Estratégias de intervenção para alunos com Dislexia
A princípio, o desenvolvimento de uma pessoa passa por uma série de fatores. Entretanto, é possível que haja casos em que alguns aspectos podem interferir nesse processo. Nesse caso, o acompanhamento com profissionais que saibam como lidar faz toda a diferença, uma vez que as estratégias aplicadas refletem direta e indiretamente na aquisição de determinadas habilidades e competências.
Assim sendo, nada melhor que estar por dentro do que interfere na dinâmica envolvida de certas capacidades imprescindíveis para os alunos com dislexia. Com isso, o destaque é a Dislexia e as técnicas que podem ser utilizadas para propor a intervenção necessária.
O que é Dislexia?
A Dislexia é confundida com alguma dificuldade de aprendizagem presente na alfabetização, o que é realmente um equívoco. Na verdade, a Dislexia é um distúrbio caracterizado pela grande dificuldade na leitura e escrita. Inclusive, essa condição afeta a habilidade na prática de escrever, pois estudos revelam que a criança com Dislexia tende a desenvolver a escrita antes da leitura.
No entanto, isso não significa vantagem alguma, tendo em vista que esse processo é, por muitas vezes, doloroso – no sentido do aprendizado da habilidade. Posteriormente, ela passa a lidar com a leitura, também com impactos consideráveis na compreensão e uso do vocabulário.
Dessa forma, a Dislexia é marcada pela confusão de letras semelhantes (p\q), (b\d); e letras com sons semelhantes (v\f), (t\d). Além disso, é importante destacar que o distúrbio também é caracterizado por um desvio de reconhecimento de palavras (um quadro cheio ou livro pode fazer com que a criança se perca).
Que estratégias podem ser usadas em sala de aula para alunos com dislexia?
Primeiramente, uma boa forma de ajudar o aluno é colocar os alunos com dislexia nas primeiras carteiras e fileiras. Se o pequeno se sentar no fundo ou mais de lado, ele tende ainda a ter mais dificuldade para aprender os conteúdos necessários. Inclusive, outras estratégias podem ser aplicadas, tais como:
– Oralizar\ler as provas e dar mais tempo para a realização;
– Priorizar o conteúdo respondido e não a ortografia;
– Usar trabalhos de pesquisa de campo para somar pontos, avaliando outras habilidades;
– Usar esquemas visuais para facilitar a leitura de palavras extensas, algo de difícil compreensão por parte da criança com Dislexia;
– Usar linguagem objetiva para contribuir com o entendimento do aluno;
– Se for possível, procure explicar a matéria olhando para a sua direção a fim de chamar a criança para a sua presença;
– Incentive o aluno e mostre a ele como é capaz de aprender e a se superar cada vez mais. Afinal, a criança precisa ser valorizada;
– Trate o pequeno com naturalidade para que ele se perceba como parte integrante da turma;
Quais são as causas da Dislexia?
Dentre as perguntas relacionadas a esse distúrbio, as causas estão entre as principais, pois elas são sempre motivo de preocupação. De acordo com estudos, a Dislexia pode ser genética, psicolinguística ou neurológica. Por isso, o diagnóstico é fundamental para saber a origem da Dislexia manifestada pelo aluno.
O que costuma ser visto em sala de aula?
– Dificuldade em diferenciar letras e números;
– Pouca compreensão em memorizar rimas, letras de música, parlendas e até mesmo histórias;
– Dificuldade nas atividades como quebra-cabeças e figura de fundo;
– Dificuldade para entender o texto lido – dificuldade na compreensão de palavras, frases e textos.
Quais os sintomas mais comuns?
– Dispersão;
– Falta de interesse por livros;
– Dificuldade em ler em voz alta;
– Dificuldade em compreender aquilo que leu;
– Dificuldade em copiar do quadro por não conseguir memorizar;
– Baixa autoestima.
Quem pode fazer o diagnóstico?
O neuropediatra é o profissional responsável pelo diagnóstico. Entretanto, os especialistas que podem trabalhar com uma criança com Dislexia são das seguintes áreas: Psicopedagogia, Fonoaudiologia, Neuropsicologia, Neuropediatria, Terapia Ocupacional, entre outras.
Importante lembrar que quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficiente será o tratamento e o portador aprenderá a lidar com suas dificuldades. Nesse caso, a criança que passa pelo acompanhamento em tempo hábil poderá suprir as necessidades apresentadas.
Além disso, o papel da família é essencial no tratamento e no estímulo da criança frente aos desafios presenciados no contexto da Dislexia. Afinal, a companhia dos pais ou responsáveis nessa missão faz toda diferença no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita da criança.
O que a escola pode fazer a respeito?
Diante de um cenário de pluralidade, os professores devem trabalhar de maneira coordenada ao projeto pedagógico da instituição. Em outras palavras, o apoio da escola também reflete diretamente nas estratégias que serão adotadas pelo educador, no sentido de haver um respaldo quanto ao uso de determinadas técnicas para contribuir com a aprendizagem da criança.
Por fim, vocês viram a importância de se conhecer as estratégias para lidar com um aluno vivendo com Dislexia. Aqui, constam apenas algumas informações como introdução a uma série de conteúdos presentes no curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Atuação Clínica, Educacional, Empresarial e Hospitalar.