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SEM SAIR DA ROTINA: APRENDENDO E SE DIVERTINDO COM SEU FILHO

Olá professor,
Acompanhar o desenvolvimento dos nossos pequenos é descobrir juntos suas limitações e buscar o desenvolvimento de suas habilidades motoras.
Bater palmas, perguntar como foi o dia, ensinar a guardar os brinquedos, todas essas ações ajudam as crianças a crescerem felizes, saudáveis e a desenvolver desde a primeira infância algumas habilidades simples.
Na matéria abaixo listamos CINCO MANEIRAS DE ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO, sem sair da rotina.
Um ótimo final de semana e boas risadas!
CINCO MANEIRAS DE ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO
Você começou a acompanhar o progresso do seu filho muito antes de ele deixar o aconchego da barriga: na décima semana, o coração ficou pronto; na 24ª, ele já tinha a audição desenvolvida e escutava a sua voz; na 30ª, começou a se preparar para o parto e talvez tenha virado de cabeça para baixo!
Agora que já está em seus braços, você continua ansioso para acompanhar de camarote todos os sinais do desenvolvimento do seu pequeno e treme só de pensar que ele pode ficar para trás.
Bobagem! Preocupação excessiva não vai ajudar em nada, então, tire o pé do acelerador e curta cada fase.
Seu filho realizará todas as conquistas fundamentais ao amadurecimento: vai aprender a andar, a falar, deixará as fraldas e, quando você menos esperar, estará andando de bicicleta sozinho (e sem rodinhas!).
Só que fará tudo isso no tempo dele.
Por maiores que sejam as suas expectativas, o desenvolvimento da criança depende, sobretudo, de um fator biológico decisivo e alheio ao controle dos pais. Trata-se da amielinização, o processo de maturação das estruturas nervosas, que levam um tempo até tornarem-se aptas a transmitir impulsos nervosos.
Sem que essa estrutura neural esteja preparada, não adianta forçar a barra. É sempre possível oferecer estímulo, mas sem querer apressar nada, pois isso pode, inclusive, gerar frustração. “O ritmo infantil deve ser respeitado. Sem isso, seu filho pode sofrer por ser pressionado a fazer alguma coisa que talvez ele não tenha aptidão ou ainda não esteja pronto”, explica Maria Carolina Villas Bôas, professora do Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz, com foco na formação de professores do ensino fundamental.
Por isso, deixe de levar tão a sério os marcos do desenvolvimento, que estabelecem, por exemplo, que seu filho com 7 meses conseguirá se sentar sozinho e com 3 anos será capaz de pedalar um triciclo.
Considere o que é esperado para cada idade apenas como referência. O progresso infantil não pode ser previsto com a exatidão de uma equação matemática, pois não evolui de maneira homogênea. Pode ser que a criança demore um pouco mais para dizer as primeiras palavras, mas tenha a coordenação melhor em relação aos colegas da mesma idade.
Isso não quer dizer que ela terá um problema na fala. Significa apenas que, por algum motivo, ela precisará de um pouco mais de tempo.
O melhor a fazer é deixar de lado a checklist das capacidades que seu filho precisa desenvolver e brincar muito com ele, pois não há forma de estímulo mais poderosa do que o contato. Um estudo da Universidade da Pensilvânia, EUA, confirmou esse fato.
Acompanhando 64 crianças desde o nascimento até os 20 anos de idade, pesquisadores constataram que aqueles que, além de terem brinquedos e livros disponíveis, recebiam atenção dos pais possuíam um QI mais alto quando adultos.
 As crianças só vão se desenvolver a partir do momento em que perceber a necessidade de interagir. Em outras palavras, podemos dizer que é a vontade de se relacionar com outros seres humanos que vai despertar o desejo de se comunicar, se movimentar e expressar o que sente.
