O que devo saber sobre a linguagem corporal?
A linguagem corporal é um elemento muito valioso na vida de todas as pessoas. Por meio dessa habilidade, é possível perceber se alguém está nervoso, ansioso, feliz, com medo de algo etc. Agora, o que podemos falar sobre esse aspecto no que diz respeito à evolução de uma criança ou até mesmo no contexto de algum transtorno de desenvolvimento?
Para direcionar ainda mais o nosso raciocínio, vamos dar enfoque à importância desta prática na abordagem do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por que a linguagem corporal é tão determinante no processo de transformação e amadurecimento de uma criança com autismo? Venha ver como ela é importante para o seu desempenho.
Como definir a linguagem corporal?
Inicialmente, imaginemos a seguinte situação: você conversa com uma pessoa, mas percebe que alguns detalhes impedem que seu interlocutor passe veracidade no que diz. Outro cenário: durante sua aula, a maioria de seus alunos boceja, debruça sobre a mesa, simula desenho com a ponta dos dedos, entre outras ações.
Em ambos os casos, temos um claro sinal de que a linguagem corporal falou mais que as palavras. No primeiro exemplo, o indivíduo utilizou gestos e fisionomias que não expressaram verdade. Já no segundo, os alunos demonstraram falta de interesse e tédio em estar na aula.
Tudo isso é linguagem corporal. Portanto, podemos defini-la como uma forma de comunicação não-verbal emitida por nosso corpo de forma consciente ou inconsciente. Desse modo, sinais sutis ou evidentes como olhares, franzir de testa, sobrancelha levantada, pernas e mãos que balançam com frequência são algumas das várias formas que temos para manifestar nossas emoções.
Como é a linguagem corporal no autismo?
No TEA, a linguagem corporal é um desafio que surge ainda na primeira infância. Quando a criança ainda é um bebê, ela costuma não responder aos estímulos do ambiente e nem retribuir o momento em que seus pais a chamam, por exemplo.
Ao longo de seu desenvolvimento, o pequeno pode encontrar dificuldades para entender a comunicação interpessoal pelo fato de focar mais nos gestos do que na mensagem em si. Além disso, estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Rochester (Nova York) revelou que o cérebro de uma criança com autismo tem dificuldades para entender a linguagem corporal.
A pesquisa trouxe a constatação de que os pequenos com TEA não conseguem processar o movimento corporal das pessoas, sobretudo quando distraídas em outros detalhes. Assim, podemos conceber o quanto é preciso desempenhar ações que favoreçam cada vez mais a comunicação desse público.
Há formas de se trabalhar essa habilidade, seja por meio de abordagens clínicas e terapêuticas. Na verdade, quanto mais cedo a pessoa for apresentada a esse conjunto de estímulos, mais chances ela terá de se desenvolver de maneira bem-sucedida. Confira abaixo quais são algumas das várias opções.
Que trabalhos podem ser realizados?
A intervenção é totalmente necessária para estimular as habilidades no TEA. Assim sendo, a linguagem corporal também é algo que pode ser trabalhado de forma a possibilitar o desenvolvimento de meninos e meninas incluídos no autismo.
Nesse sentido, o acompanhamento feito por psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos contribui com o progresso do pequeno. Com isso, os pais ou responsáveis podem contar com tratamentos embasados cientificamente e proporcionar uma investigação aprofundada sobre as dificuldades encontradas.
Aliás, a intervenção precoce é fundamental. Afinal, a criança passa por uma série de etapas até atingir um nível de progresso considerável, contribuindo com sua comunicação.
Qual o papel da escola nesse contexto?
A atuação de profissionais da saúde é essencial para o desenvolvimento psicológico e psicomotor do público atendido. No entanto, o contexto escolar também pode ajudar nesse processo.
Assim sendo, professores e auxiliares são importantes aliados na busca por uma maior qualidade de vida do aluno com TEA. Nesse caso, existem atividades muito legais e que são excelentes para se trabalhar a linguagem corporal. Veja quais são elas abaixo:
– Aula de dança;
– Teatro;
– Yoga;
– Aula de artes com ênfase em pintura.
A aplicação dessas ações valoriza a experiência da criança no ambiente em que ela está. Inclusive, proporciona aprendizado e reduz a ansiedade que ela sente diante de situações que antecedem interações sociais. Portanto, unir abordagem clínica, terapêutica e pedagógica é fundamental para o alcance de resultados satisfatórios.
Como aprender mais sobre o assunto?
Se você ficou motivado a conhecer muito mais sobre o tema – e como ele pode ser útil na sua vida – isso mostra o quão importante pode ser o aprofundamento do assunto tratado aqui. A especialização é um caminho interessante e que abre muitas portas na trajetória profissional e pessoal.
Para isso, o curso de Pós-graduação em TEA, do Grupo Rhema Educação, é uma especialização diferenciada. Os alunos têm muito a aproveitar por meio de aulas online e ao vivo, materiais atualizados e professores experientes.
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