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Como é a adaptação de atividades para alunos com autismo?

A princípio, a experiência de alunos com autismo, no contexto escolar, pode e deve ser valorizada por meio de estratégias que visam a garantir o aproveitamento dos pequenos. Por isso, um caminho interessante é estabelecer métodos que enfoquem na adaptação de atividades para alunos com TEA voltadas para a demanda dessas crianças.

Inclusive, os educadores têm um papel determinante nessa prática, uma vez que o progresso dos alunos com autismo é constantemente acompanhado. Com base nessas observações, a proposição de tarefas de adaptação de atividades para alunos tende a fazer parte do projeto pedagógico da criança e, assim, favorecer a trajetória acadêmica do pequeno.

O que deve ser levado em conta na adaptação de atividades para alunos com TEA?

Antes de tudo, é preciso ter em mente que a adaptação de atividades para alunos deve estar incluída no contexto da Educação Inclusiva. Em outras palavras, a escola precisa permitir ao aluno o acesso ao currículo, mas com mudanças que contemplem as necessidades da criança. Com isso, alguns detalhes precisam ser considerados:

– Conhecer previamente a condição do aluno;

– Manter comunicação regular com a família da criança;

– Manter comunicação com a coordenação pedagógica da instituição;

– Facilitar o diálogo entre todas as partes envolvidas;

– Procurar ajuda, caso seja necessário.

Além disso, outro fator importante é saber que o aluno com autismo apresenta competências extraordinárias. Assim sendo, o seu desempenho nas artes, na música, na pintura, nos cálculos, no desenho, entre outras áreas, pode ser notado com sua genialidade. Então, os professores podem potencializar esses aspectos e até aproveitá-los para o contexto educacional.

No entanto, precisamos reiterar que o foco deve ser voltado à criança, sobretudo nas aptidões que ele possui. Afinal, elas servem como propulsores para a aquisição de novas habilidades. Ou seja, investir nessas peculiaridades abre uma porta cheia de oportunidades para aprendizagens que até então não haviam sido desenvolvidas.

Quais são as adaptações curriculares para essas crianças?

Inicialmente, é necessário ter em mente que as atividades devem fazer parte do cotidiano, ou seja, os conteúdos que já são trabalhados em sala de aula. Isso significa que o currículo utilizado deve ser funcional e priorizar as necessidades dos alunos.

Assim, o uso do currículo funcional natural valoriza a espontaneidade da criança, mas sob orientação do professor. Dessa forma, peguemos como exemplo o uso do algarismo 3. Possivelmente, cada um de nós dá a ele uma atribuição única.

Para o aluno com autismo também é assim. Nesse caso, podemos utilizá-lo em objetos que façam parte do dia a dia do pequeno.

Exemplo: o que a criança observa em sua rotina cuja quantidade ou algarismo 3 tenha influência? 3 carrinhos, 3 copos, 3 pratos, 3 bonecas, 3 bolas de sorvete, 3 gatinhos? Com isso, o objetivo é aproximar ao máximo o conteúdo ensinado ao contexto da criança, priorizando a funcionalidade natural do mundo real.

Os alunos com autismo são pensadores concretos. Com efeito, o uso de situações próximas de seu dia a dia colabora consideravelmente com o seu desenvolvimento. Outra dica é o uso dos cantos temáticos.

Eles são ideais para que a criança interaja com pequenos grupos de companheiros, cuja intenção é possibilitar uma melhor coordenação de suas ações. Além disso, propiciar a criação de um enredo comum nas atividades/brincadeiras.

Isso é responsável por aumentar tanto a troca quanto o aperfeiçoamento da linguagem. Nesse sentido, o canto temático pode ser utilizado na sala de aula como um local para a prática de leitura, para o momento de descanso, para descontração, etc.  

No entanto, vale lembrar que é preciso prestar atenção para tornar tudo isso em algo funcional. Ou seja, fazer com que a criança consiga ver e estabelecer o sentido do que é proposto.

Qual a importância do currículo funcional?

A adoção do currículo funcional para alunos com autismo é fundamental, principalmente no que diz respeito à adaptação de atividades direcionadas a essa finalidade. Portanto, o currículo funcional é voltado para as necessidades dos pequenos. Inclusive, as atividades AVD (atividades da vida diária) e AVP (atividades da vida prática) são sempre trabalhadas nesse contexto.

O objetivo é reforçar as ações ligadas ao cotidiano do pequeno e impulsionar a autonomia frente aos desafios que podem vir a surgir. Então, os interesses do aluno podem fazer parte do planejamento dessas tarefas para estimulá-lo ainda mais.

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