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ENTENDENDO O ESQUEMA CORPORAL NO AUTISMO!


Olá pais e professores,

Você sabe a importância de trabalhar o esquema corporal no TEA?

O esquema corporal ou a noção de corpo se constitui no elemento básico indispensável à formação da criança, é a percepção corporal e a nomeação que a criança tem, como: cabeça, pé, braços, pés. É o entendimento que a criança tem da função de cada parte do seu corpo!

E você sabia que uma das dificuldades das crianças com TEA é a organização do seu esquema corporal?Ou seja, entender e saber para qual habilidade serve cada parte do seu corpo, se organizar dentro de suas habilidades corporais.

Tudo isto por que não tem como controlar aquilo que ele não conhece! Mas essas percepções e habilidades são FUNDAMENTAIS para o Autista!

E como desenvolver estas habilidades? Quais atividades podemos fazer para que o Autista entenda o seu corpo não só em partes, mas como um todo?

Confira a matéria e dicas abaixo e entenda melhor este mundo azul 😉
ENTENDENDO O ESQUEMA CORPORAL NO AUTISMO!
O esquema corporal ou a noção de corpo se constitui no elemento básico indispensável à formação da criança, é a representação relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem de seu corpo.

O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação
de seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas e com o mundo ao seu redor.
A psicomotricidade é uma ciência que envolve o desenvolvimento integrado de habilidades motoras, associado aos aspectos emocionais e cognitivos, com a finalidade de melhorar e lapidar as expressões coordenadas dos movimentos do indivíduo durante uma atividade ou uma tarefa sequencial. 

Neste sentido, a abordagem psicomotora pode ser uma forma de manejo muito interessante em crianças com Autismo, pois seu direcionamento vem de encontro às necessidades destas, as quais têm características evidentes de desestruturação sensorial, motora, na linguagem e na capacidade de perceber ambientes sociais, contextuais e correlacionar com a linguagem verbal ou não-verbal.

A falta de controle pela criança de seus impulsos, limites sociais, percepção de espaço de acordo com o contexto e com as demandas de terceiros, fazem com que as formas de se expressar pelo corpo fiquem muito prejudicadas e desorganizadas. O controle de seus movimentos depende de noção espacial, sensibilidade, interação com o meio e com o outro, sendo exatamente a capacidade de integrar estes elementos que define a eficácia de uma ação organizada e também a expressão de um desejo positivo ou negativo durante a interação com os demais a sua volta.

A psicomotricidade permite que a criança com Autismo possa adquirir o que lhe é mais caro e deficitário: apropriar-se de sua imagem e esquema corporal e  da consciência de seu corpo dentro de um ambiente ou de um contexto. 

 Para tal objetivo, é importante que se trabalhe com esta criança por meio de estratégias que a faça se auto perceber e se inter-relacionar com os limites do meio. Atividades como rolar, pular, tocar, mudando de lado ou de posição (frente/atrás) fazem com que ela consiga, aos poucos, perceber os limites entre seu interno e seu externo.  Deve-se, a todo momento, manter o contato visual e ajudar a seguir comandos com mudança de tonalidade de voz, a fim de desenvolver a capacidade de agir, com finalidade de iniciar e terminar processos.

 É comum estes conhecimentos estarem associados aos métodos de integração sensorial, pois existem muitas intersecções e estratagemas em comum entre ambos.

 Os Autistas possuem problemas de comunicação e de conduta. No geral, eles são normais na sua aparência, porém não se relacionam com as demais pessoas de maneira normal. Eles não conseguem distinguir a realidade da fantasia; agem como se fossem surdos, resistindo ao aprendizado, aos contatos físicos e apresentando risos em ocasiões inoportunas.
O desenvolvimento psicomotor é afetado pelo autismo na medida em que a criança portadora do transtorno não possui um discernimento amplo sobre sua linguagem, sobretudo a corporal. A fragmentação do significado das partes do seu corpo torna difícil para o autista criar uma associação do seu corpo com a sua personalidade.
A adoção de atividades sensório-motoras com diferentes abordagens pode influenciar a criança no descobrimento do seu corpo como um todo, isto é, fazê-la acreditar que cada ponto do seu corpo se interliga assim como a mente e o corpo. Rolar no chão, por exemplo, é uma atividade que dimensiona bem para a criança essa interligação sensorial.

É imprescindível que pais e professores estimulem as percepções sensoriais da criança como o tato, a visão, a voz, a audição e o olfato através de profissionais especializados e terapias elaboradas estrategicamente de acordo com a necessidade da criança. Essa terapia é fundamental para o fortalecimento dos vínculos familiares que por sua vez são a chave do convívio em sociedade com os demais.

O envolvimento da família nestas atividades é fundamental e a mesma pode ser orientada a manter tais atividades em ambiente doméstico. Os cuidadores devem ser instruídos e orientados a entender os objetivos das intervenções e estimulados a ampliar a gama de estratégias nos mais diversos contextos. É salutar que o tratamento psicomotor seja conduzido dentro de uma abordagem interdisciplinar e associado a outras formas de intervenção, pois o desenvolvimento da linguagem, o tratamento de comorbidades e o suporte escolar acrescentam e auxiliam muito a generalizar os resultados do tratamento.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA TRABALHAR O ESQUEMA CORPORAL:

A Grande maioria dos Autistas, gostam muito da hora do BANHO.

Uma sugestão muito legal, seria trabalhar as partes do corpo na hora do banho. Dessa forma, eles vão aprendendo as partes do corpo e para que servem e você pode incentivá-los a tocar, pegar objetos com estas partes e assim explicar cada função de seu corpo e como cada parte é importante para o todo.

Falar para que ele repita é interessante, porém não o sobrecarregue, o deixe entender membro por membro em seu tempo!

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