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Como escolher um instrumento de avaliação do tratamento no TEA

A princípio, quando uma criança recebe o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), todos os adultos que convivem com ela precisam se voltar para a demanda apresentada. Em outras palavras, é importante que haja adaptações que sirvam para nortear estratégias pedagógicas e sociais no dia a dia do pequeno. 

Para isso, alguns passos precisam ser tomados com o objetivo de propiciar as intervenções adequadas. No entanto, a escolha de um instrumento de avaliação do tratamento no TEA pode ajudar os profissionais que fizerem uso dessa ferramenta crucial. 

Desse modo, conhecer quais são os instrumentos que mais se adéquam ao perfil da criança é importante. Isso significa que alguns pontos precisam ser considerados quanto à escolha. Assim, veja quais são os critérios mais utilizados. 

O que levar em conta na escolha do instrumento de avaliação do tratamento no TEA?

Antecipadamente, é possível dizer que existem 5 eixos responsáveis por orientar o profissional. A partir dessa análise prévia, o especialista pode encontrar a orientação para se direcionar. 

Porém, a opção pelo melhor parâmetro na avaliação do tratamento no TEA também depende do conhecimento que o terapeuta tem acerca do instrumento ideal. Veja abaixo o que deve ser ponderado.

– O nível de linguagem

Uma das características do TEA é a comunicação verbal. Enquanto uma criança vivendo com autismo pode usar a sua fala com regularidade, há aquelas que encontram alguns obstáculos para praticar essa habilidade. Nesse sentido, observar as formas de linguagem adotadas ajuda a escolher o instrumento de avaliação.

– O perfil da criança

Outro ponto que também deve fazer parte dos critérios é a análise da descrição do pequeno. Isso é interessante para propiciar as adaptações dentro do método a ser utilizado pelo profissional.

– Tempo de aplicação

O período em que o instrumento vai ser utilizado é um tópico a ser levado em conta, em função da efetividade do recurso. Dessa forma, levar em conta o tempo da realização dessa avaliação é um ponto crucial até mesmo para propiciar alternativas posteriores. 

– Fluência do terapeuta com o instrumento

Você viu acima que o conhecimento do especialista também é importante, sobretudo como critério para a escolha do instrumento de avaliação no TEA. Portanto, quando o profissional domina o método, ele pode propiciar a abordagem ideal para a criança.

– Auxílio de um supervisor para a aplicação

Por fim, mas não menos importante: contar com a colaboração de um supervisor é fundamental. Afinal, se o terapeuta ainda não tem tanto domínio a respeito do uso do instrumento, a melhor alternativa é recorrer a essa ajuda.

Quais são os instrumentos de avaliação mais utilizados?

Os terapeutas utilizam uma série de instrumentos já reconhecidos pela ciência. Porém, existem alguns que são mais comuns ou comercializados. Veja quais são eles:

VB-MAPP 

Esse instrumento abrange 170 marcos de desenvolvimento que são subdivididos em 3 níveis – cuja faixa etária vai de 0 a 4 anos de idade. Sua divisão é a seguinte:

– Marcos do desenvolvimento;

– Barreiras;

– Transição;

– Análise de tarefas;

– Objetivos do PEI.

ABLLS-R (Avaliação de Linguagem Básica e Habilidades de Aprendizagem-Revisada) 

Esse instrumento atua como guia curricular ao elencar habilidades básicas de comunicação e de aprendizagem típicas até os 6 anos de idade. Aliás, a ABLLS-R oferece revisão abrangente de 544 habilidades, incluindo linguagem, interação social, habilidades acadêmicas e motoras, entre outros. 

AFLS (Avaliação de Habilidades de Vida Funcional)

O foco desse instrumento é direcionado para o desenvolvimento de habilidades funcionais manifestadas pela criança; além de adolescentes e adultos. Inclusive, a avaliação também serve como guia curricular para estimular a autonomia do pequeno. 

Assim sendo, a composição da AFLS conta com 6 módulos de módulos:

– Habilidades de Vidas Básicas;

– Habilidades em Casa;

– Habilidades de Participação Comunitária;

– Habilidades Escolares;

– Habilidades Vocacionais;

– Habilidades de Vida Independente. 

PEAK 

Esse instrumento pretende promover a emergência de conhecimento avançado. Desse modo, o foco do PEAK é ensinar as habilidades básicas e avançadas de linguagem para crianças e adolescentes com idades entre 0 e 16 anos. 

Socially Savvy

O objetivo desse instrumento de avaliação é contribuir para que pais e educadores compartilhem áreas do funcionamento social voltadas para habilidades concretas. Vale ressaltar que esse manual conta com atividades lúdicas direcionadas para promover a independência da criança.

Como a relação casa-escola-consultório pode surtir efeito?

No âmbito do Transtorno do Espectro Autista, o trabalho em conjunto faz toda a diferença. Inclusive, o sucesso das intervenções propostas só pode ser visto por meio de uma atuação conjunta e a escolha de abordagens que ofereçam o melhor caminho para o tratamento.

Em outras palavras, o papel dos adultos nessa missão é de total importância, tendo em vista que o ambiente doméstico serve como base para a criança. Em seguida, a escola é responsável não somente pelo desenvolvimento psicopedagógico, mas também social. Por fim, os terapeutas que estimulam a autonomia do pequeno completam esse importante ciclo. 

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Referência

HOLLANDINI, Tatiane. Como podemos fazer intervenções no processo de aprendizagem das crianças com TEA segundo a ABA – Análise do Comportamento Aplicada. Rhema Educação. Ebook. 

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