Como trabalhar a rotina para aluno com autismo?
O dia a dia em sala de aula pede a criação de estratégias que estimulem o aluno com autismo por meio do processo de aprendizagem e socialização. No caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o ato de determinar um cotidiano adequado ao perfil do pequeno representa não apenas um cenário favorável ao educando em contexto pedagógico, mas, também, um ambiente que permita sua familiaridade com toda a conjuntura envolvida.
Desse modo, pensar em técnicas que consigam viabilizar a rotina para o aluno com autismo é um passo muito importante para os professores e para a criança. Nesse sentido, o ponto de partida deve ser o contato prévio com a família, uma vez que esse núcleo conhece detalhes que podem ser determinantes ao desenvolvimento de futuras abordagens.
Outro detalhe que deve ser enfatizado é o fato de a criança realmente se sentir bem quando está incluída em uma rotina. Estudos comprovam que o fator previsibilidade é uma chave importante para a manutenção do bem-estar do pequeno.
Além disso, a força da rotina é justificada porque alunos com TEA “necessitam ser comunicados a cada momento do que acontecerá em seu cotidiano, incluindo o escolar” (UEMA, TODA & ISOTANI, 2020). O mesmo levantamento, realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP – enfatiza que a rotina ajuda o educando a organizar todas as suas ações referentes ao cotidiano escolar.
Por que é fundamental conhecer a individualidade do aluno?
Você viu acima que a comunicação feita aos familiares do pequeno significa muita coisa para o conhecimento acerca das necessidades e aspirações da criança. Diante disso, podemos ressaltar que estar por dentro do aspecto individual do educando auxilia totalmente na elaboração de abordagens bem-sucedidas para o seu aproveitamento psicopedagógico e social.
Dessa forma, focar nos interesses do aluno com autismo colabora não somente com o planejamento de atividades, mas com a proximidade da criança às tarefas que serão desenvolvidas no contexto escolar. Assim sendo, a utilização de objetos, temas e personagens (de livros, filmes, séries) que sejam do gosto do pequeno tem o poder de potencializar os aspectos relacionados ao aprendizado.
Que estratégias podem facilitar a aprendizagem?
O ato de aproximar o pequeno de seus gostos é apenas uma das estratégias, mas há outras que também são recomendáveis, como trazidas em outro artigo (https://rhemaneuroeducacao.com.br//como-auxiliar-na-inclusao-do-aluno-com-autismo/) publicado pela Rhema Educação. Relembre quais são elas a seguir:
– Observação: avalie o que a criança sabe, quais são as suas potencialidades e quais são as suas necessidades educativas especiais, como ela se expressa e se comunica e em que áreas apresenta dificuldades;
– Mude o ritmo: muitas vezes, as crianças com TEA têm dificuldades de acompanhar o ritmo de seus companheiros de sala. Inclusive, a quantidade de informações que compõem uma atividade também pode confundi-la. Nesse sentido, tente fragmentar ao máximo as tarefas e trabalhe por partes. Sempre que possível, transforme as atividades em exemplos concretos e\ou lúdicos;
– Facilitando os caminhos: utilize pistas para guiar a compreensão e o aprendizado. Em outras palavras, busque formas de deixar as atividades mais compreensíveis e autônomas;
– Exposição: Exemplifique e comunique por imagens. Muitas crianças com autismo fazem uma leitura visual do mundo. Além disso, tenha consciência e conhecimento sobre o uso da imagem;
– Apostando no lúdico: por último, mas não menos importante: o aprendizado deve ser sempre divertido para atrair o aluno com autismo.
Como valorizar a rotina do aluno com autismo?
A resposta para esse questionamento parece simples, mas requer muita análise dos professores. Como visto no tópico anterior, existem estratégias que valorizam e enriquecem a experiência do aluno com autismo. Porém, isso deve ser pensado de maneira determinada, pois esse detalhe diz muito a respeito do aproveitamento da criança frente aos desafios que a trajetória pedagógica proporciona.
Nesse contexto, os educadores devem estabelecer técnicas que venham ao encontro da disponibilidade de recursos que a escola dispõe. Há instituições de ensino que contam com opções variadas de materiais e espaços; por outro lado, sabemos que existem realidades diversas pelo país.
Com isso, o ato de valorizar a rotina pode ser promovido dentro das possibilidades que a escola pode oferecer. Portanto, usar os meios disponíveis para enriquecer o dia a dia da criança é uma maneira de contribuir para o seu desempenho pedagógico e social de forma plena.
Qual o impacto das intervenções nas rotinas escolares das crianças?
É importante salientar que quanto mais incluídos no tratamento os pequenos estiverem, maiores serão as chances de os benefícios impactarem o dia a dia de todos eles. Isso significa que quando os alunos são submetidos a esses tratamentos – com acompanhamento adequado e embasamento médico – o rendimento pedagógico dos alunos tende a ser muito bom, considerando alguns fatores, como o grau do espectro e a existência de comorbidades.
Por que estudar é sempre a melhor opção?
Para dominar um assunto, nada melhor que se propor a conhecer todos os aspectos que estão relacionados a ele. Nesse sentido, a busca pelo conhecimento só se torna possível por meio de muito estudo. Agora, aliar interesse em aprender a praticidade com quem tem experiência com o ensino é um passo muito importante.
Para isso, o curso de Pós-graduação em TEA – Transtorno do Espectro Autista, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.
Ficou interessado? Fale com um consultor.
Referências
COMO auxiliar na inclusão do aluno com autismo? Grupo Rhema Educação, out. 2022. [on line]
UEMA, J.T.S; TODA, A.M; ISOTANI, S. A aprendizagem da rotina escolar de estudantes com autismo com a possibilidade de utilização de um jogo sério por professores e fonoaudiólogos. Pós-Graduação em Computação Aplicada à Educação Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação. Universidade de São Paulo, 2020.