajuda a criança a desenvolver tanto suas habilidades motoras quanto cognitivas de forma integrada. Se você quer saber mais, confira nossa pós-graduação em Neuropsicomotricidade, que oferece estratégias para aplicar em sala de aula e melhorar o desenvolvimento dessas crianças.

Conclusão

Interessado em aprofundar seu conhecimento sobre dispraxia e neuropsicomotricidade aplicadas à educação? Fique de olho aqui no blog da Rhema!

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