Para aproveitar ao máximo – e sem exageros – os momentos de interação entre você e o filho, CRESCER listou 40 dicas que estimulam o desenvolvimento dele, divididos em quatro grandes pilares: intelectual, motor, social e emocional. Tudo sem sair da rotina ou precisar gastar uma fortuna com brinquedos. Enquanto isso, vocês fazem o que há de melhor: aprendem e se divertem juntos!
A mente em expansão.
O intelecto se abre para novos aprendizados: criatividade, lógica, capacidade de improvisação, processos sequenciais. A linguagem se desenvolve enquanto a fantasia e a realidade se dissociam
1 – Todo dia, tudo igual
Desde que nasce é bom acostumar seu filho a seguir uma rotina: estabelecer a hora do banho, de dormir, de comer. Criança gosta disso porque ajuda a formar uma sequência entre os acontecimentos diários, permitindo que ela possa se organizar. Além disso, a rotina está associada a hábitos saudáveis, que são importantes para o crescimento – como ter oito horas de sono e comer direito.
2 – Arco-Íris
O bebê começa a perceber as cores por volta dos 3 meses, quando a visão já não está mais tão embaçada. Por isso, nessa idade o ideal é estimulá-lo com cores fortes, que podem estar em brinquedos ou em um móbile no berço. Eles também adoram contraste: pode reparar que não faltam listras em brinquedos infantis. Com cerca de 1 ano e meio, seu filho já começa a perceber a diferença entre uma cor e outra, ainda que não saiba nomeá-las. A partir dos 2, diga: “Vamos brincar com aquela bola azul” ou “Pegue o tomate vermelho para a salada”. Assim, as cores começam a fazer parte do dia a dia.
3 – Livro amigo
O papel dos pais é fundamental para que as crinaças amem ler – e aprendam a fazer dos livros um prazer, não uma obrigação. Segundo a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, para 43% dos leitores a mãe foi a principal influência no gosto por ler e, para 17%, o pai foi quem exerceu esse papel. Já a partir do terceiro mês de vida, você pode usar livros de plástico no banho.
A partir do sexto, quando o bebê já consegue levar objetos à boca com as mãos, deixe livros de pano no berço – além de poder mordê-los, ele não conseguirá arrancar as páginas! Em todas as idades, fale da capa, das figuras, deixe que a criança vire as páginas, ou seja, estimule ao máximo que ela interaja com esse companheiro. Com 4 anos, peça para seu filho mostrar as letras do alfabeto que conhece ou ler as palavras que conseguir. Depois de alfabetizado, aposte em histórias com muitas rimas, já que nessa fase ele já tem uma consciência fonética considerável.
4 – Para lembrar
A memória é uma forma de armazenamento do conhecimento e deve ser permeada por um contexto. Senão, vira decoreba. Comece ajudando seu filho a memorizar palavras, mostrando o objeto representado. Se vocês estão passeando na rua e cruzam com uma bicicleta, aponte e diga: “Olha, filho, uma bicicleta”. É desse modo que ele vai construindo associações. Desde o primeiro ano, ele já dirá algumas palavras e pode tentar repetir os nomes do que você mostra. Mas é a partir dos 2 anos que a capacidade de conservar informações aumenta.
5 – De improviso
Criar personagens e sonhar com mundos fantásticos. Tudo isso é importante para desenvolver a criatividade dos pequenos. Contribui, inclusive, para a resolução de problemas. Para tornar a narrativa ainda mais empolgante, que tal testar a capacidade de improviso de vocês dois? Separe figuras de objetos, paisagens, cores, alimentos e animais – podem ser desenhadas ou recortadas de revistas.
Enquanto um narra, o outro seleciona algumas imagens, cujos elementos retratados devem ser incluídos na narrativa. O desafio é ser capaz de encaixá-los de modo que a narrativa continue fazendo sentido. Aos 7 anos, como a criança já está alfabetizada, você pode ajudá-la a registrar as aventuras de vocês em pequenos livrinhos.
FONTE NA INTEGRA: Revista Crescer
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